Economia

DÓLAR HOJE - Relatório de receitas e despesas no Brasil, juros no Japão e dados pela Europa influenciam câmbio

Na última quinta-feira, 19 de setembro, o dólar comercial (compra) fechou em queda de 0,70%, cotado a R$ 5,424

Mulher conta notas de dólar norte-americano em Yangon, Mianmar. 23/05/2013 REUTERS/Soe Zeya Tun
Mulher conta notas de dólar norte-americano em Yangon, Mianmar. 23/05/2013 REUTERS/Soe Zeya Tun

ATUALIZAÇÕES:

  • – 17:00: Dólar comercial (compra): +1,78%, cotado a R$ 5,52.
  • – 9:13: Dólar comercial (compra): +0,01%, cotado a R$ 5,424.

Na última sessão

Na última quinta-feira, 19 de setembro, o dólar comercial (compra) fechou em queda de 0,70%, cotado a R$ 5,424.

A decisão dos Estados Unidos em cortar os juros em 0,50%, uma magnitude maior do que a esperada, valorizou o real. O dólar perdeu valor frente a várias moedas.

No Brasil, o aumento da taxa básica de juros Selic em 0,25%, para 10,75% ao ano, foi unânime e favoreceu o carry trade, e, por isso, a moeda brasileira se fortaleceu.

Com a taxa de juros dos EUA agora entre 4,75% e 5,00%, o diferencial de juros ajudou o real.

No entanto, a valorização da moeda brasileira fora limitada por riscos geopolíticos, como o conflito entre Rússia e Ucrânia, tensões no Oriente Médio, eleições presidenciais nos EUA e o risco fiscal no Brasil.

Brasil

Nesta sexta-feira (20), o mercado financeiro local observa o quarto Relatório Bimestral de Receitas e Despesas do Governo Federal.

O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou que o relatório consolida o cumprimento da meta fiscal, embora perto do limite inferior de tolerância.

Ele não detalhou como as frustrações com receitas do Conselho de Administração de Recursos Fiscais (CARF) serão cobertas e jogou essa responsabilidade para a equipe econômica.

Ceron descartou uma pressão relevante de despesas obrigatórias e indicou que o bloqueio orçamentário não deve ultrapassar R$ 5 bilhões.

O relatório inclui a compensação da desoneração da folha de pagamentos para dezessete setores da economia e pequenos municípios com até 156.000 habitantes e uma revisão do Produto Interno Bruto (PIB) para 3,2%.

EUA

Nesta sexta-feira (20), a agenda de indicadores está esvaziada, mas o mercado norte-americano observa o dirigente do Federal Reserve (FED), Patrick Harker, discursar em evento às 15:00.

Europa

Alemanha – O índice de preços ao produtor (PPI) da Alemanha caiu 0,8% em agosto em relação ao mesmo mês de 2022, conforme divulgado pelo Destatis nesta sexta-feira (20).

Em julho, o PPI também registrou queda anual de 0,8%.

Analistas da FactSet previam uma deflação de 0,70% para agosto.

Na comparação mensal, o PPI subiu 0,2% em agosto – o mesmo aumento de julho, superando a expectativa de estabilidade dos preços.

Reino Unido – As vendas no varejo do Reino Unido cresceram 1% em agosto em comparação a julho, segundo o ONS.

O resultado superou a expectativa de alta de 0,4% prevista por analistas da FactSet. Em relação ao ano anterior, as vendas subiram 2,50%, também acima da previsão de 1,30%.

Ásia

Japão – O Banco do Japão (BoJ) manteve a taxa básica de juros em 0,25% nesta sexta-feira (20), enquanto avalia o impacto das altas anteriores em março e julho.

A decisão já era esperada, mas analistas preveem novos aumentos nos próximos meses, à medida que a economia se estabilize.

O presidente do BoJ, Kazuo Ueda, indicou que os juros podem subir novamente se a economia e os preços seguirem dentro das projeções.

O BoJ também manteve sua avaliação de que a economia japonesa se recupera moderadamente, mas ressaltou a necessidade de monitorar o impacto do câmbio e dos movimentos de mercado.