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Ibovespa avança 0,1%, com Rússia-Ucrânia e combustíveis; dólar sobe 0,3%, a R$ 5,09

Veja os principais fatores que influenciam os mercados nesta terça-feira (8)

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O Ibovespa, principal índice acionário da B3, a bolsa brasileira, opera o pregão em alta nesta terça-feira (8).

Investidores monitoram a guerra entre Ucrânia e Rússia, que se prorroga pelo décimo terceiro dia, mas seguem otimistas com sinalização de recuperação nas bolsas globais em relação ao pregão anterior.

Além disso, o rumo sobre a política de preços dos combustíveis e nova bateria de balanços corporativos no Brasil após o fechamento do mercado estão no radar de agentes do mercado financeiro.

Por volta das 12h07, os ganhos eram de 0,15%, aos 111.757 pontos.

O dólar tinha valorização de 0,29%, cotado a R$ 5,094.

Veja os fatores que influenciam os mercados hoje:

Mercados internacionais

Ásia (encerrados) 
Nikkei 225 (Jap): 1,71% ↓ 
Shanghai Composite (Chi): 2,35% ↓                                                                                                                                                                                                      
Europa 
DAX 30 (Ale): 0,45% ↑                                                                                                                                                                                 
FTSE 100 (Ing): 0,06% ↑                                                                                                            
CAC 40 (Fra): 0,48% ↑          

EUA

Dow Jones: 0,47% ↓

S&P 500: 0,68% ↓

Nasdaq 100: 1,08% ↓                                                          

Nos EUA, os índices futuros operam em campo misto entre 0,16% negativos e 0,12% positivos

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A discussão política sobre o preço do combustível

O Governo quer que a Petrobras suspenda os reajustes nos preços do combustível, pelo menos enquanto a guerra da Ucrânia durar. O presidente Jair Bolsonaro (PL) fez essa sugestão ontem, 07, e o texto já aparece no Projeto de Lei 1.472/21, do senador Jean Paul Prates (PT-RN).

De acordo com o que uma fonte disse ao Valor Econômico, a ideia inicial era que os preços dos combustíveis fossem reduzidos por meio de mudanças na cobrança do ICMS, o que passaria a conta para os estados.

Mas os representantes estaduais no Senado dificultariam a aprovação dessa medida, já que eles preferem que a Petrobras assuma o prejuízo.

Assim, a solução do governo seria que a União usasse os dividendos da estatal para pagar a conta.

Ontem, as ações ordinárias da Petrobras caíram 7,65%, cotadas a R$ 34,14, enquanto as preferenciais recuaram 7,10%, a R$ 31,80, após terem batido a mínima de R$ 31,63.

Desde o início do conflito na Ucrânia, o petróleo no mercado internacional já ultrapassou o patamar dos US$ 120 o barril, o que eventualmente deve fazer com que os valores nas refinarias sejam repassados nas bombas.

Uma outra fonte disse à Reuters que o Ministério da Economia não pretende se envolver nessa discussão e o debate vai ser liderado pelo Ministério de Minas e Energia e pela própria estatal.

A preocupação de Bolsonaro é que a alta nos combustíveis grave ainda mais a inflação e respingue na sua campanha à reeleição à presidência.

O ex-presidente Lula (PT), que também está em pré-campanha às eleições e lidera as pesquisas até então, já defendeu que, caso eleito, não vai manter a política de preços dos combustíveis vinculado ao dólar.

Indicadores Econômicos

IAEmp – O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) piorou pelo quarto mês consecutivo, cedendo 1,4 ponto em fevereiro, para 75,1 pontos, menor nível desde agosto de 2020 (74,8 pontos). As informações são do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Em médias móveis trimestrais, o IAEmp também caiu, desta vez, 2,6 pontos, para 77,8 pontos.

IGP-DI – O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) teve inflação de 1,50% em fevereiro deste ano, taxa menor que a de janeiro último (2,01%) e fevereiro de 2021 (2,71%), segundo a Fundação Getulio Vargas.

Com o resultado, o indicador registra inflação de 3,55% no ano.

Em 12 meses, o acumulado chega a 15,35%, abaixo dos 29,95% registrados em 12 meses em fevereiro de 2021.

IPP – Os preços ao produtor no Brasil iniciaram o ano com forte alta de 1,18% em janeiro, diante da pressão da indústria extrativa, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em dezembro, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) havia apresentado taxa negativa de 0,08%.

IVAR – O Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (IVAR) subiu 2,92% em fevereiro de 2022, o que representa uma aceleração em relação à taxa de 1,86% registrada no mês passado,segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Com o resultado, o índice passa a acumular variação de 4,76% em 12 meses, a maior variação acumulada pelo IVAR desde o início da série histórica, em janeiro de 2019.

Produção de veículos

A produção de veículos subiu 14% em fevereiro na comparação com janeiro, informou a Anfavea.

Foram produzidos 165,9 mil veículos, entre carros, comerciais leves e ônibus. Na comparação com fevereiro de 2021, porém, o número apura uma queda de 15,8%. 

As vendas de veículos novos somaram 129,3 mil em fevereiro, com um avanço mensal de 2,2% e queda de 22,8% na comparação com o mesmo período do ano passado.

Dividendos

Banco do Brasil – Pela segunda vez, o Banco do Brasil (BBAS3) atualizou valores de dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) referentes ao quarto trimestre do ano passado.

Na última quarta-feira (2), o banco já havia anunciado um reajuste. O valor por ação a ser pago em dividendos subiu para R$ 0,36227695458, enquanto os JCPs complementares serão pagos em até  R$ 0,46244453749.

As ações passaram a ser negociadas “ex-proventos” desde a última quinta-feira (3) e os pagamentos serão efetuados na sexta-feira (11).

Intelbras – A Intelbras (INTB3) vai pagar R$ 47,7 milhões em dividendos e R$ 10,4 milhões em JCPs. Terão direito aos proventos os acionistas posicionados em base ao fim do pregão da próxima quinta-feira (10).

No dia seguinte (11), as ações passarão a ser negociadas ex-dividendos. Os pagamentos serão efetuados a partir do dia 21 de março.

Neoenergia – Já a Neoenergia (NEOE3) informou a distribuição de R$ 67,8 milhões em juros sobre o capital próprio (JCP) referente à Elektro.

O montante equivale a R$ 0,3326058664 por ação ordinária (ON) e R$ 0,3658664530 por ação preferencial (PN). Terão direito aos proventos os acionistas posicionados em base ao fim do pregão de 5 de janeiro.

Informe corporativo

Petrobras – Nesta segunda, as ações ordinárias da Petrobras (SA:PETR3) caíram 7,65%, cotadas a R$ 34,14, enquanto as preferenciais (SA:PETR4) recuaram 7,10%, a R$ 31,80, após terem batido a mínima de R$ 31,63. 

A explicação, segundo analistas, foi o debate político que vem sendo travado na busca de uma saída para conter a alta dos combustíveis, que considera rever a política de preços da estatal.

B3 – A B3 (SA:B3SA3) anunciou a nomeação de André Veiga Milanez como o novo diretor executivo financeiro e de relações com investidores.

Omega Energia – A Omega Energia (SA:MEGA3) assinou um acordo para adquirir a totalidade dos direitos e obrigações do complexo de geração eólica Assuruá, localizado na Bahia.

Com a transação, a companhia aumenta sua participação nos parques em implantação Assuruá 4 (211,5 MW de potência) e Assuruá 5 (243,6 MW), além de poder realizar novas expansões do complexo com potencial para acrescentar mais 617,6 MW em capacidade instalada.

Segundo a empresa, quando estiverem totalmente operacionais em 2023, os projetos Assuruá 4 e Assuruá 5 deverão adicionar aproximadamente R$ 380 milhões a seu Ebitda anual.

Vale – A Vale (SA:VALE3) informou nesta segunda-feira que fortes chuvas causaram uma movimentação de terra na ferrovia Estrada de Ferro Carajás num trecho próximo a Bom Jesus das Selvas (MA), levando à suspensão temporária da circulação de trens.

Segundo a companhia, o incidente não gerou vítimas e o local afetado passa por avaliação. As operações de mina e porto seguem operando normalmente por meio de gerenciamento de estoques, acrescentou.

Mercado Livre – O Mercado Livre (NASDAQ:MELI) (SA:MELI34) informou nesta segunda-feira que os dados de cerca de 300 mil de seus usuários foram acessados, após detectar que parte de seu código-fonte foi alvo de acesso não autorizado.

A companhia afirmou em comunicado que não encontrou nenhuma evidência de que seus "sistemas de infraestrutura tenham sido comprometidos ou que tenham sido obtidas senhas de usuário, saldos em conta, investimentos, informações financeiras ou de cartão de pagamento".

Saraiva – Os credores da Saraiva (SA:SLED3) (SA:SLED4) aprovaram ontem o segundo aditivo do seu plano de recuperação judicial. 

Totvs – A Fitch eleva o rating da Totvs (SA:TOTS3) de AA(bra) para AA+(bra), com perspectiva estável.

Marisa – A Marisa (SA:AMAR3) irá adotar uma estratégia de reformulação na marca e um novo posicionamento no mercado para enfrentar a crise que vem passando nos últimos anos.

Commodities pressionadas com a escalada da guerra entre Rússia e Ucrânia

O estresse nos mercados financeiros globais como resultado da guerra da Rússia na Ucrânia se torna cada vez mais óbvio.

Gás – Os preços de referência do gás europeu, no entanto, diminuíram depois que o ministro da Economia alemão, Robert Habeck, disse que não esperava que a Rússia cumprisse a ameaça de interromper o fornecimento de gás à Europa por meio de gasodutos existentes.

Níquel – A Bolsa de Metais de Londres foi forçada a suspender as negociações de níquel e deu o raro passo de dizer que pode ajustar ou cancelar algumas negociações retroativamente depois que um violento aperto curto levou o contrato principal a mais de US$ 101.000 a tonelada.

Isso equivale a cerca de sete vezes em que estava sendo negociado antes da pandemia e mais do que o dobro do pico anterior, atingido em 2007.

A nitidez do movimento parece ter sido causada por um cliente industrial do China Construction Bank (OTC:CICHF), que precisava de um tempo extra para atender suas chamadas de margem na segunda-feira.

O níquel, usado principalmente pelos setores automotivo e de construção para aço inoxidável, viu a demanda aumentar rapidamente nos últimos anos devido ao seu uso como metal de bateria em veículos elétricos.

Um carro Tesla médio (NASDAQ:TSLA) usa 45 kg do metal.

Petróleo – Os preços do petróleo bruto ficaram acima de US$ 120 o barril, já que a Shell confirmou que não compraria mais petróleo ou gás russo por meio de mercados spot ou de longo prazo.

Isso reforça a dinâmica de ‘autossanção’ visível no mercado nas últimas duas semanas.

EUA

Espera-se que a Apple apresente uma nova versão com preço reduzido de seu iPhone em um evento corporativo na Costa Oeste mais tarde.

O movimento parece sugerir um grau maior de sensibilidade de preço na empresa para seu principal produto do que foi evidente nos últimos dois anos, quando aproveitou a demanda recorde por atualizações de hardware para aumentar substancialmente os preços de seus novos modelos.

A UE deve levar a sério a redução da dependência energética?

Os títulos europeus e as moedas da Europa Central subiram após um relatório da Bloomberg dizer que a União Europeia vai considerar a emissão de dívida conjunta para financiar gastos considerados necessários para fortalecer as defesas da Europa e se livrar do fornecimento de energia russo.

A medida seria mais um passo radical em direção a uma capacidade fiscal comum para a UE, e somaria-se à dívida Next Generation da UE que foi lançada para financiar a reconstrução da economia após a pandemia.

O zloty polonês, o forint húngaro e a coroa tcheca, todos com desempenho abaixo do esperado nas últimas duas semanas, subiram fortemente.

A Comissão Europeia deve publicar mais tarde um novo documento de estratégia com detalhes sobre como pretende reduzir a dependência da UE do gás russo, nova evidência da profunda mudança no pensamento estratégico causada pela invasão da Ucrânia.

Enquanto isso, o rublo caiu mais 4% em relação ao dólar, atingindo um novo recorde de baixa.

Covid-19: Brasil

O Brasil registrou 20.456 novos casos de Covid-19 e 198 novos óbitos causados pela doença em 24 horas, segundo o boletim da situação epidemiológica divulgado na última segunda-feira (7) pelo Ministério da Saúde. 

Com os novos diagnósticos de Covid-19 confirmados, o total de pessoas contaminadas desde o início da pandemia chegou a 29.069.469.

Com os novos óbitos, a soma de pessoas que perderam a vida para a doença alcançou 652.341.

Até hoje, foram aplicadas 380,3 milhões de doses de vacinas contra a covid-19, sendo 170 milhões com a primeira dose e 146,2 milhões com a segunda dose.

A dose única foi aplicada em 4,7 milhões de pessoas. Outras 56,9 milhões já receberam a dose de reforço.

Com informações de Agência Brasil, Bloomberg, CNN, Exame, g1, Investing.com, O Estado de S.Paulo, Reuters e Valor.

Veja como as ações operam hoje no Ibovespa