Câmbio

DÓLAR HOJE - Ata do FED, rumo dos juros nos EUA, tarifas de Trump e negociações entre Rússia e Ucrânia influenciam o câmbio

Na última terça-feira (18), o dólar comercial (compra) fechou em queda de 0,4%, cotado a R$ 5,668

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ATUALIZAÇÕES DA COTAÇÃO DO DÓLAR:

  • Fechamento: Dólar comercial (compra): +0,66%, cotado a R$ 5,726.
  • – 9:21: Dólar comercial (compra): +0,18%, cotado a R$ 5,699.

No último pregão…

Na última terça-feira (18), o dólar comercial (compra) fechou em queda de 0,4%, cotado a R$ 5,668.

O que influencia o dólar?

Na última terça-feira (18), a declaração da presidente do Federal Reserve (FED) de São Francisco, Mary Daly, que indicou uma redução gradual dos juros para evitar prejuízos ao mercado de trabalho e ao crescimento, reforçou a cautela da instituição.

Essa sinalização sobre a economia norte-americana impacta diretamente o câmbio. Como os juros mais altos mantêm o dólar valorizado, uma queda lenta reduz a pressão para desvalorização da moeda.

Além disso, incertezas geopolíticas afetam a cotação da moeda. O adiamento da viagem de Volodymyr Zelenskiy à Arábia Saudita compromete os avanços na negociação entre Rússia e Ucrânia, e aumenta a aversão ao risco.

O movimento pode fortalecer o dólar, uma vez que investidores buscam ativos seguros em momentos de instabilidade.

E, ainda, a política comercial dos Estados Unidos (EUA) compõe a equação.

A ameaça de tarifas norte-americanas sobre produtos chineses e as críticas da China na Organização Mundial do Comércio (OMC) elevam o temor de um impacto negativo no comércio global. Nesse sentido, se o mercado enxergar um risco de recessão mundial, a busca por segurança pode valorizar o dólar.

Brasil

Nesta quarta-feira (19), o mercado financeiro local observa a segunda leitura do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) de fevereiro, divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Além disso, o Banco Central (BC) informa o fluxo cambial semanal.

Bolsonaro, generais, ex-assessores e ex-chefe da Marinha são denunciados pela PGR por tentativa de golpe de Estado

A denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) Braga Netto por tentativa de golpe domina o noticiário político e deve impor forte impacto em Brasília (DF) e no Congresso Nacional.

Após três meses de análise, o procurador-geral Paulo Gonet concluiu que Jair Bolsonaro não apenas conhecia a trama golpista, mas também liderou as articulações para executá-la nas eleições de 2022.

A PGR aponta o ex-presidente como líder de uma organização criminosa baseada em um projeto autoritário, com forte influência de setores militares, inclusive do general e candidato a vice-presidente em 2022, Walter Braga Netto.

De acordo com a denúncia, Bolsonaro e Braga Netto estimularam e realizaram atos contra a independência dos poderes e o Estado de Direito democrático.

Seis crimes foram atribuídos a Jair Bolsonaro e 33 aliados, como golpe de Estado e organização criminosa, com penas que podem ultrapassar 28 anos de prisão.

Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu a denúncia, e os ministros da Primeira Turma devem decidir se existem provas suficientes para abrir uma ação penal. Alexandre de Moraes relata o caso.

Gonet destaca que Jair Bolsonaro reuniu comandantes das Forças Armadas em 14 de dezembro de 2022 para preparar o golpe, que fracassou por falta de apoio militar.

“Plano de fuga”

Horas após a denúncia da PGR, Bolsonaro reuniu deputados do PL para pressionar a votação da Anistia aos condenados do 8 de Janeiro, que pode beneficiá-lo, informou o jornal O Estado de S.Paulo.

Aliados calculam que a aprovação exige apoio de 80% das bancadas do Republicanos, União Brasil e PSD, e pressionam Hugo Motta (Republicanos – PB), presidente da Câmara dos Deputados, a pautar o projeto.

O ex-presidente busca apoio no Senado Federal, onde almoçou com parlamentares. Enquanto isso, aliados criticam a denúncia e os mais radicais falam em “plano de fuga”.

EUA

Nesta quarta-feira (19), o mercado norte-americano observa a ata da última reunião do Federal Reserve (FED) para definir a taxa de juros do país.

Além disso, monitora o vice-presidente do Fed, Philip Jefferson discursar.

Tarifas de Donald Trump

O presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, afirmou que novas tarifas sobre automóveis e produtos farmacêuticos serão “provavelmente 25%” e devem ser anunciadas nas próximas semanas.

Nesse sentido, em Mar-a-Lago, prometeu divulgar em breve o retorno de empresas automobilísticas e de chips para os EUA.

Enquanto isso, sobre a Ucrânia, Trump disse estar confiante na resolução do conflito e afirmou ter boas conversas com russos e ucranianos. “Acredito que posso acabar com essa guerra.