
O Brasil fará diversos acordos com o Japão, afirmou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante sua visita de Estado ao país nesta quarta-feira (26). O compromisso inclui dez acordos de cooperação e cerca de 80 convênios envolvendo empresas, bancos e universidades de ambas as nações.
Além disso, Lula destacou a importância histórica da relação bilateral, mas ressaltou que a parceria precisa ser modernizada para superar desafios econômicos dos últimos dez anos.
Relação Brasil e Japão
Em discurso no Fórum Empresarial Brasil-Japão, realizado em Tóquio, Lula recordou a imigração japonesa para o Brasil, iniciada em 1908, e a contribuição do Japão para a economia brasileira ao longo dos anos. Essa é a quinta visita do líder brasileiro ao Japão.
No entanto, o presidente afirmou que a relação entre os dois países “não andou bem” na última década, apontando para a necessidade de fortalecer os laços comerciais. Dessa forma, ele afirmou que o Fórum é “a oportunidade para reverter esse declínio”.
Lula convidou os empresários japoneses a investirem no Brasil, descrevendo o país como “um porto seguro”, como foi em 1908 para os imigrantes do Japão.
“Queremos compartilhar alianças entre as empresas japonesas e brasileiras para que a gente possa crescer juntos”, afirmou Lula, destacando o potencial para novas parcerias no futuro entre o Brasil e Japão.
“Nossos países têm mais a ganhar pela integração do que pelo recurso de práticas protecionistas. Manter a isenção recíproca de visto de negócios e turismo entre Brasil e Japão é um passo essencial nessa direção”, destacou.
Oportunidades de negócios nas áreas climática e automotiva
Durante seu pronunciamento, Lula mencionou diversas áreas para o fortalecimento dos laços econômicos. A agenda climática foi um dos principais temas abordados.
O presidente ainda falou sobre o interesse do Japão em aumentar a proporção de etanol na gasolina. Com isso, há uma janela para o Brasil, principal produtor de etanol no mundo.
Além disso, Lula também comentou as perspectivas para o setor automotivo. Ele destacou as montadoras japonesas, como Honda, Nissan e Mitsubishi, que devem expandir suas operações no Brasil.
Ele ressaltou a relevância da descarbonização da economia global, afirmando que “não é uma escolha, é uma necessidade e grande oportunidade”.