
ATUALIZAÇÕES DA COTAÇÃO DO DÓLAR:
- Fechamento: Dólar comercial (compra) encerra em alta de 0,50%, cotado a R$ 5,676.
- – 9:14: Dólar comercial (compra): +0,13%, cotado a R$ 5,653.
Na sessão anterior…
Na última quarta-feira (19), o dólar comercial (compra) encerrou em queda de 0,43%, cotado a R$ 5,647.
O que influencia o dólar?
Com a taxa básica de juros Selic elevada para 14,25% e os juros nos Estados Unidos (EUA) mantidos entre o intervalo de 4,25% e 4,50%, o diferencial aumentou e tornou o Brasil mais atrativo para capital estrangeiro, o que influencia diretamente na valorização do real frente ao dólar.
Além disso, o Federal Reserve (FED) indicou apenas dois cortes de 0,25% em 2025 – o que reforça a ideia de que os juros nos Estados Unidos (EUA) devem permanecer elevados por um tempo.
A sinalização reduz apostas em uma forte desvalorização do dólar globalmente, mas, no caso do Brasil, o diferencial de juros segue favorável ao real.
Outro fator positivo foi a recuperação de R$ 59,90 bilhões em dívida ativa pelo governo do Brasil. Esse montante pode contribuir para um quadro fiscal mais sólido, o que fortalece ainda mais a confiança dos investidores no País.
Por outro lado, a decisão do Comitê de Politica Monetária (COPOM) de aumentar a taxa básica de juros Selic por unanimidade e sinalizar um aperto menor na próxima reunião indica que o fim do ciclo de alta pode estar próximo.
Isso pode reduzir, a longo prazo, a atratividade do real frente ao dólar caso os juros brasileiros comecem a cair antes do esperado.
Brasil
Nesta quinta-feira (20), o mercado financeiro local monitora a 2ª leitura prévia do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT-SP), concede entrevista ao programa “Bom dia, Ministro”, às 8:00, e às 16:30, ao GloboNews Mais.
Selic a 14,25%
O Comitê de Política Monetária (COPOM), do Banco Central (BC), confirmou o aumento de 100bps da Selic para 14,25% e ajustou o forward guidance, ao indicar um aperto menor na próxima reunião e proximidade do fim do ciclo.
O mercado financeiro local inicialmente projeta uma alta de 0,50 p.p. em maio, o que levaria a Selic para 14,75%. Alguns economistas veem esse como o último ajuste, enquanto outros preveem novas altas em junho.
O comunicado reafirma o compromisso com a convergência da inflação à meta, e a Selic de 15% começa a ser consenso, o que alinharia-se à mediana das estimativas.
O texto do COPOM justifica bem a alta de 1,00 p.p., mas atribui a desaceleração ao início da moderação econômica e aos efeitos defasados da política monetária, com o juro no maior nível desde o governo da ex-presidente Dilma Rousseff.
Apesar dos sinais de esfriamento da atividade no quarto trimestre, o COPOM ainda não incluiu esse fator no balanço de riscos, embora o mercado o considere relevante.
O BC não mencionou a recente valorização do real, mas a queda do dólar para R$ 5,64 pode ter influenciado a projeção de inflação para 2026, reduzida de 4,00% para 3,90%.
O cenário externo desafiador, impactado pela política comercial dos Estados Unidos (EUA), segue como risco baixista pois pode desencadear uma recessão global e afetar economias emergentes.
O COPOM avalia que a desancoragem das expectativas de inflação, a resiliência da atividade e as pressões no mercado de trabalho exigem uma política monetária mais restritiva.
Embora o cenário não seja benigno, a condução da primeira reunião independente de Gabriel Galípolo pode reforçar a confiança do mercado na nova gestão do Banco Central (BC).
Orçamento de 2025
O senador Angelo Coronel (PSD-BA) apresentou seu parecer sobre o Orçamento de 2025 na Comissão Mista de Orçamento, com votação prevista para esta quinta-feira (20).
Uma sessão conjunta do Congresso Nacional foi convocada para as 15:00, e o texto pode ir ao Plenário ainda na tarde desta quinta-feira (20).
Coronel afirmou que a demora na aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA) beneficiou o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) porque permitiu ajustes até o último momento.
O Orçamento de 2025 avançou após a aprovação da nova regra para emendas parlamentares e da revalidação de recursos desde 2019, inclusive verbas do Orçamento Secreto.
EUA
Nesta quinta-feira (20), o mercado norte-americano observa o volume de pedidos semanais de auxílio-desemprego.
Juros do FED
Essa postura da autarquia impulsionou bolsas e dólar, enquanto os juros dos Treasuries caíram com a redução no resgate de títulos.
Jerome Powell, presidente do FED, justificou a desaceleração do balanço patrimonial devido às incertezas das tarifas comerciais do governo de Donald Trump e admitiu que elas podem prolongar a queda da inflação.
Ele reconheceu a surpresa com a inflação de bens, mas afirmou que as expectativas de longo prazo seguem ancoradas e sugeriu um impacto transitório.
O FED reiterou que não tem pressa para cortar juros e reduziu de três para dois os cortes projetados para este ano, conforme indicado no gráfico de pontos.
As projeções trimestrais elevaram a mediana do núcleo do índice de preços de gastos com consumo pessoal (PCE) para 2,80% no fim do ano e reduziram a estimativa do Produto Interno Bruto (PIB) para 1,70% em 2025.
Powell disse que o risco de recessão nos EUA aumentou levemente, mas segue em níveis moderados. O líder da autoridade monetária destacou a importância de distinguir sinais de ruídos no cenário econômico.
Europa
Reino Unido – Às 9:00, o Banco da Inglaterra (BoE) anunciou sua decisão de política monetária.
As taxas foram mantidas inalteradas em 4,50%, conforme o esperado, com oito votos contra um. Dhingra votou por um corte de taxa de 0,25 p.p.
A autoridade monetária mantém a orientação de ser necessária uma abordagem gradual e cuidadosa para remover a contenção de política.
Ásia
Na Ásia, os principais índices de ações fecharam sem direção única nesta quinta-feira (20).
China – O Banco do Povo da China (PBoC) manteve as taxas de juros (LPR) de 1 ano em 3,10% e de 5 anos em 3,60%.