DÓLAR HOJE - Dados de inflação no Brasil e nos EUA e primeiro debate entre Harris e Trump influenciam câmbio

ATUALIZAÇÕES:

• – 17:00: Dólar comercial (compra): +1,31%, cotado a R$ 5,65.
• – 9:19: Dólar comercial (compra): -0,03%, cotado a R$ 5,579.

Na última sessão

Na última segunda-feira, 9 de setembro, o dólar comercial (compra) fechou em queda de 0,15%, cotado a R$ 5,58.

O mercado financeiro espera que o Federal Reserve (FED) corte os juros nos Estados Unidos da América (EUA) em 0,25 ponto percentual nos EUA, enquanto o Banco Central (BC) do Brasil deve aumentar a taxa na mesma proporção.

Esse cenário tem contribuído para a queda do dólar, ao ampliar o diferencial de juros favorável ao Brasil.

Mudanças mais bruscas, como cortes de 0,5 ponto nos EUA ou altas de 0,5 ponto no Brasil, são vistas como exageradas por analistas, em vista o risco fiscal doméstico, as guerras no Oriente Médio e no leste europeu e a eleição presidencial nos EUA.

Operadores mantêm ainda expectativas pelos números da inflação oficial norte-americana, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês), a ser divulgado amanhã (11).

Brasil

Nesta terça-feira (10), o mercado financeiro local observa os números da inflação com a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de agosto, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A inflação do País medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi de -0,02% em agosto, queda de 0,40 ponto percentual (p.p.) em relação ao mês anterior (0,38%), informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (10).

Essa foi a primeira taxa negativa desde junho de 2023, quando o índice registrou queda de 0,08%.

As estimativas para o índice estavam na casa dos 0,01%, o que indicaria uma desaceleração da inflação pelo País, de acordo com a Warren Investimentos.

Por sua vez, o BTG Pactual havia projetado uma alta marginal de 0,04%.

Ambas as variações também representariam uma desaceleração significativa em comparação com a alta de 0,38% registrada em julho.

Além disso, o Instituto Brasileiro de Economia (IBRE), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), divulgou a primeira prévia do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) registrou inflação de 0,18% na primeira prévia de setembro.

Meta fiscal

O Tribunal de Contas da União (TCU) prepara uma nota para alertar o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o risco de descumprir a meta fiscal de déficit zero em 2024, apurou o jornal Folha de S.Paulo.

A incerteza sobre a arrecadação proveniente da negociação de contribuintes derrotados nos julgamentos do Conselho de Administração de Recursos Fiscais (CARF) seria a principal preocupação do órgão, de acordo com o periódico.

A princípio, o governo incluiu no Relatório Bimestral de Receitas e Despesas uma previsão de R$ 37,70 bilhões, mas, até maio, nenhum valor havia sido arrecadado, e a meta de R$ 55 bilhões parece improvável.

Além disso, outras receitas extraordinárias também ficaram abaixo do esperado: o voto de qualidade do CARF arrecadou apenas R$ 83,4 milhões e as transações tributárias R$ 1,96 bilhão, muito abaixo das previsões.

Apesar de expectativas de melhora no segundo semestre, a revisão de gastos com programas governamentais avança lentamente.