O Brasil, em sua presidência do G20, está prestes a conquistar uma vitória histórica com a inclusão da taxação dos super-ricos na declaração final da cúpula.
O anúncio foi feito pelo ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, que comemorou a vitória da agenda brasileira.
Proposta de taxação dos super-ricos
Em entrevista ao Canal Gov, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Paulo Pimenta expressou sua confiança na adoção de uma resolução que promova, pela primeira vez, a taxação dos super-ricos dentro da agenda do G20.
“Estamos muito esperançosos de que a gente consiga, pela primeira vez, ter como resultado de uma cúpula do G20 uma resolução que aponte para a necessidade do que a gente chama de taxação dos super-ricos”, declarou Pimenta.
O ministro destacou que o Brasil trabalhou ao longo de todo o ano para levar essa pauta à cúpula.
Lula fala sobre potencial das taxas
Em um discurso durante a cúpula, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reiterou a importância da taxação dos super-ricos.
Lula propôs que uma taxa de 2% sobre a renda dos mais ricos poderia gerar até US$ 250 bilhões, que seriam direcionados para ações voltadas ao combate às mudanças climáticas.
A proposta de taxação de grandes fortunas também se alinha com as críticas feitas por Lula à globalização neoliberal, que, em sua avaliação, falhou em reduzir as desigualdades e fomentou a violência e o extremismo.
“A globalização neoliberal fracassou. Em meio às crescentes turbulências, a comunidade internacional parece resignada a navegar sem rumo”, afirmou o presidente.
Lula se reuniu com bancos taxas de super-ricos no mês passado
Aliança Global contra a Fome e a Pobreza
Além da taxação dos super-ricos, outro grande avanço durante a gestão brasileira no G20 foi o lançamento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, anunciada na abertura da cúpula.
Pimenta ressaltou que a iniciativa já conta com uma agenda bem definida, financiamento assegurado e objetivos claros.
“A criação da Aliança já é um resultado. Ela já tem uma agenda, um financiamento e tem objetivos. Evidentemente, isso é uma marca muito importante da esperança e do legado do Brasil no G20”, afirmou o ministro.