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IBOVESPA E DÓLAR HOJE - Boletim Focus e corte de juros nos EUA só depois de março

Confira os principais fatores que influenciam os mercados financeiros em todo o mundo nesta segunda-feira, 22 de janeiro

- Paulo Whitaker/Reuters
- Paulo Whitaker/Reuters

Bem-vindo ao SpaceNow. Aqui, a SpaceMoney atualiza as principais notícias que impactam os mercados financeiros em todo o mundo.

Ibovespa e dólar hoje

Ibovespa, principal índice acionário da B3, encerrou o dia em queda de 0,81%, aos 126.602 pontos, nesta segunda-feira (22). 

dólar comercial (compra) se valorizou em 1,24%, cotado a R$ 4,987.

Outros índices

BDRs: BDRX: +1,26%

FIIs: Ifix: -0,17% 

Small caps: SMLL: -1,37%

Bolsas globais 

Ásia [Encerrados]

Nikkei 225 (Japão): +1,62%

Shanghai Composite (China): -2,68%

Europa [Encerrados]

DAX 30 (Alemanha): +0,77%

FTSE 100 (Reino Unido): +0,35%

CAC 40 (França): +0,56%

EUA [Encerrados]

Dow Jones: +0,36%

S&P 500: +0,22%

Nasdaq 100: +0,09%

EWZ

O iShares MSCI Brazil ETF (EWZ) registrou queda de 1,90% em NY

Juros futuros (DIs)

Ativo Variação (p.) Último Preço
DI1F25

-0,03

10,07

DI1F26 +0,04

9,785

DI1F27

+0,085

9,965

DI1F29

+0,00

10,30
DI1F31

+0,09

10,64
DI1F33

+0,09

10,75

Commodities

Petróleo – O petróleo WTI para março de 2024 se valorizou em 3,12%, a US$ 75,70 por barril, enquanto o petróleo tipo Brent para março de 2024 avançou 2,43%, a US$ 80,53 por barril. 

Confira os principais fatores que influenciam o Ibovespa, o dólar e os mercados financeiros em todo o mundo nesta segunda-feira, 22 de janeiro

Brasil

Agenda:

  • – O Banco Central divulgou, às 8:25, as projeções para o PIB, inflação, taxa básica de juros Selic e câmbio em 2024, 2025 e 2026, como o semanal Boletim Focus.
  • – Às 10:15, o Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), informa o Monitor do PIB.
  • – A Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), apresenta a balança comercial semanal.

MP da Reoneração

A equipe econômica do governo brasileiro foi colocada em córner na última sexta-feira (19), quando Rodrigo Pacheco (PSD), presidente do Senado, disse, em Davos, que a desoneração da folha de pagamento está mantida até 2027 e que existe um “compromisso político” para o governo retirar a MP.

Ele se reuniu com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), semana passada, e segundo Pacheco, o tema tem de ser tratada por projeto de lei.

Pressionado, Haddad disse que tentou falar com Pacheco depois do comentário em Davos, sem sucesso.

O ministro da Fazenda disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ainda quer conversar com o presidente do Senado para definir uma saída para o impasse. O governo tenta ganhar tempo e ainda não desistiu de reonerar a folha de pagamento.

Apesar de taxativa, a declaração de Pacheco em Davos parece fazer parte do jogo e da estratégia de articulação, com desfecho ainda a ser definido pelas negociações, que podem ser arrastar até a volta do recesso, em fevereiro.

E se a MP cair?

Nos bastidores de Brasília, o que se fala é que uma das opções cogitadas, caso o governo seja derrotado pelo Congresso e for obrigado a abrir mão da MP, seria propor um projeto de lei alternativo para tratar da desoneração.

Em paralelo, deve ser colocada na mesa a decisão de Lula de vetar o trecho da LDO que previa um calendário para o governo pagar as emendas impositivas. Essa pode ser uma moeda de troca importante nas negociações.

A eventual derrubada da MP exigiria um contingenciamento maior de gastos pela Fazenda e pelo Planejamento em março, quando será divulgado o primeiro relatório bimestral de receitas e despesas do ano.

Especialistas em contas públicas ouvidos pelo Estadão apontam que o bloqueio necessário gira em R$ 52 bilhões, mas o governo não tem a intenção de superar R$ 23 bilhões, que seria o teto permitido pelo novo arcabouço.

A necessidade de contingenciamento maior elevaria a pressão da ala política pela mudança na meta fiscal. Mas a Fazenda tenta adiar ao máximo a desistência do déficit zero para não largar a âncora prematuramente.

Nova possível faísca

Um novo atrito do governo com o Legislativo pode ser aberto hoje, devido à expectativa de que Lula vete R$ 5 bilhões dos R$ 16,6 bi em emendas de comissão aprovados pelo Congresso na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2024.

O prazo para a sanção do Orçamento termina nesta segunda-feira, 22 de janeiro.

A justificativa para o veto é que é preciso recompor políticas públicas que foram cortadas às vésperas da votação, justamente para turbinar emendas de comissão.

A avaliação do Executivo é de que o Congresso incluiu um valor acima do que havia sido combinado. Já os parlamentares contestam e alegam que houve um acordo com o governo na elaboração do texto final.

Política industrial

O Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI) se reúne nesta segunda-feira (22), às 11:00, no Planalto, para aprovar a Nova Indústria Brasil, que prevê subsídios e subvenções, além da exigência de conteúdo nacional.

Em entrevista ao Estadão, o economista-chefe da MB Associados, Sergio Vale, criticou o modelo a ser adotado. “É a velha roupagem da política industrial baseada em usar recursos, com pouca chance de funcionar.”

Segundo ele, diante da exigência de conteúdo nacional, os bens industriais ficarão mais caros, reduzindo a competitividade do País.

“Deveria ir no sentido contrário: abrir a economia à entrada de maquinário barato.”

Bom Dia Mercado

EUA

Corte dos juros

Nos EUA, em meio à virada das apostas de corte para maio, os Fed boys já estão em período de silêncio, mas a agenda dos indicadores é importante, com o PIB do quarto trimestre na quinta-feira (25) e a inflação do PCE em dezembro no mesmo dia.

A aposta majoritária de cortes de juro nos EUA, que poucos dias atrás era de 175pb no ano, caiu a 125pb.

China

O Banco Central chinês manteve as principais taxas de juros inalteradas pelo quinto mês consecutivo. O movimento era esperado pelos analistas de mercado e acentua o sentimento de fragilidade, diante da crise imobiliária.

A chamada taxa de juros de referência para empréstimos (LPR) de 1 ano foi mantida em 3,45% e a de 5 anos permaneceu em 4,20%. A última alteração nos juros realizada pelo PBoC foi em agosto do ano passado.

Esta matéria contém informações complementares levantadas pelo site Bom Dia Mercado.