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CDB e CDI: quais as diferenças?

Descubra como esses dois títulos financeiros se diferenciam e como eles impactam suas estratégias de investimento.

CDB e CDI
CDB e CDI | Foto/Helloquence/Unsplash

O mundo dos investimentos pode parecer complexo à primeira vista, especialmente quando nos deparamos com siglas como CDB (Certificado de Depósito Bancário) e CDI (Certificado de Depósito Interbancário). Embora estejam intimamente relacionados, esses dois conceitos possuem funções distintas no mercado financeiro. Este artigo esclarecerá as diferenças entre eles, a fim de que você possa tomar decisões financeiras mais bem informadas.

O que é o CDB?

O CDB é um título de dívida emitido por bancos, com o intuito de captar recursos do público. Ao investir em um CDB, você está emprestando dinheiro para o banco, que o remunera com juros definidos previamente ou baseados em indicadores como o CDI. De tal forma que o CDB se torna uma opção atrativa para investidores que buscam segurança e previsibilidade.

Existem três tipos principais de CDB:

  • Prefixado: a taxa de juros é fixada no momento da aplicação, permitindo ao investidor saber exatamente quanto receberá no vencimento;
  • Pós-fixado: o rendimento está atrelado a um indicador, geralmente o CDI, o que significa que o retorno varia conforme esse índice;
  • Híbrido: combina uma taxa fixa com um indicador, como o CDI + 3% ao ano.

A grande vantagem do CDB é sua garantia pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que protege investimentos de até R$ 250 mil por CPF e por instituição, a menos que o valor aplicado ultrapasse esse limite.

O que é o CDI?

Por outro lado, o CDI é uma taxa de juros que rege as operações de empréstimos entre bancos. Essas transações são feitas para ajustar o caixa das instituições financeiras, garantindo que atendam às exigências regulatórias. Apesar disso, o CDI também funciona como uma referência para os rendimentos de vários produtos de renda fixa, como os próprios CDBs.

De acordo com especialistas, a taxa CDI tende a seguir de perto a Taxa Selic, principal referência de juros no Brasil. Assim sendo, mesmo que o CDI não seja um investimento direto, seu impacto é significativo para o mercado financeiro.

Diferenças entre CDB e CDI

Ainda que compartilhem semelhanças, como sua relevância no universo da renda fixa, as diferenças entre CDB e CDI são claras:

Natureza

O CDB é um título de investimento adquirido por pessoas físicas e jurídicas. Enquanto o CDI é uma taxa que mede o custo dos empréstimos interbancários.

Objetivo

O CDB tem como finalidade captar recursos para os bancos. Enquanto o CDI atua como referência para rendimentos de vários produtos financeiros.

Aplicabilidade

O CDB é uma aplicação financeira que oferece retorno ao investidor. Enquanto o CDI, por sua vez, não é “investível” diretamente, mas influencia o rendimento de outros ativos.

Garantia

O CDB conta com a proteção do FGC. Enquanto o CDI não possui garantias, pois é apenas um indicador.

Relação entre CDB e CDI

O rendimento do CDB pós-fixado é diretamente proporcional à variação do CDI. Por exemplo, ao investir em um CDB que oferece 100% do CDI, o retorno será igual à taxa CDI durante o período de aplicação. Assim também, se o banco oferecer 120% do CDI, o rendimento será ainda mais vantajoso, superando o índice em 20%.

Antes que você escolha um CDB atrelado ao CDI, é fundamental avaliar se o percentual oferecido compensa os riscos e o prazo de aplicação. Como resultado, isso ajudará a alinhar o investimento aos seus objetivos financeiros.

Resumidamente

O CDB é uma opção de investimento que permite emprestar dinheiro ao banco em troca de juros. Enquanto o CDI é uma taxa que serve como referência para a remuneração de vários produtos financeiros.

Apesar de suas diferenças, o CDI é essencial para determinar o rendimento do CDB, especialmente na modalidade pós-fixada.

Ao mesmo tempo, é importante lembrar que nem todo CDB oferece altos rendimentos, e a escolha deve ser feita com o intuito de maximizar ganhos dentro do seu perfil de risco. De fato, compreender a relação entre esses dois conceitos é um passo fundamental para tomar decisões mais conscientes no mercado financeiro.