O mercado financeiro no Brasil escalou uma nova crise com a elevação da percepção de risco fiscal. O dólar encerrou a última quarta-feira (12) cotado a R$ 5,4066, seu patamar mais alto desde janeiro de 2023 e uma variação positiva diária de 0,86%.
No dia, investidores monitoraram o discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no FII Priority Summit, realizado no Rio de Janeiro (RJ).
Para agentes e analistas do mercado financeiro, o petista ampliou a incerteza ao apontar para uma possível redução dos juros, uma variável que foge ao seu controle, e um aumento na arrecadação, sem mencionar cortes de gastos.
Em um momento mais tenso, a moeda chegou a ultrapassar os R$ 5,42.
As declarações de Lula geraram a intensificação na avaliação de que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem perdido influência na interlocução política.
Na semana, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Congresso Nacional e do Senado Federal, devolveu a medida provisória (MP) que limitava créditos de PIS/Cofins.
E, ainda, pesou a sinalização de que o Federal Reserve (Fed), o Banco Central norte-americano, pode realizar apenas um corte de juros este ano.