Economia

DÓLAR HOJE - Mercado de trabalho nos EUA e pacote fiscal no Brasil influenciam câmbio, com Focus e FED no radar

Moeda inicia o dia em baixa de 0,2%, cotada a R$ 6,060

Dólar hoje, SpaceMoney
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Nesta segunda-feira (9), o dólar comercial (compra) encerrou em alta de 0,19%, a R$ 6,08.

ATUALIZAÇÕES DE COTAÇÕES DO DÓLAR:

  • -9:18: Dólar comercial (compra): -0,17%, cotado a R$ 6,060

Na sessão anterior…

Na última sexta-feira, 6 de dezembro, o dólar comercial (compra) fechou em alta de 1,00%, cotado a R$ 6,071.

O que influencia o dólar?

No último pregão, o câmbio subiu devido ao relatório de empregos (Payroll) nos EUA, mais forte que o esperado, e às incertezas sobre o pacote fiscal no Brasil.

Nos EUA, o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) do Federal Reserve (FED) se divide entre reduzir os juros em 0,25% ou pausar os cortes, mas o ritmo seria mais lento.

No Brasil, o Comitê de Política Monetária (COPOM) decide sobre a taxa básica de juros Selic na quarta-feira (11), com expectativa de alta para 12,00% ou 12,25%. O comunicado deve ter tom hawkish, em reflexo às preocupações fiscais.

Brasil

Nesta segunda-feira (9), o mercado financeiro local observa as novas projeções do Boletim Focus, do Banco Central (BC), para o IPCA (inflação), PIB (crescimento), Selic (juros) e dólar em 2024, 2025, 2026 e 2027.

Além disso, investidores observam números da balança comercial semanal, divulgada pelo Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviço (MDIC).

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT-SP) reúne-se com Fernando Haddad (PT-SP), da Fazenda, e os demais ministros do governo.

Mercado frustrado

O cenário econômico enfrenta forte tensão devido à desancoragem das expectativas de inflação, à alta do dólar acima de R$ 6 e à frustração com o pacote fiscal.

No Congresso Nacional, existe resistência, especialmente no PT, às mudanças propostas no Benefício de Prestação Continuada (BPC), que visam economizar R$ 2 bilhões anuais.

Técnicos do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tentam negociar apoio, mas enfrentam críticas internas e externas.

O PT aprovou uma resolução em defesa dos gastos sociais, com críticas ao mercado financeiro e acusações de sabotagem econômica.

O líder José Guimarães (PT-CE), deputado federal, reafirmou a posição do presidente da República contra a pressão do mercado financeiro, que projeta alta agressiva da Selic, possivelmente a 15,75%.

Apesar do Produto Interno Bruto (PIB) robusto e da redução do desemprego, a insatisfação dos investidores se reflete no aumento das taxas de juros futuras.

Reforma Tributária

O Senado Federal deve votar o projeto da Reforma Tributária em plenário na próxima quarta-feira (11), após sua aprovação na Comissão de Cidadania e Justiça (CCJ).

O relator, Eduardo Braga (MDB-AM), apresenta o texto à imprensa nesta segunda-feira (9), às 9:00.

EUA

Nesta segunda-feira (9), o mercado norte-americano acompanha a divulgação da expectativas de inflação no novembro, projetadas pelo Federal Reserve (FED).

Oriente Médio

O regime ditador de Bashar al-Assad caiu após a tomada de Damasco pela milícia jihadista Hayat Tahrir al-Sham (HTS). Assad e sua família buscaram asilo na Rússia.

Governante desde os anos 2000, Assad herdou o regime do pai, mas enfrentou crescente oposição. Os EUA classificam o HTS como organização terrorista, liderada por Abu Mohammad al-Jolani.

A queda do regime foi celebrada por líderes ocidentais, como Joe Biden, que prometeu apoio para estabilizar a região. Contudo, o futuro da Síria permanece incerto.

Analistas apontam que a Rússia priorizou a guerra na Ucrânia em detrimento da Síria, o que teria contribuído para a derrocada do regime de Assad.

Ásia

China – A inflação ao consumidor (CPI) subiu 0,2% em novembro, abaixo da previsão de 0,50%, enquanto o índice de preços ao produtor (PPI) caiu 2,5%, acima das expectativas.

Investidores aguardam a reunião do Politburo nesta semana para possíveis anúncios de novas medidas de estímulo econômico na China.

Japão – O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 0,30% na leitura final do terceiro trimestre sobre o segundo trimestre, acima da leitura preliminar, de 0,2%.

Na comparação com um ano antes, o crescimento foi de 1,2%, também acima da estimativa inicial, de 0,90%.