Nesta quarta-feira (4), o dólar comercial (compra) encerrou em queda de 0,13%, a R$ 6,048.
ATUALIZAÇÕES DAS COTAÇÕES DO DÓLAR:
- – 9:17: Dólar comercial (compra): +0,07%, cotado a R$ 6,058.
Na sessão anterior…
Na última terça-feira, 3 de novembro, o dólar comercial (compra) fechou em queda de 0,21%, cotado a R$ 6,05.
O que influencia o dólar?
Enquanto o dólar segue pressionado pelo cenário fiscal desfavorável no Brasil, o Produto Interno Bruto (PIB) do País cresceu 0,90% no terceiro trimestre e 4% no acumulado anual, o que levou o crescimento a um nível recorde.
O aumento do consumo das famílias e do governo federal impulsionou a economia, mas o Banco Central (BC) pode elevar ainda mais a taxa de juros para controlar a inflação e atrair capital estrangeiro (carry trade).
Na Coreia do Sul, o presidente decretou lei marcial, suspendeu liberdades civis e censurou a imprensa. Apesar da ocupação militar no parlamento, os deputados aprovaram uma moção que declarou a medida ilegal.
Nos EUA, o aumento nas vagas de emprego em outubro reforça expectativas para os dados do Payroll na sexta-feira (6), determinantes para as próximas decisões do Federal Reserve (FED) sobre cortes de juros.
Divergências entre dirigentes do Fed destacam a incerteza sobre a política monetária no curto prazo, em um cenário de políticas protecionistas com o presidente eleito, o republicano Donald Trump.
Na China, o mercado financeiro aguarda novos estímulos econômicos que possam impulsionar os preços das commodities globalmente.
Brasil
Nesta quarta-feira (4), o mercado financeiro local observa os dados da produção industrial em outubro, a serem divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Além disso, investidores monitoram a participação de Fernando Haddad (PT-SP), ministro da Fazenda, no site Jota, para debater o equilíbrio na economia, às 11:00.
Crescimento do PIB e reflexos sobre a taxa Selic
O Produto Interno Bruto (PIB) do 3º trimestre de 2023 cresceu 0,90% em relação ao trimestre anterior, um nível recorde na série histórica do IBGE.
O resultado foi impulsionado pelo consumo das famílias (+1,50%) e pelo setor de serviços (+0,90%), ambos em máximas históricas.
Além disso, o IBGE revisou para cima o crescimento do PIB anual de 2023 (de 2,90% para 3,20%) e do 1º trimestre (de 1,00% para 1,10%).
O mercado financeiro, no entanto, reagiu com cautela. O crescimento econômico gerou preocupações com a inflação, especialmente em meio à alta do dólar, que segue em ritmo próximo dos R$ 6, e às perspectivas de aperto na política monetária.
Analistas preveem aceleração no aumento da taxa básica de juros Selic, com projeções de alta para 13,25% ou até 15,00% em 2024.
Instituições financeiras revisaram suas previsões para o PIB de 2024, com projeções em 3,30% (BTG Pactual), 3,4% (Goldman Sachs) e 3,50% (Ibre-FGV).
No entanto, espera-se desaceleração no 4º trimestre deste ano, com mediana de crescimento de 0,30%.
Para 2025, a previsão de crescimento foi ajustada para 2,0%.
Urgência para o pacote fiscal de corte de gastos
O líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), protocolou dois requerimentos de urgência para o pacote fiscal proposto pelo Poder Executivo.
Para amenizar o impasse, o Palácio do Planalto liberou R$ 8 bilhões em emendas, com promessa de desbloquear outros R$ 8 bilhões até dezembro, desde que cumpridas as exigências de transparência nas denominadas emendas Pix e de comissão.
As urgências referem-se a projetos que tratam do salário mínimo, do Benefício de Prestação Continuada (BPC) e de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que inclui a nova Desvinculação de Receitas da União (DRU).
A proposta ampliaria o montante desengessado do orçamento de R$ 10,6 bilhões para R$ 44,30 bilhões em 2024, com vigência até 2032.
Com apenas três semanas para aprovação, o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) corre contra o tempo para viabilizar as medidas ainda este ano e enfrenta desafios tanto técnicos quanto políticos no Congresso Nacional.
Novos diretores do BC
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT-SP) enviou ao Senado Federal as indicações dos novos diretores do Banco Central (BC), com posse prevista para janeiro de 2025.
Os nomes confirmados são:
- – Nilton David para a diretoria de Política Monetária;
- – Izabela Correa para a diretoria de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta; e
- – Gilneu Vivan para a diretoria de Regulação do Sistema Financeiro.
As mensagens foram publicadas em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) na terça-feira (3).
EUA
Nesta quarta-feira (4), investidores norte-americanos observam mais um relatório com dados do mercado de trabalho.
Dessa vez, o ADP, que deve apontar a criação de 165 mil vagas de emprego em outubro no setor privado – o que marcaria uma desaceleração contra setembro, quando 223.000 postos de trabalho foram abertos, conforme estimativas.
Além disso, vai ser informado o Índice de Gerente de Compras (PMI) Composto de novembro e apresentação do Livro Bege.
Nesse sentido, o presidente do Federal Reserve (FED), Jerome Powell, participa de evento do jornal The New York Times.
Europa
Alemanha – O Índice de Gerente de Compras (PMI) de Serviços da Alemanha caiu para 49,30 pontos em novembro, o menor nível em nove meses – contração da atividade.
O dado, divulgado pela S&P Global em parceria com o Hamburg Commercial Bank, ficou abaixo da estimativa preliminar e das projeções de analistas (49,40).
Já o PMI composto, que abrange serviços e indústria, recuou de 48,6 para 47,2, também abaixo das expectativas.
Leituras abaixo de 50 sinalizam retração econômica e reforçam preocupações com o desempenho d