Indicadores positivos

Participação das mulheres no mercado de trabalho: recordes nos EUA e crescimento no Brasil

Departamento do Trabalho dos EUA destaca um recorde na participação feminina, enquanto o Brasil também registra avanços no emprego de mulheres

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Na última sexta-feira (6), o Departamento do Trabalho dos Estados Unidos divulgou o relatório que revela uma recorde na participação das mulheres na força de trabalho do país. Segundo os dados, a porcentagem de mulheres americanas entre 25 e 54 anos atingiu um pico histórico de 78,4%, o que mostra uma recuperação após o impacto da pandemia. 

Recuperação pós-pandemia 

A pandemia de COVID-19 causou uma grande retração na presença feminina, com milhões mulheres deixando seus empregos devido ao fechamento de setores de serviços.  

No entanto, com a recuperação gradual do mercado, a taxa de participação das mulheres começou a crescer. 

A consultora estratégica sênior da Groundwork Collaborative, Kitty Richards, afirmou que a “história da taxa de participação das mulheres na força de trabalho após a pandemia é a história do que um mercado de trabalho realmente forte faz pelos trabalhadores”. 

O que é a taxa de participação na força de trabalho?  

A taxa de participação na força de trabalho mede a porcentagem da população em idade ativa que está trabalhando ou procurando por emprego nos Estados Unidos.  

Oportunidades e reflexo na procura de trabalho 

Jeremy Horpedahl, economista do Arkansas Center for Research in Economics, observa que a alta nos salários pode ser um fator atraente para as mulheres que anteriormente consideravam permanecer em casa. 

Por outro lado, Julie Kashen, da Century Foundation, sugere que as famílias podem estar se sentindo pressionadas financeiramente, fazendo que algumas mulheres busquem emprego por necessidade. “É uma combinação de querer trabalhar e ter que trabalhar”, informou Julie.  

Situação no Brasil de mulheres no mercado de trabalho

O Brasil também registra avanços na participação feminina no mercado de trabalho. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) mostram que 2023 terminou com um número recorde de empregadas, totalizando 43.380.636, um aumento em relação a 2022.  

As regiões Sudeste (20.022.406), Nordeste (9.332.860) e Sul (7.023.526) lideram em termos de mulheres empregadas. São Paulo se destaca como o estado com o maior número de empregadas, totalizando 10.953.039 mulheres.  

Setores e desigualdades 

Segundo a Pnad, as mulheres dominam setores como “Educação, Saúde Humana e Serviços Sociais”, onde ocupam 9.683.770 posições, enquanto os homens ocupam 3.340.163.  

Em contrapartida, as mulheres ainda enfrentam significativos em áreas de liderança e cargos de alta gerência, dominados por homens. No campo das ciências, tecnologia, engenharia e matemática, as mulheres também lideram, com 7.608.642 profissionais, superando os 5.365.989 homens na mesma área.