ATUALIZAÇÕES:
- – 17:00: Dólar comercial (compra): +0,25%, cotado a R$ 5,534.
- – 9:08: Dólar comercial (compra): +1,06%, cotado a R$ 5,579.
Na última sessão
Na última sexta-feira, 20 de setembro, o dólar comercial (compra) fechou em alta de 1,78%, cotado a R$ 5,52.
Os ministérios da Fazenda e do Planejamento e Orçamento apresentaram o Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas do 4º Bimestre, o que influenciou as negociações por aqui.
Entre os destaques, os benefícios previdenciários para 2024 aumentaram em R$ 8,336 bilhões, enquanto as receitas com dividendos de estatais subiram a R$ 10 bilhões.
O governo reduziu a previsão de déficit primário para R$ 28,30 bilhões, e atribui a melhoria fiscal a novas legislações e antecipação de dividendos.
Além disso, a queda nas commodities na sexta-feira beneficiou o dólar, com a preocupação centrada na deterioração das perspectivas econômicas da China.
Por fim, investidores em todo o mundo acompanham a escalada da guerra no Oriente Médio, o que tem aumentado temores na economia.
Brasil
Nesta segunda-feira (23), o mercado financeiro local observa as novas projeções do Boletim Focus, do Banco Central (BC), para câmbio (dólar), crescimento (PIB), inflação (IPCA) e juros (Selic) para os anos de 2024, 2025, 2026 e 2027.
Além disso, às 11:00, o Ministério do Planejamento e Orçamento, de Simone Tebet (MDB-MS), realiza uma coletiva de imprensa sobre o Relatório Bimestral de Receitas e Despesas.
Relatório Bimestral de Receitas e Despesas
O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enfrentou críticas pela tímida redução de R$ 2,10 bilhões nos gastos, considerada insuficiente por economistas, que esperavam cortes entre R$ 5,0 bilhões e R$ 10,0 bilhões.
O contingenciamento de R$ 3,80 bilhões feito em julho foi revertido e resultou em um afrouxamento de R$ 1,70 bilhão no esforço fiscal para 2024.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT-SP), destacou uma melhora na arrecadação e uma diminuição no déficit projetado para 2024.
A reação negativa do mercado financeiro indicou desconfiança quanto à gestão fiscal.
Nesse sentido, o governo espera arrecadar R$ 33,740 bilhões até o final do ano, mas o uso de fundos públicos para aumentar gastos tem gerado preocupações sobre a sustentabilidade fiscal.
Auxílio-gás
O governo vai modificar o projeto de lei (PL) para ampliar o auxílio-gás, devido aos altos custos previstos para o programa, que atualmente soma R$ 3,4 bilhões e pode chegar a R$ 13,6 bilhões em 2026.
O colunista do jornal O Globo, Lauro Jardim, informou que o ministro Fernando Haddad convenceu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que manter o modelo atual teria consequências desastrosas para o Orçamento.
Com isso, recebeu autorização para buscar uma solução para ajustar a proposta.
Nova alta na Selic?
O mercado financeiro pressiona o Banco Central (BC) a aumentar a taxa básica de juros Selic em novembro, após a revisão do hiato do produto para um cenário positivo e a avaliação de riscos de inflação assimétricos para cima.
O comunicado do Comitê de Política Monetária (COPOM) destacou que o ritmo e a magnitude do ajuste dependerão da dinâmica da inflação, mas não especificou quais componentes influenciarão essa decisão.
Dessa forma, a próxima reunião vai ser crucial para entender se a autoridade monetária pode priorizar ou não o aquecimento da atividade econômica, que pressiona a inflação, ou a desvalorização do dólar.
Brasil na ONU
Como tradição, o Brasil vai ser o primeiro país a discursar na 79ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro Fernando Haddad presentes.
Haddad expressou otimismo, ao afirmar que espera que o Brasil avance em seu rating pelas agências de classificação de risco até 2025, e, assim, com retorno ao grau de investimento.
O país está a dois níveis de recuperar o selo de bom pagador das agências de classificação de risco Fitch Ratings, Moody’s e S&P Global.
Assim, a viagem de Haddad aos Estados Unidos da América (EUA) foi considerada relevante, especialmente após o corte de juros pelo Federal Reserve (FED), que torna o Brasil mais atrativo para fluxos externos e permite que o ministro apresente um cenário macroeconômico positivo.
EUA
Nesta segunda-feira (23), o mercado norte-americano acompanha a divulgação do Índice de Gerente de Compras (PMI, na sigla em inglês) Composto de setembro, em fase preliminar.
Europa
Zona do Euro – O índice de gerentes de compras (PMI) composto da zona do euro caiu de 51,00 em agosto para 48,90 pontos em setembro, o menor nível em oito meses, segundo dados preliminares da S&P Global.
O resultado ficou abaixo da expectativa de 50,60 pontos dos analistas do The Wall Street Journal, o que indica uma contração na atividade econômica da região.
Além disso, o PMI industrial também recuou, de 45,80 para 44,80 – o menor patamar em nove meses, enquanto o PMI de serviços caiu de 52,90 para 50,50, o menor em sete meses, mas ainda indica expansão, já que permanece acima de 50.