A ata do Federal Reserve (banco central dos Estados Unidos) sobre a última decisão de juros ressaltou novamente a incerteza da autarquia em relação a iniciar os cortes na taxa "cedo".
“Os participantes destacaram a incerteza associada a quanto tempo uma postura restritiva da política monetária precisaria ser mantida”, para que a inflação possa retornar à meta de 2% do Fed.
Além disso, os membros do BC americano concordaram que precisavam de “maior confiança” na queda da inflação antes de considerarem cortar as taxas.
A ata divulgada nesta quarta-feira (21) reforça o que o presidente do Fed, Jerome Powell, havia endossado em coletiva de imprensa no dia 31 de janeiro.
No evento, Powell afirmou que a maioria dos membros do Comitê acredita que é apropriado reduzir as taxas de juros, mas é necessário ser cauteloso. "Não estamos à espera de uma queda na criação de empregos, mas faríamos cortes nas taxas se víssemos um enfraquecimento [do indicador]", afirmou o presidente.
O documento também cita o risco de que o progresso na inflação possa estagnar completamente se a economia continuar a ter um desempenho tão forte como tem feito.
Na última decisão, o Fed manteve o intervalo da taxa de juros (fed funds) no patamar de 5,25% a 5,50% ao ano.