Economia

China quer proibir filmes dos Estados Unidos no país

Após novas tarifas impostas pelos Estados Unidos, governo da China estuda proibir importações de obras americanas

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Crédito: Tima Miroshnichenko de Pexels
Crédito: Tima Miroshnichenko de Pexels

A China pode proibir a importação de filmes americanos como parte da resposta a novas tarifas comerciais anunciadas pelos Estados Unidos. A informação é do site Deadline, que apontou postagens de figuras próximas ao governo chinês sugerindo as medidas em fase de estudo.

Porém, a China é atualmente o segundo maior mercado de cinema do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. Dessa forma, bloquear o acesso ao mercado chinês poderia impactar diretamente os lucros dos grandes estúdios norte-americanos.

Filmes dos Estados Unidos proibidos na China 

Dois influenciadores políticos com conexões com o governo chinês, Liu Hong (editor sênior do portal estatal Xinhuanet) e Ren Yi (neto de um ex-líder do partido em Guangdong), publicaram simultaneamente em redes sociais chinesas uma lista de possíveis respostas a Washington.

Entre as medidas sugeridas está a redução ou até mesmo a proibição da importação de filmes dos Estados Unidos. 

O movimento após o aumento de tarifas anunciado pelo presidente Donald Trump, que impôs taxas de até 104% sobre produtos chineses. Assim, as tarifas entram em vigor nesta quarta-feira (9).

Guerra comercial 

As novas tarifas dos Estados Unidos foram oficializadas após o prazo final para um possível recuo por parte da China.

O governo Trump estipulou até as 13h de terça-feira (8) para que Pequim desistisse de seus planos de retaliação. Porém, como isso não aconteceu, as tarifas entraram em vigor.

Ainda na madrugada de segunda para terça, o governo chinês afirmou que não voltaria atrás e que está preparado para “responder até o fim”

“A China pede que os EUA corrijam imediatamente suas práticas erradas, cancelem todas as medidas tarifárias unilaterais contra a China e resolvam adequadamente as diferenças com a China por meio de um diálogo igualitário com base no respeito mútuo”, pede o Ministério das Relações Exteriores da China. 

De acordo com o governo chinês, a decisão é amparada pelas leis de Comércio Exterior, Segurança Nacional e Sanções Antiestrangeiras.