Economia

DÓLAR HOJE - Eleições nos EUA influenciam câmbio, com expectativa para alta da Selic no Brasil e corte de juros nos EUA

Na última sexta-feira, 1° de novembro, o dólar comercial (compra) fechou em alta de1,53%, cotado a R$ 5,86

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ATUALIZAÇÕES DA COTAÇÃO DO DÓLAR:

  • 17:03: Dólar comercial (compra): 1,48%, cotado a R$ 5,78.
  • 09:24: Dólar comercial (compra): -0,96%, cotado a R$ 5,81.

Eleições nos EUA: veja aqui os destaques da corrida entre Kamala Harris e Donald Trump

Na sessão anterior…

Na última sexta-feira, 1° de novembro, o dólar comercial (compra) fechou em alta de1,53%, cotado a R$ 5,86.

O que influencia a moeda nesta semana?

O cenário econômico global enfrenta uma “tempestade perfeita” de incertezas devido a uma combinação de fatores.

Nos EUA, as eleições presidenciais podem resultar na vitória de Donald Trump, o que poderia aumentar a inflação com políticas de tarifas sobre importados, incentivos a criptomoedas, cortes de impostos e deportações em massa, impactando o déficit fiscal e a dívida pública.

Além disso, esta semana também será marcada por decisões de taxas de juros: no Brasil, espera-se um aumento de 0,5% na Selic, enquanto nos EUA, um corte de 0,25% é aguardado.

Esse diferencial de juros deveria favorecer o real, mas o câmbio continua volátil, agravado pela ausência de novas medidas fiscais no Brasil.

No cenário internacional, a crise imobiliária na China persiste sem sinais de estímulo, enquanto a guerra no Oriente Médio adiciona riscos geopolíticos.

O mercado cambial espera uma direção mais clara após o resultado das eleições nos EUA e o anúncio de um pacote fiscal brasileiro.

Brasil

Nesta segunda-feira (4), o mercado financeiro local observa as novas projeções do Boletim Focus, do Banco Central (BC), para o IPCA (inflação), PIB (crescimento), Selic (juros) e câmbio em 2024, 2025, 2026 e 2027.

Além disso, investidores monitoram a reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Rui Costa (Casa Civil), às 9:00.

Assim como, a participação de Roberto Campos Neto, presidente do BC, em evento do Google em SP, às 14:05.

Pacote de corte de gastos

Na última sexta-feira (1°), o governo imprimiu urgência nas medidas fiscais, o que levou o ministro Fernando Haddad a cancelar sua viagem à Europa para tratar de “temas domésticos”, conforme nota do Ministério da Fazenda.

A decisão foi bem recebida pelo mercado, que espera a antecipação do anúncio de um pacote de contenção de gastos.

A reação do mercado dependerá do tamanho e da qualidade dos cortes, mas um atraso ou decepção nas medidas pode pressionar o dólar a R$ 6, segundo o estrategista Jefferson Laatus.

Na reunião de Lula com os ministros desta segunda-feira (4), o mercado espera a discussão de duas PECs essenciais para o ajuste fiscal.

A primeira PEC visa incluir todos os gastos obrigatórios no arcabouço fiscal, acionando gatilhos para conter despesas que excedam 2,5%, exceto o salário mínimo e a Previdência.

A segunda PEC trata da desvinculação de receitas para aumentar os recursos do Fundeb e incorporar o programa Pé de Meia nos gastos de saúde.

Marcelo Noronha, presidente do Bradesco, demonstrou otimismo em entrevista ao Estadão, esperando que o governo tome medidas para controlar os gastos públicos e melhorar as expectativas do mercado.

Segundo ele, é necessário rever a política de reajuste do salário mínimo e abordar com cuidado a isenção do Imposto de Renda para rendas de até R$ 5 mil.

Noronha também descartou a ideia de Haddad estar isolado no governo, afirmando que o presidente apoia seu trabalho.

EUA

Nesta segunda-feira (4), o mercado norte-americano acompanha a divulgação final do PMI industrial de outubro.

Corrida eleitoral à Casa Branca

As pesquisas de intenção de votos nos EUA têm influenciado o dólar nos último dias. Isso porque, os levantamentos mostram um avanço de Kamala Harris sobre Donald Trump, reduzindo apostas de uma vitória do ex-presidente nas eleições presidenciais pelo País, que ocorrem amanhã (5).

Uma pesquisa em Iowa, do Des Moines Register e Mediacom, apontou Harris à frente de Trump (47% contra 44%), em um estado que ele venceu com ampla vantagem em 2020.

As plataformas de apostas refletiram essa mudança, com a probabilidade de vitória de Trump caindo para 54% e a de Harris subindo para até 49% em alguns sites.

Outras pesquisas nacionais, incluindo as da Ipsos/ABC News e NBC News, indicaram Harris à frente ou empatada com Trump.

Em resposta, Trump intensificou suas declarações conspiratórias sobre a eleição, alegando, no domingo, que não deveria ter deixado a Casa Branca em 2020.

Europa

Alemanha – O PMI Industrial medido pela S&P Global subiu de 40,6 em setembro para 43 pontos em outubro, maior nível em três meses.

Esse resultado veio acima do consenso dos analistas, que esperavam 42,6 pontos; ainda assim, a indústria segue em terreno contracionista.

Zona do Euro – O PMI industrial medido pela S&P Global subiu de 45 pontos em setembro para 46 em outubro, maior nível em 5 meses.

A leitura ficou acima da estimativa inicial, que era de 45,9 pontos e mantém a indústria em terreno contracionista.

Irã

A alta no preço do petróleo continua pressionada pelas tensões no Oriente Médio, após o Irã ameaçar retaliação contra Israel.

Embora a ofensiva não tenha ocorrido no fim de semana, uma autoridade iraniana sugeriu que o Irã pode estar adiando o ataque para evitar influenciar as eleições nos EUA, com a expectativa de que Kamala Harris vença, preferida pelo país segundo agências de inteligência.