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Consignado para CLT: pouca adesão de bancos frustra governo, mas JP Morgan acredita em ampliação a partir de abril

Nos primeiros dias, apenas parte dos bancos apresentou simulações de empréstimos na plataforma oficial do Crédito do Trabalhador

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Marcelo Camargo/Agência Brasil
Marcelo Camargo/Agência Brasil

A oferta do novo crédito consignado para CLT, iniciada na semana passada, segue em ritmo lento, de acordo com uma reportagem do jornal O Globo.

Nos primeiros dias, apenas parte dos bancos apresentou simulações de empréstimos na plataforma oficial do Crédito do Trabalhador, o que reduziu a competitividade das ofertas e frustrou as expectativas do governo.

Sistema do Crédito do Trabalhador ainda passa por ajustes

Técnicos da equipe econômica informam que grandes bancos ainda têm atuação tímida, mas preveem maior adesão nos próximos dias. Instituições testam o sistema e ajustam suas plataformas. As portarias regulatórias somente foram publicadas na quinta-feira anterior ao lançamento, o que contribuiu para o início cauteloso.

Do lado das instituições financeiras, a operação em larga escala de crédito consignado para o setor privado trata-se de uma novidade e exige tempo para ajustar precificação e análise de riscos.

Consignado para CLT: juros variam entre 2,99% e 4,99%, diz JP Morgan

De acordo com um relatório do JP Morgan, o consignado privado deve ganhar força apenas após o dia 25 de abril, quando os bancos poderão operar o crédito diretamente em seus aplicativos.

As simulações feitas pelos analistas indicaram taxas mensais entre 2,99% e 4,99%, e em muitos casos as ofertas ficaram diferentes do solicitado.

O levantamento também apontou a ausência de grandes bancos, exceto a Caixa Econômica Federal (CEF).

Dados do Ministério do Trabalho revelam que, entre sexta-feira (21) e terça-feira (25) da última semana, foram contratados R$ 340,30 milhões em empréstimos, com 48.170 contratos firmados e valor médio de R$ 7.065,14 por trabalhador.

A parcela média ficou em R$ 333,88, em um prazo de vinte e um meses.

Plataforma agiliza, mas juros ainda preocupam

A nova plataforma de crédito permite ao trabalhador receber propostas em até vinte e quatro horas após solicitar o empréstimo. O empregado pode oferecer até 10% do FGTS ou 100% da multa rescisória como garantia, embora não seja obrigatório. O crédito vai ser limitado a parcelas de no máximo 35% da renda do trabalhador.