Economia

DÓLAR HOJE - Tarifas de Trump e inflação ao consumidor nos EUA influenciam o câmbio

Moeda inicia o dia em queda após a divulgação de dados relativos ao setor de serviços no Brasil

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ATUALIZAÇÕES DA COTAÇÃO DO DÓLAR:

  • – 9:11: Dólar comercial (compra): -0,14%, cotado a R$ 6,037.

Na sessão anterior…

Na última terça-feira, 14 de janeiro, o dólar comercial (compra) fechou em queda de 0,86%, cotado a R$ 6,045.

O que influencia o dólar?

A notícia de uma possível implementação gradual das tarifas de importação pelos Estados Unidos (EUA) trouxe um alívio momentâneo aos mercados globais, especialmente após o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) vir abaixo das expectativas.

Esse contexto, combinado com a ausência de novas pressões negativas no mercado doméstico, reduziu o pessimismo entre os investidores.

Nos Estados Unidos (EUA), a estabilidade dos juros em janeiro parece quase certa, mas a inflação ao consumidor de dezembro, divulgada nesta quarta-feira (15), pode ser um divisor de águas.

Se o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de dezembro vier acima do esperado, o dólar tende a se valorizar globalmente.

Uma inflação mais alta pode levar o Federal Reserve (FED) a adotar uma postura mais restritiva, com a possibilidade de novos aumentos de juros, ou, pelo menos, elimina a perspectiva de cortes em 2025.

Por outro lado, caso o CPI mostre desaceleração, em reforço a uma tendência de inflação melhor controlada, o dólar pode perder força.

O movimento aliviaria as preocupações com um aperto monetário adicional, o que prejudicaria o dólar e beneficiaria moedas de mercados emergentes, como o real.

Brasil

Nesta quarta-feira (15), o mercado financeiro local observa o volume de serviços em novembro medido pela Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Além disso, o Banco Central (BC) informa o fluxo cambial semanal e o Tesouro Nacional divulga as contas do resultado primário do Governo Central em novembro.

Reforma tributária

Na manhã desta quarta-feira (15), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) encontra o ministro Fernando Haddad (PT-SP), da Fazenda, e ministros de outras pastas para definir os vetos da reforma tributária.

De acordo com o ministro Fernando Haddad, os vetos serão técnicos para evitar problemas interpretativos.

Para o político, a proposta passa por avaliação em breve, pois o Ministério da Fazenda já apresentou as sugestões à Advocacia-Geral da União (AGU) e ao Ministério da Casa Civil.

No entanto, a decisão final depende da análise do presidente da República.

O ministro garantiu que os vetos não comprometem a essência da reforma, assim como ocorreu na renegociação das dívidas dos Estados.

Haddad destacou a importância de manter o texto aprovado ainda nesta semana para evitar atrasos no cronograma.

A isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até dois salários mínimos permanece incerta. A medida, prioridade para o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), depende da aprovação do Orçamento de 2025.

Haddad afirmou que a Receita Federal ainda finaliza as simulações sobre a ampliação do limite de isenção para rendas de até R$ 5.000,00. Além do Imposto de Renda (IR), Haddad ressaltou que a reforma da renda inclui outras medidas, com implementação gradual.

Nesse sentido, o ministro descartou a apresentação de um pacote único, ao afirmar que as iniciativas devem se encaminhar à medida que ficarem prontas.

A reforma deve ser sancionada até a próxima quinta-feira (16).

EUA

Nesta quarta-feira (15), o mercado norte-americano observa o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês), referente ao mês de dezembro.

Um número forte pode levar a possibilidades do Federal Reserve (FED) de descartar cortes de juros em 2025 e a considerar novos aumentos, impulsionado pelo recente Payroll.

Em contraste, uma inflação mais contida traria alívio aos mercados, afetados pelo protecionismo tarifário do novo governo do presidente eleito, o republicano Donald Trump, enquanto crescem as expectativas por políticas graduais.

Na terça-feira (14), a esperança de uma postura mais moderada do presidente eleito e a desaceleração do Índice de Preços ao Produtor (PPI) em dezembro ajudaram a estabilizar as taxas de curto prazo dos Treasuries.

No entanto, a cautela prevalece devido à importância do Índice de Preços ao Consumidor no cenário inflacionário.

Além disso, o Federal Reserve (FED) informa o Livro Bege e discursos de dirigentes da autoridade monetária serão monitorados. Thomas Barkin (11:20), Neel Kashkari (12:00), John Williams (13:00) e Austan Goolsbee (14:00) discursarão.

Balanços – BlackRock, Citigroup, Goldman Sachs, JPMorgan e Wells Fargo divulgarão seus números financeiros relativos ao quarto trimestre de 2024.

Europa

Reino Unido – O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) do Reino Unido subiu 2,50% em dezembro de 2024 contra igual mês do ano anterior, informou o Escritório Nacional de Estatísticas (ONS, na sigla em inglês).

O resultado representa uma desaceleração em relação ao aumento de 2,6% registrado no confronto anual de novembro, e contraria a previsão de analistas consultados pela FactSet, de aceleração a 2,70%.

Na leitura mensal, o CPI avançou 0,30% em dezembro ante novembro, aquém do incremento de 0,50% previsto pelos analistas.

Neste caso, o indicador havia subido 0,10% no mês anterior.

O núcleo do CPI, que desconsidera categorias voláteis como alimentos, subiu 0,30% em dezembro contra novembro e 3,2% na base de comparação anual, uma desaceleração em relação aos 3,50% do mês anterior.

As projeções apontavam para alta anual maior, de 3,4%.

As informações são da Agência Estado, ligada ao jornal O Estado de S.Paulo.

Zona do Euro – A produção industrial na região da Zona do Euro subiu 0,2% em novembro ante outubro, de acordo com uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira, 15 de janeiro, pela Eurostat, a agência oficial de estatísticas da União Europeia (UE).

Na comparação anual, a produção do bloco registrou queda de 1,90% em novembro.

A Eurostat também revisou números da produção de outubro, tanto no confronto mensal (de 0,00% para +0,20%) quanto na base de comparação anual (de -1,20% para -1,10%).

As informações são da Agência Estado, ligada ao jornal O Estado de S.Paulo.

Ásia

Coreia do Sul – O Banco Central (BC) da Coreia do Sul divulga sua decisão de política monetária.

Commodities

Petróleo – A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) divulga relatório mensal de petróleo.