IBOVESPA E DÓLAR HOJE - Crise Brasil-Israel, balanços e ata do Fed no radar americano

Questionado sobre a chance de o presidente bater o martelo e decidir que a reoneração da folha tramitará por projeto de lei, em regime de urgência, e não mais por MP, o ministro se limitou a responder a repórteres: “Isso”.

O ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) já havia dito que o governo não descarta a possibilidade de edição de um PL para tratar do tema, desde que essa saída seja combinada junto com o Congresso.

Esta semana, o líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues, deu como certa a retirada do trecho da reoneração da folha de pagamento da MP 1.202 para ser votado em PL, o que dará capital político ao Parlamento.

Randolfe também antecipou que a volta gradual da cobrança de tributos sobre 17 setores da economia, que começaria a valer em 1º de abril, será suspensa e retomada só no ano que vem, em derrota à equipe econômica.

Oficialmente, Haddad não confirmou que a validade da medida ficará para 2025, mas reconheceu que o prazo está sendo rediscutido, em revés à Fazenda, que calcula renúncia fiscal de R$ 12 bilhões se a reoneração não sair este ano.

Padilha informou que a reoneração e o Perse (programa emergencial a eventos) serão tratados na semana por Lula e Pacheco. Ainda na agenda de articulação política, Lula se reúne amanhã com Lira e lideranças da Câmara.

O encontro deve ocorrer logo após a posse do novo ministro do STF, Flávio Dino.

Ontem, à saída de reunião com o Lula, ministros e representantes no Congresso sobre a pauta do governo no Legislativo este ano, Padilha disse que a prioridade definida para 2024 é consolidar o “equilíbrio econômico”.

Segundo ele, a previsão é de envio da proposta de regulamentação da reforma tributária ao Congresso até março.

Bom Dia Mercado

Crise Brasil-Israel

Em meio ao desgaste provocado pelos comentários comparando as ações militares israelenses na Faixa de Gaza ao Holocausto, Lula recebe, às 9h, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken.

O diplomata, que é judeu, deve reafirmar a discordância de Washington de que Israel comete genocídio em Gaza.

Rodrigo Pacheco cobrou ontem uma retratação de Lula e o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), afirmou que o presidente da República “passou do ponto”, embora tenha demonstrado “a indignação de um humanista”.

A turbulência na diplomacia brasileira deu munição à oposição e mobilizou aliados de Bolsonaro, que prometem protocolar esta semana o pedido de impeachment de Lula, que conta com 114 assinaturas, inclusive da base aliada.

Mas líderes de bancadas no Congresso afirmam ser de zero a chance de a ofensiva prosperar e o Palácio do Planalto aposta na “fidelidade” de Arthur Lira para enterrar a iniciativa, segundo interlocutores da Coluna do Estadão.

Diante disso, o Itamaraty recebeu alerta de protestos contra Lula hoje, no Rio, onde será realizada reunião do G-20.

Bom Dia Mercado

Balanços

Hoje tem GPA (PCAR3), Assaí (ASAI3) e Aeris (AERI3) com balanços após o fechamento. Weg (WEGE3), antes da abertura.

EUA

Ata do FOMC: membros do Fed citam preocupação em cortar juros antes do momento apropriado

A ata do Federal Reserve (banco central dos Estados Unidos) sobre a última decisão de juros ressaltou novamente a incerteza da autarquia em relação a iniciar os cortes na taxa "cedo". 

“Os participantes destacaram a incerteza associada a quanto tempo uma postura restritiva da política monetária precisaria ser mantida”, para que a inflação possa retornar à meta de 2% do Fed.

Além disso, os membros do BC americano concordaram que precisavam de “maior confiança” na queda da inflação antes de considerarem cortar as taxas. 

A ata divulgada nesta quarta-feira (21) reforça o que o presidente do Fed, Jerome Powell, havia endossado em coletiva de imprensa no dia 31 de janeiro. 

Agenda:

• – Às 16:00 sai a ata do FOMC.

As expectativas do mercado americano

Em Nova York, o mercado espera a comunicação cautelosa da ata do Fed (banco central americano), para validar o sentimento de que março está eliminado como ponto de partida da flexibilização monetária, que maio também tem cada vez menos chance e que o corte de juro pode ficar para junho.

Além disso, por lá ainda opera na expectativa pelo balanço da produtora de chips Nvidia, que sai após o fechamento. A gigante integra as chamadas Sete Magníficas, junto com a Meta, Microsoft, Apple, Alphabet, Amazon e Tesla, e tem sido referência no otimismo com a inteligência artificial.

Bom Dia Mercado

Essa matéria contém informações do Bom Dia Mercado