O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) elevou a taxa básica de juros, Selic, para 12,25% ao ano.
A decisão de elevar os juros em um ponto percentual foi unânime e reflete um cenário inflacionário mais adverso. O comitê sinalizou que novas altas de mesma magnitude devem ocorrer nas próximas duas reuniões.
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Além disso, o ritmo de ajustes futuros na taxa de juros será ditado pelo compromisso de convergência da inflação à meta.
“O cenário mais recente é marcado por desancoragem adicional das expectativas de inflação, elevação das projeções de inflação, dinamismo acima do esperado na atividade e maior abertura do hiato do produto, o que exige uma política monetária ainda mais contracionista”, afirma a autarquia.
O que dizem os analistas sobre a decisão do Copom?
Daniel Cunha, estrategista-chefe BGC Liquidez, afirmou que o BC revelou “capacidade de reação e adaptação, recuperando as rédeas da condução de política monetária”.
Além disso, o estrategista espera que o mercado reaja de forma positiva à decisão, com destaque para queda do dólar.
Márcio Saito, CFO (diretor-financeiro) da Entrepay, analisou que, enquanto o câmbio mais alto cria condições favoráveis para a entrada de capital estrangeiro, é essencial equilibrar a política fiscal e monetária para garantir que essa atratividade resulte em investimentos produtivos e sustentáveis, e não especulativos.
“O Brasil tem potencial para aproveitar esse momento global, mas precisa fortalecer seus fundamentos econômicos para transformar essa oportunidade em crescimento”, observou.