Economia

DÓLAR HOJE - Payroll influencia o câmbio, com PMIs e eleições presidenciais dos EUA no radar

Moeda inicia o dia em alta e se aproxima da cotação de R$ 5,80

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ATUALIZAÇÕES DA COTAÇÃO DO DÓLAR:

  • – 9:49: Dólar comercial (compra): -0,11%, cotado a R$ 5,775.
  • – 9:13: Dólar comercial (compra): +0,27%, cotado a R$ 5,797.

Na sessão anterior…

Na última quinta-feira, 31 de outubro, o dólar comercial (compra) fechou em alta de 0,31%, cotado a R$ 5,78.

O que influencia a moeda?

Em outubro, a moeda americana subiu 6,10%, em contrariedade às previsões baseadas no carry trade. Esse movimento foi impulsionado por vários fatores:

  • o impacto da candidatura de Donald Trump, que poderia aumentar inflação e déficit nos EUA;
  • a política fiscal brasileira, com atrasos na divulgação do pacote de cortes de gastos;
  • a força da economia norte-americana, que favorece apostas de corte de juros menores;
  • a crise imobiliária na China, que afeta moedas de exportadores de commodities; e
  • o conflito no Oriente Médio.

Agora, as atenções do mercado financeiro estão voltadas à eleição presidencial dos EUA, ao pacote fiscal no Brasil, aos estímulos na China e às tentativas de desfecho do conflito bélico no Oriente Médio.

Brasil

Nesta sexta-feira (1°), o mercado financeiro local observa os dados da produção industrial em setembro, a ser divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Investidores monitoram a entrevista do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT-SP), a televisão francesa TF1, às 16:00.

O mercado financeiro acompanha ainda a participação de Fernando Haddad (PT-SP), ministro da Fazenda, na cerimônia de lançamento do canal CNBC, em SP, às 20:00.

Corte de gastos

O cenário tem se complicado com a espera por medidas de contenção de gastos, o que tem reforçado o clima de cautela no Ibovespa e demais investimentos.

Apesar da pressão para definir cortes, o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dificilmente vai apresentar um plano na semana que vem, conforme informou uma fonte oficial à Folha de S.Paulo.

Haddad, em viagem pela Europa, retorna no fim de semana, o que indica que novidades podem ser adiadas.

Com o atraso no pacote fiscal, especulações se multiplicam no mercado financeiro, que espera cortes na ordem de R$ 25,5 bilhões.

Esse valor, porém, seria insuficiente para cumprir as metas fiscais, estimadas em R$ 49,5 bilhões.

Eduardo Velho, da Equador Investimentos, afirma que cortes abaixo de R$ 40 bilhões a R$ 50 bilhões dificultariam a valorização do real frente ao dólar.

Medidas discutidas incluem combate a supersalários e limites ao crescimento de despesas em saúde e educação.

As informações são do site Bom Dia Mercado.

EUA

Nesta sexta-feira (1°), o mercado norte-americano acompanha a divulgação do relatório Payroll de outubro, que pode influenciar os últimos ajustes nas apostas à reunião do FOMC, o Comitê de Política Monetária do Federal Reserve (FED), na próxima SuperQuarta (6).

Apenas 12.000 vagas foram criadas em outubro e o País registrou a perda de 28.000 postos em empregos privados.

Além disso, dados da indústria serão monitorados, com a divulgação do Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) Industrial de outubro.

Eleições presidenciais nos EUA

A acirrada disputa entre Donald Trump e Kamala Harris aumenta a incerteza quanto ao resultado, o que prova a instabilidade até a apuração final.

A incerteza da vitória tem trazido um grau de preocupação ao mundo fora dos EUA.

O mercado financeiro teme que o ex-presidente republicano eleve o déficit e a inflação, o que pressiona países emergentes.

Embora Trump ganhe força, Kamala Harris ainda lidera em estados decisivos, como Michigan e Wisconsin, segundo a última pesquisa CNN.

No Real Clear Polling, Trump aparece com leve vantagem, mas o cenário segue incerto.

Ásia

China – O PMI industrial medido pela S&P Global voltou ao território de expansão: subiu a 50,30 em outubro, de 49,30 pontos em setembro, e superou a previsão dos analistas, de 49,00.

Japão – PMI industrial caiu de 49,70 em setembro para 49,20 pontos em outubro, segundo pesquisa preliminar da S&P Global, no recuo mais acentuado nos últimos seis meses.

A atividade da indústria segue em contração (abaixo de 50,00).