O ministro da Educação, Camilo Santana (PT-CE), anunciou na última segunda-feira (20) que o governo federal pretende lançar, em 2025, uma nova versão do programa Pé-de-Meia, voltada para o apoio financeiro a estudantes de baixa renda no ensino superior.
A iniciativa vai seguir os mesmos moldes da versão já existente, que atende alunos do ensino médio.
Em entrevista ao jornal O Globo, Santana ressaltou a importância do programa:
“Estamos começando a construir um Pé-de-Meia para o estudante universitário, uma proposta para ser discutida com o presidente Lula. Ele já está empolgado. Nós podemos identificar onde estão os gargalos e as dificuldades para garantir que esse aluno possa realizar o seu sonho de ir para a universidade.”
Pé-de-Meia: como funciona?
Atualmente, o Pé-de-Meia funciona como um programa de incentivo financeiro-educacional destinado a estudantes matriculados no ensino médio público e na educação de jovens e adultos (EJA) que são beneficiários do Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico).
O ministro destacou que o programa já demonstrou resultados positivos, com aumento na frequência dos alunos nas escolas.
O Pé-de-Meia universitário compõe uma estratégia mais ampla que inclui a universalização da assistência estudantil para alunos indígenas e quilombolas nas universidades federais, além do aumento de 60% nos recursos destinados aos institutos federais.
“Tem aluno que abandona [o curso] porque às vezes não tem onde morar”, observou Santana, que enfatizou a necessidade de integrar o programa com outras iniciativas, como o ProUni.
Restrição de celulares nas escolas
Além do Pé-de-Meia, Santana também comentou sobre uma proposta em discussão no Ministério da Educação que visa restringir o uso de celulares nas escolas.
Segundo o ministro, estudos mostram que o uso excessivo de dispositivos móveis tem prejudicado a aprendizagem.
Ele planeja apresentar essa proposta ao Congresso Nacional a partir de outubro.
“Espero promover ferramentas com fins pedagógicos. As escolas terão conectividade, internet e dispositivos como tablets e computadores, mas não dá para ficar dentro da sala de aula com o celular”, afirmou.
O ministro acredita que essas iniciativas ajudarão a criar um ambiente mais propício ao aprendizado e garantir que mais alunos consigam concluir seus estudos e alcançar suas metas acadêmicas.