Ibovespa abre em queda de 0,5%, com Covid-19 na China e PEC da Transição no radar; dólar recua 0,4%

O Ibovespa, principal índice acionário da B3 (B3SA3), abriu em queda de 0,52%, aos 108.406 pontos, às 10:13 nesta segunda-feira (28).

Às 10:17, o dólar registrava desvalorização de 0,36%, cotado a R$ 5,390.

Bolsas agora

Ásia (encerrados)

Nikkei 225 (Japão): -0,42%

Shanghai Composite (China): -0,75%

Europa 

DAX 30 (Alemanha): -0,93% 

FTSE 100 (Inglaterra): -0,31% 

CAC 40 (França): -0,88%

Commodities

Os preços do minério de ferro saltaram 2,4% em Dalian, a 755,50 iuanes – o que equivale a US$ 104,86 por tonelada, enquanto, em Cingapura, houve queda de 1,3% na cotação da commodity, a US$ 97,90 por tonelada. 

E, por volta das 10:15 desta manhã (28), o petróleo WTI caía 2,82%, a US$ 74,13 por barril, enquanto o tipo Brent recuava 2,84%, a US$ 81,33 por barril.

Juros futuros

• DI (2023): +0,002 pp, a 13,702%
• DI (2024): -0,105 pp, a 14,335%
• DI (2025): -0,145 pp, a 13,730%
• DI (2027): -0,075 pp, a 13,500%
• DI (2029): -0,070 pp, a 13,480%
• DI (2031): -0,040 pp, a 13,440%

(por volta das 10:15)

EWZ

O iShares MSCI Brazil ETF (EWZ) perdia 0,47% no pré-mercado, por volta das 10:18, em NY.

Agenda: Brasil

Nesta semana de 28 de novembro a 2 de dezembro, estarão no radar dos investidores: as negociações da PEC da Transição, possíveis anúncios para os ministérios do futuro governo Lula (PT), a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro do terceiro trimestre deste ano (na quinta-feira, 1) e o indicador de atividade industrial referente a outubro (na sexta-feira, 2).

Amanhã (29), o IGP-M fechado de novembro ainda deve apresentar deflação, de 0,34%, informou o Bom Dia Mercado.

O Ministério do Trabalho e Previdência informa os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) na quinta-feira (1), enquanto o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) se adianta e publica os números da PNAD Contínua na véspera (quarta-feira, 30).
 
De responsabilidade do Banco Central (BC), serão reportados os números de inadimplência mensal e os estoques de crédito hoje (28). O resultado primário do governo em outubro torna-se público amanhã (29), ao passo que dados nominais do setor público e a relação dívida líquida-PIB serão conhecidos na quarta-feira (30).

Roberto Campos Neto participa hoje de reunião com representantes de Fitch Ratings, enquanto o presidente da Petrobras (PETR3)(PETR4), Caio Paes de Andrade, tem reunião virtual nesta segunda-feira (28) com a equipe de transição.

Na próxima quarta-feira (30), após reunião do conselho de administração, a Petrobras (PETR3)(PETR4) divulga o seu plano estratégico para os próximos cinco anos (2023-2027), apresentado ao mercado no dia seguinte (quinta-feira, 1), durante o Petrobras Day.

Agenda: Exterior

Na agenda internacional, os EUA informarão os números do Payroll na próxima sexta-feira (2), com números de trabalhos não-agrícola em novembro no País. Na quarta-feira (30), vai ser publicado o relatório JOLTS. No mesmo dia, os investidores digerirão informações da pesquisa ADP.

Ainda na quarta-feira (30), Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed), discursa.

Na Europa, vai ser divulgado o índice de preços ao consumidor anual na quarta-feira (30). 

Enquanto, na Ásia, serão monitorados de perto o avanço do número de casos de Covid-19 na China e a implementação de lockdowns em megalópoles do País. No gigante asiático, serão informados ainda índices de gerente de compras (PMIs) na terça-feira (29) e na quarta-feira (30).

Fique por dentro dos principais assuntos que movimentarão os mercados financeiros do Brasil e do exterior nesta segunda-feira (28):

Brasil

PEC da Transição

O impacto total da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição formulada pela equipe do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode chegar a R$ 203 bilhões em despesas fora do teto de gastos no próximo ano sem que o destino de aproximadamente R$ 85 bilhões – que ficariam "livres" no Orçamento de 2023 – seja conhecido no momento da aprovação, informou o jornal O Tempo no último sábado (26), com cálculos do economista Dalmo Palmeira, assessor de Orçamento no Senado Federal.

A PEC retira quatro despesas do teto de gastos em 2023: o Auxílio Brasil (que volta a se chamar Bolsa Família) com pagamento de R$ 600 mais um benefício extra para crianças de até seis anos de R$ 150 (R$ 175 bilhões); novos investimentos pagos com excesso de arrecadação (R$ 23 bilhões); despesas de instituições federais de ensino, doações ou convênios (R$ 5 bilhões); e doações para o meio ambiente (R$ 100 milhões). 

“O que está sendo discutido com relação à PEC foi aprovado por 100% do eleitorado brasileiro, por quem votou no presidente Lula e quem votou em Bolsonaro”, lembrou Gleisi Hoffmann,  presidente nacional do PT, na última sexta-feira (25).

Com as resistências à proposta do PT, de excluir o Bolsa Família do teto de gastos, começa a ser considerada a possibilidade de elevar o teto, admitiu à GloboNews o líder do partido na Câmara, deputado federal Reginaldo Lopes (MG).

Lula chega à Brasília (DF) nesta semana e se reúne com os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para destravar as negociações da PEC. O presidente eleito permanece na capital federal por toda a semana.

A equipe de transição para o futuro governo do petista chegou a se reunir com o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), que havia oferecido uma proposta alternativa à defendida.

Em seu texto, o parlamentar defende gastos extras limitados a R$ 80 bilhões, o que seria suficiente apenas para bancar a diferença de R$ 200 do novo Bolsa Família e o adicional de R$ 150 das crianças.

O tempo de vigência da PEC empaca seu andamento. O PT começou a negociar sem definir prazo, passou a topar quatro anos e deu sinais de que poderia aceitar dois anos.

A vontade do Congresso Nacional seria dar apenas um ano, com a simples lógica: deputados federais e senadores querem obrigar Lula a reabrir negociações todos os anos.

Fator Arthur Lira – Um compromisso já admitido pelo PT, PCdoB e PV foi o apoio à reeleição de Arthur Lira (PP-AL), que deve ser anunciado formalmente amanhã (29).

Para o PT, era importante fechar essa aliança para formar um bloco de governabilidade a Lula e participar do rodízio de comissões de destaque, como a de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) e a do Orçamento (CMO).

Já o orçamento secreto estaria resolvido: Lula não vai mexer com esse vespeiro por enquanto. Segundo a Folha de S.Paulo, o petista deve deixar para discutir as mudanças nas regras de distribuição das emendas de relator (RP-9) só no ano que vem.

Fernando Haddad no Ministério da Fazenda

Mesmo após frustrar as expectativas do mercado financeiro em relação ao anúncio das regras fiscais que serão adotadas no próximo governo, durante participação em almoço com banqueiros promovido pela Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), segue como o nome preferido de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o Ministério da Fazenda. 

A avaliação foi feita por pessoas próximas ao presidente eleito, segundo apurou o jornal O Globo, durante encontro do Grupo Esfera, no Guarujá, litoral de São Paulo.

Em sua fala aos empresários, Fernando Haddad defendeu a reforma tributária, a ampliação de gastos para investimentos em Ciência e Tecnologia e no atendimento às famílias mais pobres e tornou a defender que responsabilidades social e fiscal não são indissociáveis.

Pérsio Arida: vai ou não vai?

Em entrevista à Folha de S. Paulo, o ex-presidente do Banco Central e do BNDES, Pérsio Arida, que integra a equipe de transição de Lula, negou ter recebido convite formal para equipe econômica. O economista afirmou não ter intenção de ter cargos no novo governo Lula (PT).

“Por razões pessoais, pelo meu momento de vida, não tenho intenção de ter cargo em Brasília”, disse Arida.

Reformas e imposto sindical

Em evento com empresários na cidade de Guarujá (SP), o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) negou a revogação de reformas e a volta do imposto sindical. “Não há reformas a serem desfeitas”. “Não vai voltar imposto sindical nem legislado sobre acordado”, disse o político. “Quem fez a primeira reforma da Previdência foi o Lula”, relembrou.

“Podem ter certeza que o ajuste fiscal vai ser feito e de maneira permanente.” Segundo o vice-presidente, Lula não vai gastar mais do que arrecadar. Também disse que vai ser preciso cortar gastos, mas que o ajuste não vai prejudicar aposentados e pensionistas.

Auxílio Brasil

Sem depurar o Cadastro Único e focar no perfil das pessoas atendidas, o programa pode se tornar ineficiente e ter um resultado abaixo do seu potencial. E a equipe de transição do novo governo sabe que vai ser necessário um "pente-fino" nos benefícios, de olho especialmente nas concessões individuais, informou o jornal O Estado de S.Paulo.

Gabriel Galípolo

O economista Gabriel Galipolo (ex-Banco Fator), que integra o grupo de transição do governo Lula, e passou a ser cotado para assumir o BNDES, disse estimar otimista com o potencial do Brasil para atrair investimentos externos aos projetos de desenvolvimento sustentável.

Ele defendeu Parcerias Público-Privadas para viabilizar investimentos em tecnologia e infraestrutura no montante aproximado de US$ 4 bilhões apontado em estudos como necessário para universalizar o 5G no Brasil.

Defesa

Nesta segunda-feira (28), nomes que formarão o núcleo técnico do grupo de transição para a pasta da Defesa serão anunciados. A alta cúpula das Forças Armadas analisa com cautela os integrantes da comissão, enquanto aliados do novo governo petista buscam vencer resistências com a escalação.

Caixa Econômica Federal

Com falta de recursos, a Caixa Econômica Federal passou a restringir a concessão de crédito consignado no Auxílio Brasil, destacou o jornal O Globo no último sábado (27).

A concessão para os beneficiários caiu de 114 mil contratos por dia em outubro para 1.500 em novembro, disseram fontes do banco estatal ao veículo. Corte ocorre em todas as linhas, informaram.

Trabalho

A equipe do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quer que os prestadores de serviço por meio de aplicativos (motoristas, motoboys e entregadores de plataformas como Uber, 99, Rappi e iFood) tenham direitos correspondentes aos dos assalariados cobertos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), destaca reportagem do jornal O Globo do último domingo (27).

Boletim Focus

Às 8:25 desta segunda-feira (28), o Banco Central divulgou as projeções mais atualizadas para a inflação (IPCA), juros (Selic), crescimento (PIB) e câmbio (dólar) em seu relatório semanal Boletim Focus, com uma média elaborada a partir de economistas consultadas pela autoridade monetária.

As projeções para inflação de 5,88% para 5,91% neste ano, enquanto as estimativas para o PIB em 2022 passaram de 2,80% para 2,81%. As expectativas para o dólar passaram de R$ 5,25 para R$ 5,27.

Já para a taxa básica de juros Selic segue o cenário terminal de 13,75% ao ano. 

Banco Central: mais dados

De acordo com informações do Banco Central (BC), a inadimplência do crédito total do sistema financeiro, que leva em conta os atrasos superiores a noventa dias, registrou alta de 0,1 ponto percentual ao atingir 3,0% em setembro, enquanto a dívida das famílias com o SFN alcançou 49,9% no mês – estabilidade em relação ao mês anterior e expansão de 2,3 p.p. em doze meses.

O volume de crédito total do SFN atingiu a marca de R$ 5,2 trilhões em outubro. Já o crédito ampliado a empresas somou R$ 5,1 trilhões em outubro, crescimento de 1,9 p.p. sobre setembro. As concessões totais de crédito totalizaram R$ 498 bilhões no décimo mês.

O saldo do crédito ampliado no setor não financeiro foi de R$ 14,6 trilhões (153,3% do PIB) no mês, com alta de 1,5% na comparação mês a mês. (InfoMoney)

Black Friday

As vendas no setor varejista cresceram 6,9% na Black Friday deste ano ante o mesmo evento no ano passado, de acordo com dados do Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA).

Monitoramento da Confi Neotrust em parceria com a ClearSale aponta para a pior Black Friday da história do varejo online, com diminuição em número de pedidos e no valor gasto por compra.

Segundo destacou o Valor, haveria queda 28% nas vendas em relação ao mesmo período do ano passado. (Investing.com Brasil)

Combustíveis

Após seis semanas seguidas de alta, o preço da gasolina nos postos mostra sinais de estabilidade, aponta levantamento semanal realizado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

De acordo com a agência, entre 20 e 26 de novembro o preço médio do litro nas bombas foi de R$ 5,04, leve queda comparada à pesquisa da semana imediatamente anterior (R$ 5,05). (O Estado de S.Paulo)

Mega-Sena

A Mega-Sena acumulou e o prêmio vai a R$ 65 milhões.

Big techs

O ministro Luís Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal), saiu em defesa neste sábado (26) da regulamentação da internet para posterior tributação de empresas que operam no ambiente virtual.

“Tem que tributar. Antigamente, as empresas mais valiosas do mundo eram as que exploravam petróleo, fabricavam automóveis e as dos grandes equipamentos, como a General Eletric. Hoje em dia são Apple, Amazon, Facebook, Google e Microsoft. Tem que tributá-las, então tem que regular para tributar”, avaliou o magistrado. (Agência Estado)