Economia

DÓLAR HOJE - Expectativas por juros e medo de recessão nos EUA em destaque, com Payroll no radar

Moeda norte-americana inicia o dia com uma valorização de 0,07%, à espera da divulgação do relatório Payroll

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ATUALIZAÇÕES:

  • – 17:00: Dólar comercial (compra): +0,35%, cotado a R$ 5,58.
  • – 10:11: Dólar comercial (compra): -0,49%, cotado a R$ 5,544
  • – 9:11: Dólar comercial (compra): +0,07%, cotado a R$ 5,574.

Na última sessão

Na última quinta-feira, 5 de setembro, o dólar comercial (compra) fechou em queda de 1,22%, cotado a R$ 5,57.

A sessão foi marcada pelos números no mercado de trabalho privado dos Estados Unidos da América (EUA), que registrou números abaixo das projeções, o que aumentou a expectativa de cortes de juros pelo Federal Reserve (FED) na próxima reunião, provável de 0,25% ou 0,5%.

A taxa atualmente está na casa dos 5,25% a 5,50%.

Já no Brasil, a taxa de juros pode se manter em 10,50% ou subir 0,25% em 18 de setembro.

O diferencial de juros favorece o real, mas sua valorização se limita por questões fiscais internas e, externamente, por incertezas relacionadas às eleições presidenciais nos EUA, ao crescimento econômico mais fraco na China e aos conflitos geopolíticos na Europa e no Oriente Médio.

O que esperar da sessão de hoje?

Nesta sexta-feira (6), os EUA divulgarão o Payroll, um relatório importante para o Federal Reserve (FED) na definição da política monetária do País.

Se os números do mercado de trabalho forem mais fracos que o esperado, aumentam as chances de cortes mais agressivos nos juros, que ocasionaram uma queda nos rendimentos dos Treasuries e no enfraquecimento do dólar.

Brasil

Nesta sexta-feira (6), o mercado financeiro local observa o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

IGP-DI sobe 0,12% em agosto, aponta FGV

Para comparação, em agosto de 2023, o IGP-DI havia subido apenas 0,05%, em reflexo a uma queda acumulada de 6,91% nos doze meses anteriores

Questões fiscais

O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou que pode haver novo bloqueio de despesas no próximo relatório orçamentário devido a gastos previdenciários.

Ceron destacou que, embora alguns fatores indiquem uma forte arrecadação em agosto, medidas adicionais podem ser necessárias para atingir a meta de déficit zero.

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB-MS), mencionou cortes na previdência dos militares, com potencial de economia.

Na quinta-feira (5), o Governo Central registrou um déficit de R$ 9,28 bilhões em julho, acima do esperado, com o déficit primário de doze meses a 2,04% do Produto Interno Bruto (PIB).

Sabatina de Gabriel Galípolo

A votação da indicação de Gabriel Galípolo para o comando do Banco Central (BC) foi marcada pelo presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal, Vanderlan Cardoso (PSD-GO), para a manhã de 8 de outubro, após o 1º turno das eleições municipais.

A data coincide com a apreciação do nome pelo plenário, como anunciado pelo presidente da Casa Alta, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

EUA

Nesta sexta-feira (6), o mercado norte-americano acompanha a divulgação do relatório Payroll.

Payroll decepciona: EUA criam 142 mil vagas de emprego em agosto, abaixo do esperado

Em agosto, a economia dos EUA criou 142 mil novos empregos, abaixo da expectativa de 165 mil, apontou o relatório Payroll divulgado pelo Departamento de Trabalho local nesta sexta-feira (6).

ADP e JOLTS

O relatório ADP revelou a criação de 99.000 vagas no setor privado dos EUA em agosto, abaixo das expectativas dos analistas de 141.000 e após o relatório JOLTS também indicar abertura de vagas menor que a esperada.

Europa

Zona do Euro – O Produto Interno Bruto (PIB) da Zona do Euro cresceu 0,2% no segundo trimestre de 2024 em relação ao trimestre anterior, segundo a Eurostat, abaixo da leitura anterior e da previsão de 0,30% dos analistas.

Na comparação anual, o PIB avançou 0,6%, em linha com a estimativa de agosto.

Alemanha – A produção industrial da Alemanha caiu 2,50% em julho ante junho, acima da queda esperada de 0,5%.

Sem a energia e construção, a queda foi de 3,2%, enquanto o setor de construção teve alta de 0,3%.

Em relação ao ano anterior, a produção industrial geral diminuiu 5,30% em julho.