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Ibovespa e dólar hoje: IPCA no Brasil e negócios dos EUA à espera de CPI

Confira os principais fatores que influenciam os mercados financeiros em todo o mundo nesta terça-feira, 11 de julho

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Ibovespa e dólar hoje

O Ibovespa, principal índice acionário da B3, encerrou a sessão em queda de 0,33%, aos 117.554,82 pontos, nesta terça-feira (11).

O dólar comercial (compra) se desvalorizou em 0,43%, cotado a R$ 4,86.

Outros índices

BDRs: BDRX: +0,30%

FIIs: Ifix: 0,00%

Small caps: SMLL: -1,38%

Bolsas globais 

Ásia [Encerrados]

Nikkei 225 (Japão): +0,04%

Shanghai Composite (China): +0,55%

Europa [Encerrados]

DAX 30 (Alemanha): +0,73%

FTSE 100 (Reino Unido): +0,12%

CAC 40 (França): +1,07%

EUA [Encerrados]

Dow Jones: +0,93%

S&P 500: +0,67%

Nasdaq 100: +0,49%

 

EWZ

O iShares MSCI Brazil ETF (EWZ) registrava alta de 0,14%, em NY. (16:13)

 

Juros futuros (DIs)

Ativo Variação (p.) Último Preço
DI1F24 +0,02

12,845

DI1F25 -0,005

10,77

DI1F26 -0,035

10,105

DI1F28

+0,045

10,30
DI1F30

-0,07

10,54
DI1F32

-0,07

10,62

(15:57)

Commodities

O petróleo WTI para agosto se valorizou em 2,52%, a US$ 74,83 por barril, enquanto o petróleo tipo Brent para setembro avançou 2,20%, a R$ 79,40 por barril. 

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Confira os principais fatores que influenciam os mercados financeiros em todo o mundo nesta terça-feira, 11 de julho:

Brasil

Reforma tributária – Nesta terça-feira (11), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, afirmou que a reforma tributária deve ser aprovada nos próximos meses e mostrou otimismo em relação ao projeto.

Junto aos ministros da Fazenda, Fernando Haddad, do Planejamento, Simone Tebet, das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues, Pacheco disse que pretende votar o texto completo, e não fatiado, como era pensado.

O presidente do Senado também confirmou que o senador Eduardo Braga será o relator da reforma tanto na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa quanto no plenário.

IPCA – A inflação oficial do mês de junho caiu 0,08%, 0,31 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de 0,23% registrada no mês de maio. Essa foi a menor variação para o mês de junho desde 2017, quando o índice foi de -0,23%.

No ano, o IPCA acumula alta de 2,87% e, nos últimos doze meses, de 3,16%, abaixo dos 3,94% observados nos doze meses imediatamente anteriores.

Em junho de 2022, a variação havia sido de 0,67%. 

Alimentação e bebidas (-0,66%) e Transportes (-0,41%) foram os grupos que mais contribuíram para o resultado do mês, com impacto de -0,14 p.p. e -0,08 p.p no índice geral, respectivamente. Também registraram quedas os Artigos de residência (-0,42%) e Comunicação (-0,14%).

No lado das altas, o maior impacto (0,10 p.p.) e a maior variação (0,69%) no vieram de Habitação. Os demais grupos ficaram entre o 0,06% de Educação e o 0,36% de Despesas pessoais.

“Alimentação e bebidas e Transportes são os grupos mais pesados dentro da cesta de consumo das famílias. Juntos, eles representam cerca de 42% do IPCA. Assim, a queda nos preços desses dois grupos foi o que mais contribuiu para esse resultado de deflação no mês de junho”, explica André Almeida, analista da pesquisa.

O grupo Alimentação e bebidas foi influenciado, principalmente, pelo recuo nos preços da alimentação no domicílio (-1,07%). Destacam-se as quedas do óleo de soja (-8,96%), das frutas (-3,38%), do leite longa vida (-2,68%) e das carnes (-2,10%). 

Já a alimentação fora do domicílio (0,46%) desacelerou em relação ao mês anterior (0,58%), em virtude das altas menos intensas do lanche (0,68%) e da refeição (0,35%).

“Nos últimos meses, os preços dos grãos, como a soja, caíram. Isso impactou diretamente o preço do óleo de soja e indiretamente os preços das carnes e do leite, por exemplo. Essas commodities são insumos para a ração animal, e um preço mais baixo contribui para reduzir os custos de produção. No caso do leite, há também uma maior oferta no mercado”, explica Almeida.

Em Transportes (-0,41% e -0,08 p.p.), o resultado deve-se ao recuo nos preços dos automóveis novos (-2,76%) e dos automóveis usados (-0,93%).

Destaca-se, ainda, o resultado de combustíveis (-1,85%), com as quedas do óleo diesel (-6,68%), do etanol (-5,11%), do gás veicular (-2,77%) e da gasolina (-1,14%). No lado das altas, as passagens aéreas subiram 10,96%, após queda de 17,73% em maio. 

"Todos os combustíveis pesquisados apresentaram queda. Além disso, a gasolina, é o subitem de maior peso individual no IPCA, com 4,84%. A queda na gasolina, esse mês, teve um impacto de -0,06 p.p.”, destaca o analista.

Ele explica ainda a redução nos preços dos automóveis: “O subitem automóvel novo foi o de maior impacto individual no mês, com -0,09 p.p. Essa redução nos preços está relacionada ao programa de descontos para compra de veículos novos, lançado em 6 de junho pelo governo federal. Isso pode ter relação também com a queda dos preços dos automóveis usados.”

Já para a alta do grupo Habitação (0,69%), a maior contribuição (0,06 p.p.) veio da energia elétrica residencial (1,43%), seguida pela taxa de água e esgoto (1,69%). Em ambos os casos, houve reajustes aplicados em algumas áreas de abrangência da pesquisa.

Por outro lado, houve queda nos preços de gás encanado (-0,04%), devido a reduções tarifárias, e do gás de botijão (-3,82%).

Destaca-se, ainda, o resultado do grupo Saúde e cuidados pessoais (0,11%), influenciado pela alta nos preços dos planos de saúde (0,38%), decorrente de reajuste autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Em relação aos índices regionais, apenas cinco áreas apresentaram alta em junho. A maior variação foi em Belo Horizonte (0,31%), em função da energia elétrica residencial (13,66%).

Já a menor variação foi registrada em Goiânia (-0,97%), influenciada pelas quedas de 5,40% na gasolina e de 4,83% na energia elétrica residencial.

INPC: queda de 0,10% em junho

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) registrou queda de 0,10% em junho. Em maio, o índice havia registrado aumento de 0,36%.

No ano, o INPC acumula alta de 2,69% e, nos últimos doze meses, de 3,00%, abaixo dos 3,74% observados nos doze meses imediatamente anteriores.

Em junho de 2022, a taxa foi de 0,62%.

Os produtos alimentícios caíram 0,66% em junho e os não alimentícios subiram 0,08%, uma desaceleração em relação ao resultado de 0,43% observado em maio.

Regionalmente, doze áreas registraram queda em junho, com o menor resultado em Goiânia (-0,86%), e o maior, em Recife (0,38%).

Dados poderão ser utilizados como calibragem da dosagem do corte do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a taxa básica de juros Selic em agosto.

O Índice de Preços ao Consumidor-Semanal (IPC-S) da primeira quadrissemana de julho não registrou variação e acumula alta de 3,45% nos últimos doze meses, de acordo com o Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getulio Vargas nesta terça-feira.

IPC-S na primeira quadrissemana de julho:

Recife: 0,38%
Belo Horizonte: 0,37%
Rio de Janeiro: 0,33%
Porto Alegre: 0,16%
Brasília: 0,10%
Salvador: 0,01%
São Paulo: -0,45%

(BM&C News)

IGP-M recuou -1,29% na primeira previa de julho após -1,95% na mesma leitura de junho.

IPA-M recuou -1,80% após -2,74% no mês anterior; INCC-M desacelera a +0,01% após alta de +0,72%.

IPC-M recuou -0,07%, ante queda de -0,30% na mesma leitura de junho.

(BDM)

Agenda – Nesta semana, o Congresso Nacional caminha para o seu recesso parlamentar. 

Na última sexta-feira (7), em Plenário, a Câmara dos Deputados aprovou o texto-base do projeto de lei que restabelece o chamado “voto de qualidade” por representantes da Fazenda Nacional no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF).

O líder do governo no Congresso Nacional, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), disse, na última segunda-feira (10), que o Palácio do Planalto pretende ter ainda nesta semana a definição do relator da reforma tributária no Senado e que a Casa vote o projeto de lei que restabelece o voto de desempate do governo no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).

Nesta manhã, o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), recebe o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), e a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB).

De acordo com a jornalista Míriam Leitão, do Grupo Globo, o senador Eduardo Braga (MDB-AM) deve ser o relator da Reforma Tributária.

Em agosto, parlamentares da Câmara dos Deputados avaliarão o projeto do novo arcabouço fiscal, que vai retornar à Casa. 

EUA

Nos EUA, investidores aguardam a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de junho. Dados poderão ser utilizados como calibragem da magnitude de alta promovida pelo FOMC sobre a taxa básica de juros norte-americana.

Enquanto isso, o mercado financeiro local digere discursos de autoridades do Federal Reserve (Fed), como a presidente do Fed de São Francisco, Mary Daly, e Loretta Mester, de Cleveland, que manifestam a necessidade de mais aumentos de juros para convergir a inflação para a meta.