Ibovespa ronda estabilidade, com exterior e questões fiscais no radar; dólar cai 1,3%, a R$ 5,25

O Ibovespa, principal índice acionário da B3, a bolsa brasileira, operava em alta nesta segunda-feira (7).

Investidores monitoram o futuro de ações das bolsas de Nova Iorque, a tendência dos juros na Europa e novos desdobramentos em torno dos combustíveis e do possível impacto fiscal com propostas que garantiriam redução de preços no Brasil, além do Boletim Focus.

Por volta das 17h04, os ganhos eram de 0,03%, aos 112.283 pontos.

O dólar tinha desvalorização de 1,30%, cotado a R$ 5,252.

Veja os fatores que influenciam os mercados hoje:

Mercados internacionais

Ásia (encerrados) 
Nikkei 225 (Jap): 0,70% ↓
Shanghai Composite (Chi): 2,03% ↑                                                                                                                                                                                                     
Europa (encerrados)
DAX 30 (Ale): 0,71% ↑                                                                                                                                                                                 
FTSE 100 (Ing): 0,76% ↑                                                                                                            
CAC 40 (Fra): 0,83% ↑                                                                         

EUA

Dow Jones: 0,48% ↑

S&P 500: 0,21% ↑

Nasdaq 100: 0,07% ↓ 

Boletim Focus

Na manhã desta segunda-feira (7), o Banco Central (BC) divulgou o Boletim Focus, produzido a partir de consultas com economistas de mais de 100 instituições financeiras.

Segundo o mercado financeiro, para o ano de 2022, as projeções do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, foram elevadas de 5,38% para 5,44% – considerado o centro da meta de 3,50% no ano que vem e o topo do intervalo de tolerância que permite a elevação em 1,5 ponto percentual. 

Quanto ao PIB, a projeção de crescimento foi mantida em 0,30%, assim como as estimativas para a taxa básica de juros Selic (11,75%) e o dólar (R$ 5,60).

PEC dos Combustíveis

O ministro da Economia, Paulo Guedes, segue na sua cruzada para fazer com que o presidente Jair Bolsonaro (PL) desista da PEC dos Combustíveis.

A medida foi apresentada na semana passada sob a orientação da Casa Civil e permite a redução ou a eliminação de tributos federais ou estaduais sobre o combustível.

A contraproposta de Guedes seria restringir esse benefício ao diesel e ao biodiesel, para assim ajudar na redução da inflação e fazer um afago aos caminhoneiros, grupo que faz parte da base de apoio do presidente.

A equipe econômica também insiste que a proposta seja tramitada como um projeto de lei e não um PEC.

O impacto fiscal seria entre R$ 54 bilhões e R$ 75 bilhões, o que preocupa Guedes.

Bolsonaro, porém, defendeu durante o fim de semana de que é preciso “pensar no povo, não no Estado”, ao comentar a possível perda de arrecadação causada pela PEC.

Indicadores Econômicos

IAEmp – O Indicador Antecedente de Emprego do Brasil iniciou 2022 com queda pelo terceiro mês seguido, e em janeiro chegou ao menor nível em quase um ano e meio, o que aponta dificuldade de recuperação, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV).

O IAEmp, que antecipa os rumos do mercado de trabalho no Brasil, teve queda de 5,3 pontos em janeiro, a 76,5 pontos, retornando ao menor nível desde agosto de 2020, quando foi de 74,8 pontos.