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DÓLAR HOJE - Guerra de tarifas e negociações entre Rússia e Ucrânia influenciam câmbio, em semana de Super Quarta

Moeda norte-americana se desvaloriza e atinge cotação de R$ 5,72

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ATUALIZAÇÕES DA COTAÇÃO DO DÓLAR:

  • – 9:06: Dólar comercial (compra): -0,29%, cotado a R$ 5,727.

Na sessão anterior…

Na última sexta-feira (14), o dólar comercial (compra) encerrou em queda de 1,00%, cotado a R$ 5,743.

O que influencia o dólar?

O dólar oscila de acordo com diversos fatores econômicos e políticos, tanto nos Estados Unidos (EUA) quanto no Brasil. Na próxima quarta-feira (19), as decisões de juros dos dois países serão determinantes para o comportamento da moeda.

Nos EUA, o mercado financeiro local precificou a manutenção da taxa de juros.

No entanto, as ameaças tarifárias de Donald Trump aumentam a incerteza, e podem afetar a confiança do consumidor e desacelerar a economia do País.

Caso o Federal Reserve (FED) sinalize preocupação com crescimento e emprego, o dólar pode reagir.

No Brasil, a Selic deve subir 1,00%, a 15,25%, em reforço a atratividade do real.

Apesar disso, fatores como inflação elevada e crescimento da dívida podem limitar a valorização da moeda brasileira.

Se os juros subirem aqui e permanecerem estáveis nos Estados Unidos (EUA), o real tende a se fortalecer, mas o cenário internacional pode influenciar essa dinâmica.

Brasil

Nesta segunda-feira (17), o mercado financeiro local observa as novas projeções do Boletim Focus, relatório semanal produzido pelo Banco Central (BC), com estimativas para IPCA (inflação), PIB (crescimento), Selic (juros) e dólar (câmbio) nos anos de 2025, 2026, 2027 e 2028.

Além disso, a autarquia reporta o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), popularmente conhecido como a prévia do Produto Interno Bruto (PIB), referente a janeiro.

Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) viaja, na próxima semana, ao Japão e ao Vietnã para fortalecer laços econômicos na Ásia, em busca de alternativas à dependência comercial da China e dos Estados Unidos (EUA).

O presidente quer reduzir impactos da guerra comercial iniciada por Donald Trump e evitar conflitos geopolíticos que afetam a economia do Brasil.

Em Tóquio, Lula vai pressionar pela formalização do acordo Japão-Mercosul, estagnado por anos, enquanto o comércio entre Japão e Mercosul somou US$ 14 bilhões em 2023.

Antes da viagem, Lula vai estar presente na cerimônia de posse da nova diretoria da Ordem de Advogados do Brasil (OAB) em Brasília (DF), e, na quarta-feira (19), inaugura a Barragem de Oiticica no Rio Grande do Norte (RN).

EUA

Nesta segunda-feira (17), o mercado norte-americano observa o volume de vendas do setor de varejo em fevereiro, a ser divulgados às 9:30.

Efeitos da guerra comercial

O jornal New York Times alertou que retaliações comerciais podem afetar 8 milhões de trabalhadores norte-americanos, principalmente eleitores de Donald Trump. Canadá, China e Europa adotam tarifas contra setores estratégicos dos Estados Unidos (EUA).

Assim, o impacto da guerra comercial pode prejudicar a economia norte-americana e enfraquecer a estratégia de Donald Trump.

O mercado financeiro reage negativamente, mas o secretário do Tesouro, Scott Bessent, minimiza a turbulência, e chama-a de “correção saudável”.

O governo republicano promete impor tarifas recíprocas globalmente e, depois, negociar novos acordos.

No Brasil, o impacto no setor siderúrgico preocupa, e o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aposta no diálogo antes de retaliações.

Negociações pelo cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia

As negociações entre Rússia e Ucrânia impactam o mercado financeiro global, especialmente o petróleo. Vladmir Putin envia sinais contraditórios, e levanta suspeitas de que tem enrolado o republicano Donald Trump.

Trump e Putin devem conversar nesta semana sobre um possível acordo de paz. Putin exige que a Ucrânia abandone a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e reconheça sua soberania russa, algo improvável.

O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, reuniu vinte e cinco líderes para pressionar por um acordo justo. O britânico e Emmanuel Macron, presidente da França, buscam garantir segurança à Ucrânia após Donald Trump iniciar negociações diretas com a Rússia, o que alarmou toda a Europa.