Nesta segunda-feira (18), como eventos catalisadores de movimentações para o câmbio no dia, a expectativa para as agendas econômicas do Brasil e Estados Unidos (EUA) na semana apresentarão dados importantes para as perspectivas deste mercado.
O dólar comercial (compra) encerrou em alta de 0,57%, a R$ 5,025.
ATUALIZAÇÕES:
- – 13:07: Dólar comercial (compra): +0,49%, a R$ 5,021
- – 9:56: Dólar comercial (compra): -0,07%, a R$ 4,993.
- – 9:06: Dólar comercial (compra): -0,22%, a R$ 4,986.
- Na véspera, a produção industrial da China subiu 7,0% no primeiro bimestre em relação a igual período no ano passado. As vendas no varejo chinês avançaram 5,5% na comparação anual de janeiro e fevereiro.
Os números não mudam as apostas de que Pequim vai manter os juros no patamar atual na próxima terça-feira (19), informou o site Bom Dia Mercado.
- Na Rússia, Vladimir Putin foi reeleito para o seu quinto mandato como presidente. Em comunicado, a Casa Branca disse que o processo “obviamente, não foi livre e nem justo”. O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, criticou a falta de legitimidade. “As eleições russas são uma farsa ilegítima”, acusou.
- Com a Super Quarta no próximo dia 20 de março, investidores aguardam se o Federal Reserve (Fed), nos Estados Unidos (EUA), vai consolidar o mês de junho como ponto de partida dos cortes. Entretanto, espera-se que a autoridade monetária possa encurtar o ciclo de quedas, diante da inflação resistente no País. No Brasil, o forward guidance de novos cortes de 0,50 p.p. nas próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (COPOM), do Banco Central (BC), no plural, vai ser testado.
No Japão, observação para o possível fim dos juros negativos pelo Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês).
Mais agenda:
- A semana muito movimentada para os negócios reserva ainda o relatório bimestral de avaliação do Orçamento no Brasil, a ser enviado ao Congresso Nacional na próxima sexta-feira (22).
O documento define quanto vai ser necessário bloquear de despesas para o cumprimento da meta fiscal de zerar o déficit das contas públicas em 2024 e toda e qualquer receita computada ajuda a reduzir o contingenciamento.
- Na Europa, o Banco da Inglaterra (BoE) inglês informa decisão de política monetária na quinta-feira (21). Um dia antes da decisão, o Reino Unido divulga na quarta-feira (20) os dados do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) e do índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) em fevereiro.
Nesta segunda-feira (18), são repercutidos números da inflação ao consumidor (CPI) na região da Zona do Euro. Na quinta-feira (21), saem os dados do PMI (Índice de Gerentes de Compras) composto. Christine Lagarde (BCE), presidente do Banco Central Europeu (BCE) discursa na próxima terça-feira (19).
- Nos Estados Unidos (EUA), Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed) participa de evento na quinta-feira (21), day after do FOMC.
A agenda dos indicadores nos EUA prevê apenas a leitura preliminar de março do PMI (Índice de Gerentes de Compras) composto na quinta-feira (21) e o índice NAHB de construtoras (nesta segunda-feira, 18, às 11:00).
Na sessão anterior
O dólar acompanhou o clima ruim lá fora e testou mais uma vez o teto dos R$ 5,00 na máxima do dia (R$ 5,0016).
Efeitos sobre a expectativa dos juros…
Mas depois a pressão diminuiu com a expectativa de um COPOM mais conservador, o que favoreceria o carry trade, de acordo com o site Bom Dia Mercado.
Desde o dia anterior, quando os EUA divulgaram um índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) bem acima do esperado, investidores já ajustavam posições para um possível cenário de menos cortes de juros nos EUA.
E, por aqui, cogitou-se a possibilidade de o COPOM encerrar o ciclo de cortes mais cedo, com a Selic ainda em dois dígitos, por causa da economia aquecida e seu eventual impacto sobre a inflação.
O varejo brasileiro surpreendeu, o volume de serviços ficou acima do esperado e os dados do CAGED em fevereiro superaram mais que o dobro da mediana das estimativas, como recordou o site Bom Dia Mercado.
O veículo aponta que os números colocaram viés de alta nas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre e para 2024. Com isso, deram mais força ao debate sobre uma mudança no forward guidance do COPOM, com a substituição do plural pelo singular nas “próximas reuniões”.
Sergio Vale (MB Associados) disse ao BDM que os dados são ponto de preocupação para a condução da política monetária, especialmente porque a inflação de serviços ainda não foi devidamente domada.
As informações são do site Bom Dia Mercado.