Ibovespa e dólar hoje (2) - com Lula e Haddad: combustíveis, estatais, Focus, PPPs e teto de gastos

“Os bancos públicos, especialmente o BNDES, e as empresas indutoras do crescimento e inovação, como a Petrobras, terão papel fundamental neste novo ciclo”, disse.

Sem maiores detalhes, o novo presidente ressuscitou o PAC – Programa de Aceleração do Crescimento.

De certa forma, Lula reinventou o slogan “Ditadura nunca mais”, ícone da campanha pelas Diretas Já!, em 1984: “Hoje, depois do terrível desafio que superamos, devemos dizer: democracia para sempre!”.

Numa alusão ao difícil embate com o governo passado, Lula afirmou que não carrega “nenhum ânimo de revanche contra os que tentaram subjugar a Nação a seus desígnios pessoais e ideológicos, mas vamos garantir o primado da lei”. Segundo o novo presidente, quem errou vai responder por seus erros, “com direito amplo de defesa, dentro do devido processo legal”.

No discurso em frente ao Palácio do Planalto à multidão, no parlatório, entretanto, populares gritaram “sem anistia!”, em relação a supostos erros da condução da pandemia de Covid-19 do governo Jair Bolsonaro (PL) e sigilos de cem anos impostos pelo ex-mandatário.

No mesmo discurso, Lula foi às lágrimas ao falar da volta da fome e do aprofundamento da desigualdade social no País.

“Há muito tempo, não víamos tamanho abandono e desalento nas ruas”, disse.

Lula interrompeu o discurso para se recompor, e foi aplaudido pelos milhares de apoiadores na Praça dos Três Poderes. Depois, retomou a fala – mas logo a interrompeu novamente.

“Fila na porta dos açougues, em busca de ossos para aliviar a fome. E, ao mesmo tempo, filas de espera para a compra de jatinhos particulares. Tamanho abismo social é um obstáculo à construção de uma sociedade justa e democrática, e de uma economia próspera e moderna”, disse.

Antes, com a ausência de Jair Bolsonaro (PL) e do então presidente em exercício, o senador eleito Hamilton Mourão (Republicanos-RS), Lula recebeu a faixa presidencial de representantes do povo brasileiro.

Após as duas falas, Lula cumprimentou autoridades estrangeiras e reuniu-se com grande parte dos presentes no Palácio do Itamaraty, mais à noite.

Ausência sentida foi o presidente venezuelano Nicolás Maduro, que não compareceu à cerimônia mesmo após o novo governo conseguir autorização para sua entrada no Brasil.

Mas, em outra frente, o presidente alemão Frank-Walter Steinmeier anunciou que seu país decidiu que 35 milhões de euros do orçamento, serão liberados para o Fundo Amazônia, como um sinal imediato de cooperação e apoio ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Entre os momentos com personalidades do exterior, Lula empossou ministros e assinou medidas provisórias e revogação de decretos.

Alguns dos principais documentos referem-se à criação de novos ministérios, à prorrogação da desoneração de combustíveis, reestruturou a política de controle de armas em território nacional, estabeleceu novas diretrizes para o combate ao desmatamento na Amazônia, derrubou normas pró-garimpo ilegal e determinou que a Controladoria-Geral da União (CGU) avalie, em trinta dias, decisões sobre os sigilos impostos por Jair Bolsonaro (PL).

Além disso, Lula retirou, por decreto, uma proposta que incluía Correios, EBC e Petrobras (PETR3)(PETR4) nos estudos do Programa Nacional de Desestatização.

Em sucessão aos eventos, Fernando Haddad, novo ministro da Fazenda, disse, no âmbito das relações exteriores, que Lula tem “obsessão” pelo Mercosul. “O presidente já fez muito pelo Mercosul e vai voltar a fazer”.

Além da série de revogações nesta estreia do mandato, Lula deve sancionar nos próximos dias o Orçamento-Geral da União de 2023.

(Agência Brasil) (E-investidor) (g1)

Fernando Haddad

O ex-ministro da Educação e ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), foi empossado ministro da Fazenda na manhã desta segunda-feira (2), em cerimônia no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB).

Em discurso, defendeu as parcerias público-privadas (PPPs) e citou a reforma tributária como prioridade, com menção a Bernard Appy, secretário escolhido para tratar o tema.

Ele elencou ainda, entre suas prioridades, o estabelecimento de uma nova regra fiscal para o País e a reforma tributária.

(O Globo)

Banco do Brasil (BBAS3), CEF e Petrobras (PETR3)(PETR4)

Na sexta-feira (30), o novo ministro da Fazenda do governo Lula III, Fernando Haddad (PT), anunciou Rita Serrano como a nova presidente da Caixa Econômica Federal e Tarciana Medeiros à frente do Banco do Brasil.

No mesmo dia, o senador Jean Paul Prates (PT-RN) foi indicado para ser o novo presidente da Petrobras.

Ontem (1), a jornalistas, garantiu a manutenção da desoneração dos impostos federais por sessenta dias para os combustíveis, e afirmou que não havia motivos para qualquer alteração nos preços dos combustíveis.

(Diário do Pernambuco) (g1)

Aneel

A Aneel manteve bandeira verde nas contas de energia em janeiro. O órgão também aprovou redução de 34,5% na tarifa de repasse da energia de Itaipu, a partir de 1º de janeiro.

(BDM)

São Paulo

Em sua posse, o novo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) disse que o leilão do Rodoanel vai ser uma de suas prioridades de seus primeiros cem dias de governo.

EUA

Mercados inoperantes em razão do feriado prolongado de Ano Novo.

Investidores aguardam a divulgação da ata do Federal Reserve na próxima quarta-feira (4) e a divulgação do relatório de empregos não-agrícolas Payroll na sexta-feira (6).

Ásia

Mercados de China e Japão inoperantes em razão do feriado prolongado de Ano Novo.

Europa

Mercados do Reino Unido inoperantes em razão do feriado prolongado de Ano Novo.

Zona do Euro – O índice de gerentes de compras (PMI) industrial da Zona do Euro chegou a 47,8 em dezembro, informou nesta segunda-feira a S&P Global. (InfoMoney)