Ibovespa fecha em queda de 0,08% e dólar a R$ 5,315, com Lei das Estatais e Fernando Haddad

Ibovespa e dólar hoje

Nesta quinta-feira (15), o Ibovespa, principal índice acionário da B3, fecha em queda 0,08%, aos 103.660 pontos, ao 18:01. O dólar comercial (compra), ao 17:00, se valorizava em 0,28%, a R$ 5,315.

Bolsas globais agora

Ásia (encerrados)

Nikkei 225 (Japão): -0,37%

Shanghai Composite (China): -0,25%

Europa (encerrados)

DAX 30 (Alemanha): -3,28%

FTSE 100 (Inglaterra): -0,93% 

CAC 40 (França): -3,09%

EUA 

Dow Jones: -2,25%

S&P 500: -2,49% 

Nasdaq 100: -3,37% 

EWZ

O iShares MSCI Brazil ETF (EWZ) subiu 0,53%, às 18:00 desta quinta-feira (15), em NY. 

Juros futuros

• DI (2023): -0,004 pp, a 13,656%
• DI (2024): -0,105 pp, a 13,895%
• DI (2025): -0,070 pp, a 13,575%
• DI (2027): -0,090 pp, a 13,365%
• DI (2029): -0,080 pp, a 13,330%
• DI (2031): -0,100 pp, a 13,310%

(por volta de 18:14) 

 

Commodities

O minério de ferro (contrato de maio) fechou em alta de 3,23% em Dalian, na China, o equivalente a 830,00 yuans por tonelada métrica (US$ 119,05).

Petróleo: Brent caía 1,62%, a US$ 81,36, enquanto o WTI recuava 1,37%, a US$ 76,22 por barril, por volta de 18:11 desta quinta-feira (15).

Fique por dentro dos principais assuntos que movimentam os negócios no Brasil e no exterior nesta quinta-feira:

Brasil

Agenda 

Nesta quinta-feira (15), o Banco Central (BC) divulgou o relatório trimestral de inflação (RTI). 

Para a autoridade monetária, persistem incertezas sobre a magnitude dos estímulos fiscais em 2023 e sobre sua transmissão para a atividade econômica e permanecem desafios como aperto da política monetária em diversos países centrais, da evolução da guerra entre Rússia e Ucrânia e, na China, dificuldades com a crise no setor imobiliário e a política de Covid-19 Zero.

De acordo com o RTI, a instituição pretende perseverar até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas.

No material, o BC elevou suas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2022 de 2,70% para 2,90%, e manteve as estimativas de crescimento para 2023 em 1,00%.

A instituição previu um crescimento do crédito no país de 15,1% este ano, ante estimativa de 14,2% feita em setembro, ao passo que piorou sua estimativa para o déficit em transações correntes a US$ 60 bilhões neste ano, ante rombo de US$ 47 bilhões.

(Reuters)

O presidente do BC, Roberto Campos Neto, e o diretor de Política Econômica, Diogo Guillen, participam de entrevista coletiva sobre política monetária, às 11:00.

Já o IBRE-FGV divulgou dados do IGP-10. O Índice Geral de Preços – 10 variou 0,36% em dezembro, ante variação negativa de 0,59% em novembro.

De janeiro a dezembro de 2022, o índice acumulou alta de 6,08%. Em dezembro de 2021, o índice recuou 0,14% e acumulava elevação de 17,30% em doze meses.

O Conselho Monetário Nacional (CMN) se reúne às 15:00.

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Fernando Haddad, futuro ministro da Fazenda, viajam a São Paulo para participar de festividade de Natal com catadores.

(Bom Dia Mercado)

Lei das Estatais

Investidores ainda digerem os efeitos das mudanças na Lei das Estatais, que, uma vez aprovadas pela Câmara dos Deputados, tendem a ser referendadas pelo Senado Federal na sessão desta quinta-feira (15) e seguirão à sanção da Presidência da República.

Deve haver um acordo entre os líderes para que o texto seja levado diretamente para o plenário.

(Bom Dia Mercado)

PEC da Transição

A CNN informou que o PT trabalha com a possibilidade de a PEC da Transição ser pautada para sessão desta quinta-feira (15), às 14:00. 

A PEC precisa de 308 votos para ser aprovada, mas líderes do Centrão contabilizam, no momento, apenas 240 votos confirmados, afirmou o veículo.

Reuniões entre negociadores do PT, o relator da PEC e Arthur Lira se prolongavam, sem qualquer definição e com resistências de todos os lados, do Republicanos, União Brasil, PSDB, PSD, PP, Solidariedade e Cidadania.

Alguns líderes partidários defendem reduzir a elevação do teto de R$ 145 bilhões para R$ 80 bilhões e o prazo para um ano.

O relator, deputado federal Elmar Nascimento (União-BA), disse que vai apresentar no plenário o texto aprovado no Senado Federal, mas que as mudanças podem vir por meio de destaques.

As negociações entraram pela madrugada e não existe certeza de votação nesta quinta-feira (15). Com a derrota no Supremo Tribunal Federal (STF), Arthur Lira tentava incluir o orçamento secreto na PEC da Transição.

Numa última tentativa de sensibilizar os demais ministros do STF a não acompanharem o voto de Rosa Weber, o Congresso Nacional pautou para esta quinta-feira (15) uma análise do projeto de resolução que altera a distribuição das emendas de relator.

O texto prevê que 80% dessas emendas seriam distribuídas de forma proporcional ao tamanho das bancadas e define que a metade das verbas sejam destinadas à Saúde, mas em localidades escolhidas pelos parlamentares.

(Bom Dia Mercado)

Fernando Haddad

O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou ter em mente nomes para chefiar as secretarias de Receita Federal e do Tesouro Nacional. Os indicadores serão anunciados até a próxima sexta-feira (16).

Já a longa entrevista de Fernando Haddad à GloboNews, durante a tarde de quarta-feira (14), conseguiu recuperar o Ibovespa e tirou a pressão dos juros futuros e do dólar, com declarações baseadas na responsabilidade fiscal e sustentabilidade da dívida pública.

Ainda sem dar detalhes, o futuro ministro da Fazenda afirmou que pretende anunciar uma nova proposta de âncora fiscal, em substituição ao teto de gastos, logo no início de 2023. Mas a resposta dele que mais agradou foi outra.

Questionado sobre crescimento, disse que o País "não está num momento em que a expansão fiscal irá ajudar a economia".

Ele citou a "lambança eleitoral" do governo Bolsonaro e disse que vai colocar a casa em ordem. "Se a gente souber fazer a transição, tem espaço para Selic menor". Se houver algum espaço para estímulo na Economia, seria estímulo monetário, sinalizou.

Voltou a dizer que o contato com Campos Neto foi muito bom e que as coisas podem dar certo "se sinalizar uma trajetória da dívida sustentável", com combinação fiscal e monetária. Praticamente um ortodoxo, brincou Mônica Waldvogel.

O futuro ministro reiterou a ênfase na reforma tributária, a ser conduzida por Bernard Appy, como prioridade do governo.

Sobre a função do BNDES, que estará nas mãos de Aloizio Mercadante, Haddad disse que "não vai ser mais aquele banco que estava atrás do sujeito para emprestar".

"Cabe ao BNDES estruturar operações, o BNDES tem de ser tópico e preciso." Chegou a admitir que "nós [os governos do PT] cometemos erros de condução de política no começo da década passada".

Fernando Haddad se mostrou disposto a ouvir opiniões de economistas de fora, e disse que gostaria de manter interlocução com ex-ministros e ex-presidentes do BC.

"Vou fazer uma espécie de Conselho e me reunir com ele periodicamente", disse. "Figuras como Pérsio Arida e Lara Resende podem compor esse Conselho, dão o melhor de si porque torcem pelo País", complementou.

Sobre a resistência do mercado ao seu nome, soou amigável: "A gente precisa ter calma, ouvir a pessoa, esperar a posse."

(Bom Dia Mercado)

Orçamento secreto

À tarde, o STF abriu sessão para o voto da ministra relatora do orçamento secreto, Rosa Weber, que não se deixou seduzir pelo projeto de resolução do Congresso Nacional.

Não houve conversa.

Ela declarou a prática incompatível com a ordem constitucional, democrática e republicana. O julgamento vai ser retomado nesta quinta-feira (15) para o voto dos demais ministros da Corte. Existe a expectativa de que a tendência seja de que a maioria siga a relatora.

(Bom Dia Mercado)

Ministérios

Na Folha, o destaque foi para a sinalização de Lula a aliados de que as costuras políticas no Congresso Nacional são a razão para a demora em anunciar os ministros.

Ele pretende confirmar os nomes de aliados depois da aprovação da PEC da Transição na Câmara dos Deputados.

Nesta quarta-feira (15), Josué Gomes da Silva, atual presidente da Fiesp, foi convidado para assumir o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), segundo o Valor, enquanto o deputado federal eleito Luiz Marinho (PT-SP) foi escolhido para o Ministério do Trabalho e já aceitou o convite (Broadcast).

A imprensa voltou a citar o nome do senador eleito Wellington Dias (PT-PI) para o Ministério do Planejamento e da ex-ministra Miriam Belchior na secretaria-executiva da Casa Civil, pasta futuramente comandada pelo governador da Bahia, Rui Costa (PT).

Ainda no Valor, no caso do Planejamento, Lula estuda dividir o ministério em dois, com uma parte voltada ao planejamento de políticas públicas, com Camilo Santana, e outra para orçamento e gestão, com Wellington Dias. Os dois do PT.

A mesma estratégia para acomodar o grande número de aliados seria adotada no caso do Ministério da Educação, segundo Mônica Bergamo (Folha).

O MEC seria repartido em duas pastas, uma da educação básica e outra do ensino superior.

(Bom Dia Mercado)

Manifestações antidemocráticas

Alexandre de Moraes (STF) deu quarenta e oito horas para que o ministro da Justiça, Anderson Torres, e o governador do Distrito Federal (DF), Ibaneis Rocha, detalhem as medidas das forças de segurança para conter atos de vandalismo em Brasília, na segunda-feira (12).

Na quarta-feira (14), Moraes afirmou que "ainda tem muita gente para prender e muita multa para aplicar" no inquérito das fake news, que atinge Bolsonaro e seus aliados, investigados por espalhar notícias falsas e atentar contra as instituições.

Em palestra ao lado do ministro Dias Toffoli, Alexandre de Moraes disse que a invasão ao Capitólio dos EUA, em janeiro de 2011 (por apoiadores de Donald Trump), já levou à detenção de 964 pessoas em cinquenta estados diferentes daquele País.

(Bom Dia Mercado)

PF

A mando de Alexandre de Moraes, a Polícia Federal cumpre oitenta e uma ordens judiciais, expedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

As operações se concentram nos estados do Acre, Amazonas, Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e no Distrito Federal, em face de pessoas físicas e jurídicas identificadas pelas forças federais e locais de Segurança Pública por manifestações antidemocráticas.

(CNN)

TSE

No TSE, o corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Benedito Gonçalves, abriu investigação contra o presidente Jair Bolsonaro para apurar a aprovação de benefícios durante o período eleitoral, em atendimento a um pedido apresentado pelo PT.

(Bom Dia Mercado)

Benefícios – Previdência

O governo Jair Bolsonaro (PL) publicou nesta quinta-feira (15) uma medida provisória (MP) para liberar R$ 7,56 bilhões em créditos extraordinários, que não são contabilizados na regra do teto de gastos, para bancar benefícios previdenciários neste fim de ano, informou o Ministério da Economia.

A pasta justificou que a MP era compatível com recente entendimento sobre a liberação de créditos extraordinários do Tribunal de Contas da União (TCU), "que aponta como requisito a imprevisibilidade da despesa, quando a insuficiência de dotação pode acarretar a interrupção de uma despesa obrigatória".