Câmbio nas alturas

Dólar dispara a R$ 6,23 com risco fiscal e decisão de juros nos EUA

Analistas avaliam que o projeto anunciado pode não ser suficiente para reduzir a dívida pública do país

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O dólar comercial (compra) disparava 2,36%, cotado a R$ 6,23 por volta de 16h08 (horário de Brasília) desta quarta-feira (18). O câmbio já sofre pressão há alguns dias, com o mercado financeiro acompanhando o pacote de medidas para contenção de gastos do governo federal.

Câmara dos Deputados aprovou, na última terça-feira (17), o texto-base de um projeto que estabelece regras mais rigorosas para as contas públicas em caso de resultado negativo, ou seja, quando há déficit primário. Foram 318 votos a favor e 149 contrários.

Nos Estados Unidos, o Federal Reserve (banco central norte-americano) reduziu o intervalo da taxa de juros em 0,25 ponto percentual, para o intervalo de 4,25%-4,50%. Além disso, o Fed sinalizou uma desaceleração no ritmo de novos cortes, citando estabilidade na taxa de desemprego e lenta redução da inflação.

Projeções atualizadas indicam apenas dois cortes de 0,25 ponto percentual até o final de 2025, 0,5 ponto percentual a menos que o previsto em setembro.

Por que o dólar está subindo?

Existe uma especulação do mercado financeiro em relação às medidas para cortes de gastos. Neste sentido, analistas avaliam que o projeto anunciado pode não ser suficiente para reduzir a dívida pública do país.

Assim, em meio a um fortalecimento da moeda norte-americana, dado o momento da economia dos EUA, e às incertezas sobre as medidas fiscais, o câmbio segue pressionado no Brasil.