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Ibovespa opera em alta de 0,9%, mas papéis de metais pressionam; dólar sobe 0,2%, cotado a R$ 5,5

Veja os principais fatores que influenciam os mercados nesta quarta-feira (13)

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O Ibovespa, principal índice acionário da B3, a bolsa brasileira, operava em alta nesta quarta-feira (13), influenciado pela tendência majoritáriamente positiva dos mercados internacionais, principalmente na Europa. Porém papéis de empresas ligadas a metais pressionavam.

Por volta das 12h07, os ganhos eram de 0,92%, aos 113.208 pontos.

O dólar tinha valorização de 0,20%, cotado a R$ 5,548.

Veja os fatores que influenciam os mercados hoje:

Mercados internacionais

Ásia (encerrados) 
Nikkei 225 (Jap): 0,32% ↓                                                                                                          
Shanghai Composite (Chi): 0,42% ↑                                                                                                                                                                                                                           
Europa 
DAX 30 (Ale): 0,67% ↑                                                                                                                                                                                  
FTSE 100 (Ing): 0,29% ↑                                                                                                             
CAC 40 (Fra): 0,64% ↑                                                                      

EUA

Dow Jones: 0,40% ↓

S&P 500: 0,11% ↓

Nasdaq 100: 0,43% ↑ 

FMI

O Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu em 0,5 p.p. a expectativa de crescimento do PIB brasileiro entre 2020 e 2022, para 2,4%.

Porém, a entidade manteve a sua previsão de alta na economia global e de países emergentes em 7,6% e 9,5%, respectivamente.

A piora no cenário do Brasil está ligada à escalada da inflação. O FMI espera que esse índice suba 7,9% neste ano e 4% em 2022.

A projeção está abaixo do consenso de especialistas nacionais, que, segundo o Boletim Focus, estima um IPCA de 8,59% em 2021 e de 4,17% para o próximo ano.

Resposta de Paulo Guedes

O ministro da Economia, Paulo Guedes, confirmou em entrevistas à Bloomberg e à CNN Internacional que a inflação representa a principal dificuldade da economia brasileira no momento, mas minimizou ao dizer que esse problema afeta o mundo todo.

Guedes afirmou que não acredita que a inflação deve continuar em trajetória de alta, pois o Banco Central tem atuado na questão e também disse que previsões, como a do FMI, estão constantemente erradas.

Na ocasião, o ministro da Economia afirmou também que o governo só considera estender o auxílio emergencial se uma nova variante de Covid-19 surgir.

Hoje (13), Paulo Guedes participa do 44º encontro do Comitê Monetário e Financeiro Internacional do FMI.

Precatórios

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta quarta-feira (13) que a proposta de emenda à Constituição (PEC) que reformula o pagamento dos precatórios da União deve ir a votação em plenário da Casa na próxima semana e previu uma vitória tranquila para a medida.

"Na próxima semana, todos os prazos estarão vencidos e a gente trará a plenário. Eu acredito numa vitória tranquila dessa PEC, porque há a necessidade realmente de se organizar o orçamento do Brasil", disse Lira em entrevista à CNN Rádio.

CPI da Pandemia

Em entrevista à Reuters, o presidente da CPI da Covid no Senado, Omar Aziz (PSD-AM), afastou a possibilidade de motivação política para o adiamento da reunião da Conitec que iria analisar o “kit Covid” e sinalizou que os senadores devem buscar a despolitização para dar credibilidade a seus trabalhos nessa reta final.

Outros exemplos dessa tendência de despolitização a poucos dias do encerramento da Comissão Parlamentar de Inquérito dizem respeito ao cancelamento da oitiva do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, justamente para evitar que se tornasse um palanque, e ao fato de o relatório final não apontar o cometimento de crime de genocídio.

Informe corporativo

Embraer (SA:EMBR3) – A Embraer anunciou, na edição 2021 da convenção e exposição da National Business Aviation Association (NBAA), que o Centro de Serviços de Jatos Executivos em Fort Lauderdale, na Flórida, EUA, foi certificado como Centro de Instalação Aeroespacial Collins BE (Collins BE Aerospace Completion Center) para estofamento e assentos de aeronaves já em operação.

Em nota à imprensa, a empresa informa que as atualizações estão disponíveis para os jatos executivos Legacy 450, Legacy 500, Praetor 500 e Praetor 600.

Oi (SA:OIBR3) – A Oi busca sinal verde do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para sair da proteção de credores, segundo o Valor Econômico.

Carrefour (SA:CRFB3) – O Carrefour encerrou as negociações em torno de um acordo com a Auchan, uma varejista francesa de alimentos. As duas partes não chegaram a um denominador comum, de acordo com o Valor Econômico.

Kora (SA:KRSA3) – A Kora Saúde Participações informou que sua subsidiária Camburi Participações comprou 80% do Grupo Oto, um dos maiores grupos hospitalares do Ceará, por R$ 248 milhões.

B3 (SA:B3SA3) – A B3 estuda mudar as regras do Ibovespa para incluir BDRs na sua composição, segundo a Coluna do Broadcast, para acompanhar a liquidez de empresas listadas nos Estados Unidos, como a XP e, no futuro, o Banco Inter.

Ambipar (SA:AMBP3) – A Ambipar informou a aquisição, através de sua controlada integral Environmental ESG Participações, do controle acionário da Brasil Coleta Gerenciamento de Resíduos Ltda., por meio da celebração do Contrato de Compra e Venda de Ações.

EUA

A inflação norte-americana medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,4% em setembro, acima do consenso de 0,3% e da leitura anterior de 0,3%.

Na base anual, o indicador acumulou alta de 5,4%, pouco acima dos 5,3% esperados pelo mercado e abaixo da leitura de agosto de 5,3%.

Já os núcleos do IPC na base mensal e anual subiram 0,2% e 4%, respectivamente, iguais ao consenso.

Outros desenvolvimentos macro nos EUA foram mais positivos nas últimas vinte e quatro horas, com o anúncio de que as restrições da Covid-19 para cruzar a fronteira com o Canadá e o México serão relaxadas, enquanto a Câmara dos Representantes também concluiu as formalidades de adiar um acerto de contas com o teto da dívida.

China

O crescimento das exportações da China acelerou inesperadamente em setembro, uma vez que a demanda ainda sólida compensou parte da pressão sobre as fábricas com a escassez de energia, gargalos de oferta e o ressurgimento de casos domésticos de Covid-19.

As exportações saltaram 28,1% em setembro sobre o ano anterior, contra avanço de 25,6% em agosto. Analistas consultados pela Reuters previam alta de 21%.

"As exportações continuaram a ter desempenho superior e a acelerar, mesmo depois de retirado o impacto dos efeitos base", disse Erin Xin, economista do HSBC.

Outros analistas disseram que o racionamento de energia em setembro pode não ter afetado ainda as exportações, mas pode restringir a produção e inflar os custos para os fabricantes chineses nos próximos meses.

Já as importações da China em setembro subiram 17,6%, contra expectativa de aumento de 20% em pesquisa da Reuters e crescimento de 33,1% no mês anterior.

"Os detalhes mostraram queda generalizada em todos os tipos de bens, embora tenha sido particularmente pronunciada em semicondutores", destacou Julian Evans-Pritchard, economista sênior da Capital Economics.

A China registrou superávit comercial de 66,76 bilhões de dólares em setembro, contra expectativa na pesquisa de 46,8 bilhões de dólares e excedente de 58,34 bilhões em agosto.

Europa

A produção industrial da zona do euro caiu em agosto em relação ao mês anterior conforme esperado, mostraram dados nesta quarta-feira (13), mas ficaram acima da expectativa na base anual devido um salto na fabricação de produtos ao consumidor não-duráveis.

A agência de estatísticas da União Europeia, Eurostat, disse que a produção industrial nos dezenove países que usam o euro caiu 1,6% em agosto sobre julho, e tiveram alta de 5,1% na comparação anual.

Economistas consultados pela Reuters esperavam a mesma queda mensal, mas projetavam alta anual de 4,7%.

As maiores quedas na comparação mensal foram de 3,9% em bens de capital e de 3,4% em bens de consumo duráveis.

Na base anual, a produção de bens de consumo não duráveis saltou 11,6%, enquanto a de bens intermediários avançou 6,6%.

Opep

A Opep reduziu sua previsão de crescimento da demanda mundial por petróleo para 2021 e manteve sua visão para 2022, mostrou relatório mensal nesta quarta-feira (13), que informa que a alta nos preços do gás natural pode impulsionar a demanda por produtos petrolíferos conforme haja mudança dos usuários finais.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) agora espera que a demanda por petróleo cresça 5,82 milhões de barris por dia (bpd), abaixo dos 5,96 milhões de bpd em sua previsão anterior, e disse que a revisão para baixo foi impulsionada principalmente pelos dados dos três primeiros trimestres do ano.

Covid-19

O Brasil registrou 7.359 casos de Covid-19 e 185 mortes causadas pela doença em 24 horas, segundo o boletim da situação epidemiológica divulgado na terça-feira (12) pelo Ministério da Saúde.

Com os novos diagnósticos de Covid-19 confirmados, o total de pessoas contaminadas desde o início da pandemia chegou a 21.590.907.

Com os novos óbitos, a soma de pessoas que perderam a vida para a doença alcançou 601.398.

Os últimos dados da vacinação no país são da sexta-feira (8). Neles, o Ministério da Saúde computou a distribuição de 301,0 milhões de doses de vacina contra covid-19.

Conforme o painel de vacinação da pasta, foram aplicadas 246,8 milhões de doses de vacinas. Desse total, foram aplicados 149,2 milhões da primeira dose e 97,6 milhões da segunda dose ou dose única.

Com informações de Agência BrasilInvesting.com e Reuters.

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