A dívida global alcançou um recorde de US$ 312 trilhões ao final de junho, conforme dados recentes do Instituto de Finanças Internacionais (IIF).
O crescimento da dívida foi influenciado, principalmente, por novos empréstimos nos Estados Unidos e na China. O IIF revelou que o valor aumentou em US$ 2,1 trilhões no primeiro semestre deste ano.
O relatório do IIF, divulgado nesta quarta-feira (25), indica que a dívida global chegou a esse patamar recorde após a revisão para baixo de dados anteriores.
Aumento dos empréstimos e dívida global
O estudo não apenas destaca o tamanho da dívida, mas também emite um alerta sobre o aumento contínuo dos empréstimos governamentais. O IIF prevê que a dívida pública global subirá dos atuais US$ 92 trilhões para US$ 145 trilhões até 2030, e pode atingir US$ 440 trilhões até 2050.
O IIF ainda disse: “Com a expectativa de que o novo ciclo de flexibilização do Fed acelere o ritmo de acumulação da dívida global, uma preocupação significativa é a aparente falta de vontade política para lidar com os níveis crescentes da dívida soberana”. Isso acontecerá “tanto em economias de mercado maduras quanto emergentes”.
Transição energética
Um dos principais fatores que contribuem para esse crescimento é a transição energética, impulsionada pela necessidade de enfrentar as mudanças climáticas.
Essa transição deve representar mais de um terço do aumento projetado na dívida até 2050. O relatório do IIF destaca que essa situação representa desafios para os governos, que já estão comprometendo uma parcela crescente de suas receitas para cobrir despesas com juros.
Dívidas em outros países
Além dos Estados Unidos e da China, países como Índia, Rússia e Suécia também observaram um aumento em suas dívidas. Por outro lado, várias economias europeias e o Japão registraram uma diminuição notável em seus níveis de endividamento.
O aumento de US$ 2,1 trilhões no primeiro semestre de 2024 é uma queda em relação ao crescimento de US$ 8,4 trilhões registrado no mesmo período de 2023.