O norte-americano Donald Trump, que foi presidente dos Estados Unidos entre 2017 e 2021, segue tentando retornar ao cargo na Casa Branca.
Candidato pelo partido Republicano, o empresário venceu recentemente duas primárias, sendo a primeira em Iowa e a segunda em New Hampshire.
Sua principal concorrente dentro do partido, a ex-governadora da Carolina do Sul Nikki Haley, não está muito atrás do bilionário e, diferentemente do governador da Flórida, Ron DeSantis, que era o mais cotado para barrar Trump, mas desistiu do pleito, ela garante que se manterá na corrida.
Do lado dos democratas, o mais bem colocado é o atual presidente Joe Biden, que ao final de 2020 saiu eleito presidente, impedindo Trump de se manter no cargo.
Apesar de estar na disputa pela presidência, Trump responde a 91 acusações em quatro processos criminais e pode ser interpelado pela Justiça no processo.
Do lado dos investidores, não há grandes temores acerca deste nome à frente da presidência dos EUA, pois, durante a sua gestão, houve certa estabilidade em relação ao mercado, segundo Volnei Eyng, economista e CEO da Multiplike.
O executivo acredita que também não há possibilidade de diminuição do comércio bilateral entre o país e a China. Além disso, Eyng fala sobre a redução de impostos.
"Uma das pautas do candidato Trump diz respeito à redução de impostos, uma temática mais alinhada à direita norte-americana, e isso é do interesse dos grandes investidores, o que pode culminar em uma elevação dos investimentos no país", indica.
Possíveis impactos, segundo o economista:
1. O Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) deverá levar em consideração a aproximação de Trump com a Casa Branca e isso pode refletir nos movimentos de corte dos juros.
2. É possível que o Fed corte o intervalo da taxa de juros (fed funds) abaixo das projeções de mercado; a expectativa é que o país encerre 2024 com os juros em 4,5% e o Brasil em 9%.
3. Trump deve conseguir atrair investimentos e, assim, fomentar a economia.
4. O empresário pode aumentar o protecionismo em alguns setores, como o tecnológico, por exemplo. Mas, de forma geral, o economista acredita que o comércio dos EUA com seus parceiros deve aumentar.