Na contramão de NY, Ibovespa sobe 0,2% com dados econômicos no radar; dólar avança 0,6%, a R$ 4,78

O Ibovespa, principal índice acionário da B3, a bolsa brasileira, opera em alta nesta quarta-feira (30).

Investidores monitoram a guerra entre Ucrânia e Rússia, que se prorroga pelo 35º dia com pessimismo nas negociações por paz, e observam queda do mercado acionário dos Estados Unidos, em sessão de agenda cheia de dados econômicos no Brasil e no exterior.

No encerramento dos negócios, Ibovespa registrou ganhos de 0,20%, aos 120.259 pontos

O dólar tinha valorização de 0,62%, cotado a R$ 4,787.

Veja os fatores que influenciam os mercados hoje:

Mercados internacionais

Ásia (encerrados) 
Nikkei 225 (Jap): 0,80% ↓ 
Shanghai Composite (Chi): 1,96% ↑                                                                                                                                                                                                      
Europa (encerrados)
DAX 30 (Ale): 1,45% ↓                                                                                                                                                                                  
FTSE 100 (Ing): 0,55% ↑                                                                                                             
CAC 40 (Fra): 0,74% ↓                                                                         

EUA (encerrados)

Dow Jones: 0,19% ↓

S&P 500: 0,63% ↓

Nasdaq 100: 1,10% ↓

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As esperanças de paz entre Rússia e Ucrânia são minimizadas à medida que os bombardeios continuam

O presidente da Ucrânia e autoridades ocidentais despejaram água fria em sugestões de que a retirada das forças russas de Kiev sinalizou um fim rápido para as hostilidades.

A Casa Branca disse que ninguém deve ser enganad" pelas alegações russas de uma desescalada em torno de Kiev, que ocorreu depois que as forças ucranianas recapturaram as cidades satélites de Irpin e Makariv.

Enquanto isso, o presidente Volodymyr Zelensky disse que a conversa positiva “não silencia as explosões de projéteis russos” em grande parte do resto do país.

O Kremlin viu poucos sinais de encorajamento do lado ucraniano, exceto na medida em que agora estava preparado para colocar suas demandas no papel – algo que a própria Moscou ainda não fez.

Processo de recuperação da Oi

O fim do processo de recuperação judicial da Oi (OIBR3)(OIBR4) foi adiado por mais 60 dias.

Antes, era previsto que o processo terminasse amanhã, 31, mas o juiz responsável, Fernando Viana, da 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, pediu pela postergação, para que alguns pré-requisitos fossem atendidos antes da finalização do caso.

Viana determinou ao administrador judicial, o escritório Wald Advogados, que entregasse uma atualização do quadro geral de credores.

O juiz afirmou que essa consolidação dos credores seria uma medida imperiosa para deixar tudo às claras.

A Oi vai ter que oferecer um formulário digital para que os credores atrasados ainda possam entrar em contato direto com a empresa para receber o pagamento das dívidas nas condições previstas no plano de recuperação.

Quando o processo de recuperação foi iniciado, a Oi tinha uma dívida de R$ 65 bilhões com 55 mil credores.

Privatização da Petrobras

O ministro da Economia, Paulo Guedes, descartou na terça-feira (29) uma eventual privatização da Petrobras (PETR3)(PETR4) “neste mandato”.

Em entrevista coletiva na embaixada brasileira em Paris, ele comentou a troca de presidente da estatal e minimizou o impacto da medida sobre a companhia.

“O presidente [Jair Bolsonaro (PL)] disse expressamente que não privatizaria a Petrobras neste mandato, o primeiro mandato. Nunca disse nada sobre o segundo mandato”, declarou Guedes. Ele se disse pessoalmente favorável à privatização da petroleira, mas afirmou que a decisão final cabe ao presidente da República.

Governo Central

O governo central, que reúne Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social, registrou um déficit primário de R$ 20,619 bilhões em fevereiro.

O dado veio pior que a projeção do mercado, de déficit de R$ 13,8 bilhões, segundo pesquisa da Reuters com analistas.

No acumulado do primeiro bimestre, houve superávit nas contas públicas de R$ 55,956 bilhões, contra R$ 22,166 bilhões em igual período de 2021.

Em 12 meses, o déficit primário é de R$ 6,7 bilhões, equivalente a 0,01% do Produto Interno Bruto (PIB).

Tesouro Nacional

A dívida pública federal do Brasil subiu 2,03% em fevereiro sobre janeiro, a R$ 5,730 trilhões, informou o Tesouro Nacional nesta quarta-feira.

O estoque da dívida pública federal aumentou R$ 114,1 bilhões em relação ao mês anterior, resultado de uma emissão líquida de R$ 78,2 bilhões e a apropriação positiva de juros de R$ 36,1 bilhões.

De acordo com o Tesouro, as instituições financeiras ampliaram em R$ 78,56 bilhões o estoque de títulos, na liderança entre os detentores, com 29,54% do total.

Também houve aumento de participação de fundos de investimento (mais R$ 21,40 bilhões) e fundos de previdência (R$ 33,94 bilhões). Os não residentes reduziram a participação em R$ 17,7 bilhões.

Banco Central

O Banco Central informou nesta quarta-feira ter adiado a divulgação dos dados de indicadores econômicos selecionados, que incluem o fluxo cambial, originalmente previstos para as 14h30.

Indicadores Econômicos

Confiança do comércio – O Índice de Confiança do Comércio (Icom), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), recuou 0,2 ponto na passagem de fevereiro para março deste ano e chegou a 86,8 pontos, em uma escala de 0 a 200 pontos.

A queda veio depois de uma alta de 2,1 pontos na passagem de janeiro para fevereiro.

Confiança de serviços – O Índice de Confiança de Serviços, medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), teve alta de 3 pontos em março, na comparação com fevereiro.

Com o resultado, que interrompeu uma sequência de quatro meses seguidos de queda, o indicador chegou a 92,2 pontos, em uma escala de 0 a 200 pontos.

IGP-M – O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), conhecido como inflação do aluguel, por servir de parâmetro para o reajuste de diversos contratos, como os de locação de imóveis, subiu 1,74% em março, ante 1,83% no mês anterior.

Com este resultado, o índice acumula altas de 5,49% no ano e de 14,77% em 12 meses. Em março de 2021, o índice havia subido 2,94% e acumulava alta de 31,10% em 12 meses.   

As informações foram divulgadas nesta quarta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

IPP – Os preços no setor industrial em fevereiro de 2022 tiveram alta de 0,56% em relação a janeiro. Na passagem de janeiro para dezembro, a variação foi de 1,20%.

No índice que registra os últimos 12 meses, a taxa foi de 20,05%. Em janeiro, havia sido de 25,53%. No acumulado do ano o indicador atingiu 1,77%.

As informações, divulgadas nesta quarta-feira (30), são do Índice de Preços ao Produtor (IPP), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Leilões

Codesa – O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) iniciou o leilão de privatização da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa) nesta quarta-feira (30), na B3 (B3SA3).

A operação prevê a transferência do controle da companhia e a concessão dos portos de Vitória e Barra do Riacho, localizados no litoral capixaba, num contrato de 35 anos.

O fundo de investimentos Shelf 119 Multiestratégia, da gestora Quadra Capital, foi quem arrematou a empresa, pela oferta de uma outorga no valor de R$ 106 milhões.

Follow-on

CBA – A Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) (CBAV3) prepara um follow-on (oferta subsequente de ações). O grupo Votorantim, que detém 75,9% do capital da empresa, vai ser a vendedora, de acordo com informações do jornal Valor.

Segundo fontes disseram à Bloomberg, a empresa já contratou bancos para realizar a operação. A associação de instituições para coordenar a transação incluiria BTG Pactual (BPAC11), Bank of America (BofA), UBS BB, Bradesco BBI, JPMorgan, Citi e Itaú BBA.

A oferta vai ser 100% secundária e os acionistas vendedores planejam vender cerca de R$ 750 milhões, diz o veículo.

Proventos

Bradespar – A Bradespar (BRAP4) propõe o pagamento de R$ 600 milhões em dividendos.

Do montante, equivalem R$ 1,433324328 por ação ordinária e R$ 1,576656761 por ação preferencial.