Ibovespa recua 1,1%, na esteira de NY e com precatórios no radar; dólar sobe 0,7%, cotado a R$ 5,27

O Ibovespa, principal índice acionário da B3, a bolsa brasileira, iniciou o pregão em queda nesta quinta-feira (16), em meio ao declínio de preços de commodities como petróleo e minério de ferro no exterior, enquanto investidores seguem atentos às negociações que envolvem a questão dos precatórios.

Por volta das 11h02, as perdas eram de 1,10%, aos 113.802 pontos.

O dólar tinha valorização de 0,66%, cotado a R$ 5,271.

Veja os fatores que influenciam os mercados hoje:

Mercados internacionais

Ásia (encerrados)
Nikkei 225 (Jap): 0,62% ↓                                                                                                          
Shanghai Composite (Chi): 1,34% ↓                                                                                                                                                                                                                                         
Europa 
DAX 30 (Ale): 0,69% ↑                                                                                                                                                                                  
FTSE 100 (Ing): 0,28% ↑                                                                                                             
CAC 40 (Fra): 1,06% ↑                                                                      

EUA

Dow Jones: 0,31% ↓

S&P 500: 0,40% ↓

Nasdaq 100: 0,60% ↓

Indicadores Econômicos

IGP-10 – A aceleração expressiva da queda nos preços do minério de ferro aliviou a inflação ao produtor e o Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) caiu 0,37% em setembro, ante alta de 1,18% em agosto, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira da Fundação Getulio Vargas (FGV).

Novos ruídos institucionais

O ministro da Economia, Paulo Guedes, fez outro apelo nesta quarta-feira (15) por uma solução para o caso dos precatórios, ressaltando que, sem uma alternativa que dê previsibilidade a essa despesa obrigatória e reduza o volume no próximo ano, o governo não conseguirá garantir um Bolsa Família "moderado" em 2022.

O apoio do Supremo Tribunal Federal (STF) é essencial para que o governo não cometa um crime de responsabilidade, mas segundo o Valor Econômico, o presidente do tribunal, ministro Luiz Fux, disse a auxiliares que se sente pressionado e insatisfeito com a postura de Guedes de “transferir responsabilidade”.

Fux também já destacou que uma intermediação do STF na questão dos precatórios exige a colaboração de todos os ministros da Corte.

Porém, ainda segundo o Valor Econômico, Fux avalia que, no momento, Guedes deveria concentrar seus esforços no Legislativo, já que enquanto o Congresso não decidir nada, qualquer solução via Judiciário pode não ter valor.

Benefícios tributários

O presidente Jair Bolsonaro encaminhou ao Congresso Nacional o Plano de Redução Gradual de Incentivos e Benefícios Fiscais.

O objetivo do plano é que ao final de oito anos os benefícios tributários sejam mantidos em patamar igual ou inferior a 2% do PIB.

Segundo a nota, o plano elaborado pela Receita Federal prevê um corte de mais de R$ 22 bilhões em gastos tributários, sendo R$ 15 bilhões cortados já no primeiro ano do novo plano.

Reforma Administrativa

O relator da reforma administrativa (PEC 32/20), deputado federal Arthur Oliveira Maia (DEM-BA), anunciou que negocia mudanças em seu relatório, discutido na comissão especial.

Maia afirmou que tem conversado com parlamentares da oposição, da bancada da segurança pública e senadores para incorporar mudanças.

Segundo ele, há pontos passíveis de mudança, como, por exemplo, o prazo da contratação temporária. Maia voltou a sustentar que o texto garante a estabilidade a todos os servidores.

Informe corporativo  

Americanas (SA:AMER3) – A Americanas anunciou a compra da Skoob, maior plataforma digital para leitores do País, com mais de 8 milhões de usuários. O valor da operação não foi revelado. 

B3 (SA:B3SA3) – A B3 revisou a estimativa de alavancagem financeira para o fim de 2021, após concluir uma captação de US$ 700 milhões em bônus.

Em fato relevante, a empresa passou a prever para o final deste ano uma relação dívida bruta/Ebitda em 12 meses de duas vezes.

Banco BMG (SA:BMGB4) – O Banco BMG concluiu sua primeira emissão de letras financeiras públicas no valor total de R$ 300 milhões. Segundo a instituição, os recursos serão usados para reforço de caixa para sua estratégia de negócios.

Os papéis têm prazo de 24 meses e 10 dias e a remuneração de CDI + 1,8% ao ano.

BR Malls (SA:BRML3) – O conselho de administração da BR Malls aprovou um programa de recompra de ações de emissão da própria companhia. A decisão permite a aquisição de até 42.186.434 papéis ordinários, o que representa 5% do total em circulação no mercado.  

Copel (SA:CPLE6) – O presidente da Copel, Moacir Bertol, afirmou ao Valor Econômico que a empresa vai precisar comprar energia este ano para compensar a baixa na geração das usinas hidrelétricas que opera, em meio à crise hídrica.

Gol (SA:GOLL4) – A companhia de aviação Gol vai expandir o acordo de compartilhamento de voos com a American Airlines (NASDAQ:AAL), tornando-o exclusivo pelos próximos três anos, segundo o Valor Econômico.

A American também vai deter participação de 5,2% na Gol, ganhando direito a uma cadeira no conselho, após comprar R$ 1 bilhão em ações.  

Hapvida (SA:HAPV3) e SulAmérica (SA:SULA11) – Sobre as ofertas de aquisição do Grupo HB Saúde, a Hapvida elevou a sua oferta para de R$ 450 milhões para R$ 650 milhões, enquanto a SulAmérica subiu seu proposta de R$ 485 milhões para R$ 563 milhões, de acordo com fatos relevantes enviados à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

 Hypera (SA:HYPE3) – O grupo farmacêutico Hypera fechou acordo por meio do qual pagará à Falcon R$ 500 milhões para encerrar um processo de arbitragem envolvendo a venda do negócio de descartáveis em 2017. 

Magazine Luiza (SA:MGLU3) – A presidente do conselho de administração da rede varejista Magazine Luiza (SA:MGLU3), Luiza Helena Trajano, entrou para a lista das 100 pessoas mais influentes de 2021 da revista norte-americana Time.