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Ibovespa segue NY e desaba 2,2%, em dia de aversão global ao risco; dólar sobe 2%, cotado a R$ 5,08

Veja os principais fatores que influenciam os mercados nesta segunda-feira (13)

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Ibovespa, principal índice acionário da B3, a bolsa brasileira, operava o pregão em queda nesta segunda-feira (13).

Agentes do mercado financeiro analisam maior aversão global ao risco, com temores de inflação mais elevada no mundo, o que pode obrigar bancos centrais a agirem com maior intensidade – o que pode desacelerar as economias.

Por isso, seguem no radar o desempenho das bolsas de Nova York e ruídos fiscais sobre políticas que afetarão os preços de combustíveis no Brasil.

Investidores monitoram ainda a guerra entre Rússia e Ucrânia, que se prorroga por 110 dias.

Por volta das 15h03, as perdas eram de 2,26%, aos 103.098 pontos.

O dólar tinha valorização de 2,02%, cotado a R$ 5,089.

Veja os fatores que influenciam os mercados hoje:

Mercados internacionais

Ásia (encerrados)
Nikkei 225 (Jap): 3,01% ↓
Shanghai Composite (Chi): 0,89% ↓                                                                                                                                                                                       

Europa (encerrados)
DAX 30 (Ale): 2,43% ↓                                                                                                                                                                                  
FTSE 100 (Ing): 1,53% ↓                                                                                                             
CAC 40 (Fra): 2,67% ↓                                                                        

EUA

Dow Jones: 2,08% ↓

S&P 500: 2,90% ↓

Nasdaq 100: 3,40% ↓

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À espera da Super Quarta

O principal evento desta semana vai ser a super quarta, 15, quando, além do Federal Reserve se reunir para discutir a política monetária dos Estados Unidos, o Comitê de Políticas Monetárias (Copom) também deve decidir sobre a taxa de juros no Brasil.

A reunião do comitê do Banco Central deve se reunir na terça-feira (14) e na quarta-feira (15) e a expectativa é que haja um aumento de 0,5 p.p. na Selic, elevando a taxa para 13,25% ao ano.

Essa alta estaria em linha com o que foi indicado pelo Copom na sua última reunião, segundo o Morgan Stanley (NYSE:MS), que também afirma que o pico da inflação deve ter ficado para trás, mas que os indicadores de preços devem ficar elevados pelos próximos quatro meses, pelo menos.

Segundo os dados do IPCA de maio, a inflação acumula uma alta de 11,73% nos últimos 12 meses.

Segundo o Boletim Focus, divulgado no dia 6, a previsão para a Selic no fim de 2022 segue em 13,25%, enquanto os analistas consultados pelo BC estimam um IPCA de 8,89% no mesmo período.

ICMS

Estados discutiram em mais uma reunião de conciliação no Supremo Tribunal Federal (STF) proposta para que as alíquotas do ICMS sobre combustíveis, energia elétrica, telecomunicações e transporte coletivo voltem ao patamar atual em janeiro de 2023, depois que o Congresso Nacional aprovar a queda do imposto neste ano para o limite máximo de 17,0%.

A partir daí, a queda das alíquotas em direção ao teto se daria de forma gradual até 2024, em queda em etapas nos 24 meses seguintes.

Seria uma forma de mitigar os efeitos da queda do tributo nas finanças estaduais.

Etanol

Os preços médios do etanol hidratado caíram em 19 estados e no Distrito Federal nesta semana, de acordo com levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) compilado pelo AE-Taxas.

Em sete estados, o biocombustível se valorizou.

Nos postos pesquisados pela ANP em todo o País, o preço médio do etanol recuou 1,59% na semana em relação à anterior, de R$ 5,083 para R$ 5,002 o litro.

Eleições 2022

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera a corrida presidencial em nova rodada de pesquisas do Instituto FSB, encomendada pelo BTG Pactual (BPAC11), com 44% das intenções de voto.

De acordo com os dados do relatório feito entre os dias 10 e 12 de junho deste ano, o presidente Jair Bolsonaro (PL) manteve o mesmo porcentual do mês passado, com 32%. 

Ciro Gomes (PDT) foi citado por 9%, enquanto Simone Tebet (MDB) atingiu 2%, ambos no mesmo patamar da pesquisa de maio.

Greves

BC – Servidores do Banco Central continuam a greve, que teve início no dia 1º de abril, por tempo indeterminado.

Em assembleia, trabalhadores decidiram manter greve e apresentaram contraproposta de 13,5% de reposição salarial.

O BC não se comprometeu em divulgar dados mais recentes do Boletim Focus hoje, 13, por causa da greve dos servidores.

Tesouro Nacional – A greve dos servidores do Tesouro Nacional, iniciada em 23 de maio, segue por tempo indeterminado.

Informe corporativo

Banco do Brasil (SA:BBAS3) – O Banco do Brasil já renegociou dívidas em atraso de seis mil pequenos empresários e microempreendedores na primeira semana da Campanha Nacional de Renegociação de Dívidas, promovida pelo Sebrae Nacional.

Em valores, as renegociações são da ordem de R$ 150 milhões, nas contas do BB.

Carrefour (SA:CRFB3) – O Carrefour vai investir R$ 2,1 bilhões na conversão de 124 lojas de um total de 374 unidades do Grupo Big como parte da integração entre as duas empresas.

O trabalho será iniciado agora, e a conclusão está prevista para o fim de 2023.

Direcional (SA:DIRR3) – A Direcional disse que a sua oferta de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) será de 300 mil, acima dos 250 mil divulgados anteriormente.

Os CRIs serão lastreados nos direitos creditórios decorrentes da 9ª emissão de debêntures. A emissão de debêntures será no valor de R$ 300 milhões, que terão uma remuneração de 6,4899% ao ano. 

Energisa (SA:ENGI4) –  A Energisa e sua controlada direta Energisa Transmissão de Energia cumpriram todas as condições necessárias para concluir a compra da Gemini Energy.

O valor usado para comprar 100% da participação da Gemini foi de R$ 0,344497 por ação. 

M. Dias Branco (SA:MDIA3) e Ômega Geração (SA:MEGA3) – A M. Dias Branco e a Ômega Geração fecharam uma parceria societária que visa a geração de energia por três parques eólicos controlados pela Omega para o consumo pela empresa de alimentos em suas unidades produtivas.

O complexo eólico usado nesta parceria fica em Paulino Neves, no Maranhão, e tem uma capacidade eólica instalada de 97,2 MW, dos quais 18 MW médios serão comercializados junto à M. Dias branco sob o regime de autoprodução por equiparação. 

Movida (SA:MOVI3) – A Movida anunciou a emissão de debêntures no valor total de R$ 1 bilhão. Serão emitidas um milhão de debêntures, sendo que a primeira série contará com  408.169 debêntures e a segunda,  591.831.

A primeira série terá uma remuneração de 8,0525% ao ano. Já a segunda série receberá 8,3368% ao ano.

Qualicorp (SA:QUAL3) – A Qualicorp liquidou a sua sexta emissão de 2,2 bilhões de debêntures.

A emissão aconteceu no dia 03 de junho, com rating “brAAA” pela S&P Global Ratings. As debêntures têm um prazo de cinco anos e serão amortizadas em quatro parcelas anuais a partir do segundo ano.

Raia Drogasil (SA:RADL3) – A rede de farmácias Droga Raia, do grupo RD, vai tirar o "Droga" do nome da bandeira.

EUA

Os investidores dos EUA pensaram muito sobre o relatório de inflação de sexta-feira, 10, no fim de semana e parecem ter chegado à conclusão de que seria melhor tirar dinheiro da mesa antes da reunião do Federal Reserve na terça e quarta-feira.

O excesso de inflação em maio, que apresentou grandes aumentos nos preços de alimentos e energia, mas também de aluguéis e – novamente – passagens aéreas e carros, levou a novas especulações de que o Fed pode aumentar sua faixa de metas para fundos federais em 75 pontos-base , em vez dos 50 pontos base que tem sido a opinião consensual desde a última reunião do Fed.

As ações que provavelmente estarão em foco mais tarde incluem Smith & Wesson, depois que os senadores dos EUA concordaram com os contornos de um acordo sobre verificações de antecedentes mais rigorosas para compradores de algumas armas de fogo no fim de semana, embora não as armas de mão que são a especialidade da S&W.

Ásia

As autoridades ordenaram testes em massa de Covid-19 para todos os residentes em 15 de seus 16 distritos no fim de semana, enquanto cinco distritos impediram os moradores de sair de casa, e lançaram assim novas dúvidas sobre a capacidade do principal centro econômico de voltar ao normal após seu primeiro grande surto em dois anos no início desta primavera.

A capital chinesa, Pequim, também sofreu um revés com seus planos de reabertura, e relatou um surto “explosivo” de casos vinculados a um bar específico.

Hong Kong também registrou seu maior número de casos de Covid em dois meses no fim de semana, mas as autoridades não anunciaram nenhuma nova restrição importante.

Os índices de ações da China continental, que subiram fortemente na semana passada com sinais de melhora das relações entre o governo e o setor de tecnologia, caíram até 2,1%, enquanto o índice Hang Seng caiu 3,4%.

O USD/CNH caiu 0,3% para 6,7551.

Europa

A economia do Reino Unido encolheu pelo segundo mês consecutivo, com o forte aumento dos preços da energia em abril, juntamente com alguns fatores de curto prazo – sem dúvida menos ameaçadores – pesaram em tudo, desde produção industrial até serviços e construção.

A libra enfraqueceu em relação ao dólar, com a percepção de que os dados tornarão mais difícil para o Banco da Inglaterra aumentar as taxas de juros para conter a inflação, que – como nos EUA e em outros lugares – está atingindo máximas de várias décadas.

O BoE se reúne na quinta-feira, um dia após a decisão do Fed e do Copom.

Os temores pela economia não se restringiram aos spreads de títulos da zona do euro do Reino Unido também aumentaram, já que os investidores precificaram a probabilidade de uma desaceleração mais acentuada na área da moeda única.

Embora os spreads – um barômetro importante do risco de ruptura da zona do euro – não estejam nem perto dos níveis atingidos há uma década, os analistas começaram a se preocupar que, em termos nominais absolutos, as taxas de juros de longo prazo já estejam em níveis que podem ser insustentáveis economias endividadas e de baixo crescimento, como Itália e Grécia.

Criptomoedas

Bitcoin (BTC) – Nesta segunda-feira (13), o Bitcoin (BTC) acumulava quedas superiores a 10%, ao patamar de US$ 23 mil.

O par BTC/USD começou a cair na última sexta-feira, depois que a inflação nos EUA mais uma vez superou as expectativas que confirmaram que o Federal Reserve (Fed) vai continuar com o ciclo de alta de suas taxas de juros de forma agressiva, um fator positivo para o dólar e negativo para o Bitcoin.

Algumas informações da China não favorecem o apetite ao risco em geral.

Após a reunião do Banco Central Europeu (BCE) na quinta-feira passada e após o IPC dos EUA na sexta-feira, o próximo grande evento para o Bitcoin, e os mercados financeiros em geral, vai ser a reunião do Fed na quinta-feira, para a qual um aumento da taxa de juros de 0,5% fora amplamente antecipado.

No entanto, dada a surpresa desagradável do IPC de sexta-feira passada, mais e mais vozes falam sobre a possibilidade de um aumento ainda maior da taxa de 0,75%.

Se isso se materializasse, seria uma forte surpresa hawkish que, sem dúvida, faria o Bitcoin cair muito acentuadamente.

Commodities

Petróleo – Os preços do petróleo caíram para o menor nível em quase uma semana, sob pressão das notícias da inflação nos EUA e das notícias da China, que colocam em dúvida as perspectivas de demanda do maior importador do mundo.

Isso ofuscou os problemas em curso na Líbia, onde a guerra civil em curso tirou mais de 1 milhão de barris por dia de petróleo off-line nas últimas duas semanas.

No fim de semana, os preços da gasolina nos EUA atingiram, em média, US$ 5 por galão em todo o país pela primeira vez. Isso apesar do fato de que o petróleo ainda está mais de US$ 20 o barril abaixo do pico de 2008.

Varíola dos macacos

O Ministério da Saúde informou no sábado que recebeu a confirmação do segundo caso de varíola dos macacos no Brasil em um homem de 29 anos, que voltava de viagem à Espanha.

Esse foi o segundo caso notificado no país.

Covid-19: Brasil

O Brasil registrou 11.728 novos casos de Covid-19 e 36 novos óbitos causados pela doença em 24 horas, segundo o boletim de situação epidemiológica divulgado pelo Ministério da Saúde no último domingo (12).

Com os novos diagnósticos de Covid-19 confirmados, o total de pessoas contaminadas desde o início da pandemia chegou a 31.456.865.

Com os novos óbitos, a soma de pessoas que perderam a vida para a doença alcançou 668.110.

No levantamento, não consta atualização do Distrito Federal, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Roraima e Tocantins, além dos óbitos em Mato Grosso do Sul.

Foram aplicadas 439,3 milhões de doses de vacinas contra a covid-19:

  • – 177,2 milhões com a primeira dose.
  • – 159,6 milhões com a segunda dose.
  • – A dose única da vacina da Janssen foi aplicada em 4,9 milhões de pessoas.
  • – Outras 88,1 milhões já receberam doses de reforço.
  • – A segunda dose de reforço foi aplicada em 5,3 milhões.
  • – 3,8 milhões, a dose adicional.

Com informações de Agência Brasil, Agência Câmara, Agência Senado, Bloomberg, Broadcast, CNN, E-investidor, Época, Exame, g1, Investing.com, Metrópoles, O Estado de S.Paulo, O Globo, Pipeline, Poder360, Reuters, TC, UOL, Valor e Veja.

Veja como as ações operam hoje no Ibovespa