Economia

DÓLAR HOJE - Expectativas por ajuste fiscal de Lula, incertezas com a política de Trump e guerra entre Rússia e Ucrânia influenciam câmbio

Moeda inicia o dia em leve queda, mas se mantém acima de R$ 5,80

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ATUALIZAÇÕES DAS COTAÇÕES DO DÓLAR:

  • – 9:12: Dólar comercial (compra): -0,17%, cotado a R$ 5,801.

Na sessão anterior…

Na última quinta-feira, 21 de novembro, o dólar comercial (compra) fechou em alta de 0,75%, cotado a R$ 5,81.

O que influencia a moeda?

O mercado segue na expectativa pelo pacote de corte de gastos do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o que tem elevado o prêmio de risco no dólar.

A incerteza sobre a magnitude dos cortes mantém o câmbio pressionado, com apostas de que um pacote agressivo poderia reduzir a taxa do dólar.

Além disso, fatores externos como o protecionismo esperado no governo do presidente eleito Donald Trump, a estabilidade prevista nos juros dos EUA e a escalada da guerra entre Ucrânia e Rússia impulsionam a busca por ativos seguros, o que fortalece a alta da moeda americana.

No entanto, o cenário fiscal doméstico permanece o principal foco de tensão.

Brasil

Nesta sexta-feira (22), a agenda de eventos e indicadores ligados à economia permanece esvaziada.

No entanto, o mercado financeiro local observa a divulgação do Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas, pelo Ministério da Fazenda.

De acordo com o ministro Fernando Haddad (PT), o documento deve apresentar um bloqueio pouco superior a R$ 5 bilhões nas despesas.

Petrobras (PETR4)

A Petrobras (PETR3)(PETR4) anunciou o pagamento de R$ 20 bilhões em dividendos extraordinários, equivalentes a R$ 1,551742 por ação, com repasse aos acionistas da B3 em 23 de dezembro e aos detentores de American Depositary Receipts (ADRs) em 3 de janeiro de 2025.

A União, que detém 36,60% da empresa, vai receber R$ 7,32 bilhões, que vai contribuir para o ajuste das contas públicas.

Além disso, a Petrobras (PETR3)(PETR4) apresentou seu Plano Estratégico até 2050 e o Plano de Negócios para 2025-2029, que serão detalhados em entrevista coletiva, às 11:15.

Corte de gastos

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), anunciou que o pacote de cortes de gastos obrigatórios vai ser divulgado até terça-feira (26).

Na segunda-feira (25), a equipe econômica apresenta a minuta das medidas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que inclui uma proposta de emenda à Constituição (PEC) e um projeto de lei complementar (PLP).

Após a reunião com o mandatário, prevista para às 10:00 no Palácio do Planalto, os detalhes finais serão definidos.

Haddad afirmou que o pacote, discutido previamente com lideranças do Congresso Nacional, seria suficiente para garantir o cumprimento do arcabouço fiscal, e mira o equilíbrio orçamentário e o controle da dívida pública.

Entre as medidas, destaca-se um corte anual de mais de R$ 2 bilhões na previdência dos militares.

A reunião inicial para fechar o pacote foi adiada para segunda-feira (25) devido a compromissos do presidente com o setor varejista.

EUA

Nesta sexta-feira (22), o mercado norte-americano observa as expectativas de inflação de 1 ano e de 5 anos na leitura final do índice de sentimento do consumidor, medido pela Universidade de Michigan.

Além disso, sai a leitura preliminar do índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto em novembo.

O discurso da diretora do Federal Reserve (FED), Michelle Bowman, vai ser acompanhado.

Europa

Alemanha – O Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha cresceu 0,10% no terceiro trimestre de 2024 em relação ao trimestre anterior, de acordo com dados ajustados para variações sazonais, de preços e de calendário divulgados pelo Departamento Federal de Estatística (Destatis).

O resultado marca uma revisão para baixo em relação à estimativa inicial, que apontava um crescimento de 0,2%.

No segundo trimestre de 2024, a economia alemã havia registrado uma contração de 0,30%, após um leve aumento de 0,2% no primeiro trimestre do ano.

O desempenho no primeiro semestre foi considerado moderado, e o início do segundo semestre aponta para um crescimento tímido, refletindo os desafios enfrentados pela maior economia da Europa.

Embora positivo, o avanço de 0,10% indica uma recuperação econômica lenta, em meio a fatores como condições globais incertas e pressões domésticas.

Ásia

Japão – A inflação ao consumidor no Japão desacelerou para 2,30% em outubro, frente a 2,40% em setembro, mas economistas ainda consideram possível um aumento das taxas de juros pelo Banco do Japão (BoJ).

No setor econômico, o PMI composto preliminar de novembro subiu de 49,6 para 49,8 pontos, o que ainda indica retração.

O PMI industrial caiu de 49,4 para 49,0 pontos, enquanto o PMI de serviços avançou de 49,70 para 50,20, o que sinaliza um crescimento moderado no setor.