Em uma iniciativa voltada para a educação e a reflexão sobre a democracia, o governador da Bahia (BA), Jerônimo Rodrigues (PT), anunciou nesta segunda-feira (6) que a obra “Ainda Estou Aqui“, do escritor Marcelo Rubens Paiva, foi incorporada ao currículo das escolas públicas estaduais.
A obra, adaptada para o cinema, vai ser utilizada em debates sobre temas como direitos humanos, a ditadura militar e democracia, especialmente entre os estudantes do último ano do ensino médio.
A decisão foi divulgada durante um evento que visava anunciar novos investimentos no setor da educação.
Durante seu discurso, o governador Jerônimo Rodrigues destacou a importância de incluir o livro em projetos pedagógicos e abordagens sobre os tempos sombrios da história do Brasil.
O governante afirmou que o livro Ainda Estou Aqui vai ser adquirido em larga escala para as bibliotecas das escolas estaduais, com a prioridade voltada aos estudantes do terceiro ano do ensino médio.
A proposta visa não apenas integrar o livro Ainda Estou Aqui ao currículo escolar, mas também promover discussões amplas sobre o passado recente do Brasil, com foco nos crimes da ditadura civil-militar e o direito à memória e verdade.
Incentivo à exibição do filme “Ainda Estou Aqui”
Além da inclusão do livro no ambiente escolar, o governador também propôs que o filme Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles, seja exibido nas escolas estaduais.
A projeção do filme Ainda Estou Aqui, que retrata o desaparecimento de Rubens Paiva durante o período da ditadura militar, vai ser acompanhada de debates, palestras e explicações sobre o contexto histórico do Brasil.
O projeto busca proporcionar uma reflexão profunda sobre o legado da ditadura militar e sua repercussão na sociedade brasileira.
Parabenização a Fernanda Torres e um convite a reflexão sobre a democracia
Em seu pronunciamento, Jerônimo Rodrigues fez questão de parabenizar a atriz Fernanda Torres, que no último domingo (5) venceu o Globo de Ouro.
O prêmio pela atuação em Ainda Estou Aqui, que a consagrou como a primeira brasileira a conquistar tal reconhecimento, foi destacado pelo governador como um símbolo de resistência e um reflexo da importância da democracia no Brasil.
“Estamos num momento muito delicado da democracia, o prêmio acabou sendo uma resposta para aquilo que aconteceu na ditadura, quando pessoas desapareceram e a gente não ter sequer a preocupação do estado em dar respostas. Portanto, um prêmio desse anima a gente a fazer um bom debate sobre a democracia”, comentou Rodrigues.
As informações são do site Carta Capital.