ATUALIZAÇÕES DO DÓLAR:
- 17:00: Dólar comercial (compra): -0,10%, cotado a R$ 5,912.
- 09:28: Dólar comercial (compra): +0,53%, cotado a R$ 5,949.
Na sessão anterior…
Na última sexta-feira, 24 de janeiro, o dólar comercial (compra) fechou em queda de 0,13%, cotado a R$ 5,917.
O que influencia o dólar?
A possibilidade de Donald Trump adotar uma postura mais moderada em relação à China diminuiu tensões geopolíticas e acalmou o mercado, reduzindo a pressão sobre o dólar.
No contexto doméstico, o recesso do Congresso e a ausência de avanços fiscais reduzem o fluxo de notícias relevantes, o que limita a volatilidade cambial.
Contudo, a trajetória do dólar, nesta semana, dependerá da política de tarifas nos EUA e da decisão da taxa de juros do Brasil.
Na “Super Quarta” (29), haverá decisões de juros nos EUA e no Brasil. No cenário americano, a manutenção da taxa de juros pelo Federal Reserve (FED) no intervalo de 4,25%-4,5% é amplamente esperada.
O mercado observará atentamente o comunicado pós-reunião para captar sinais sobre futuras movimentações, o que pode impactar o apetite global por ativos em dólares.
Já no Brasil, o mercado antecipa um aumento de 1 ponto percentual na Selic, alcançando 13,25%, sob o comando de Gabriel Galípolo no Banco Central (BC).
Nesse sentido, taxas mais altas tendem a atrair investimentos estrangeiros em renda fixa, o que valoriza o real e pressionando o dólar para baixo.
No entanto, essa dinâmica depende da percepção sobre o compromisso do governo com o controle fiscal.
Brasil
Nesta segunda-feira (27), o mercado financeiro local observa as novas projeções do Boletim Focus, do Banco Central (BC), para o IPCA (inflação), PIB (crescimento), Selic (juros) e dólar em 2025, 2026, 2027 e 2028.
Além disso, o Banco Central informa dados de crédito em dezembro de 2024.
Do lado dos eventos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reúne com a presidente da Petrobras (PETR4), Magda Chambriard, às 15:00.
Semana com Selic
Nesta semana, Gabriel Galípolo assume o comando do Comitê de Política Monetária (Copom), com primeira reunião na superquarta (29) para definir o destino da política monetária do Brasil.
O mercado espera que haja uma nova alta de 1 ponto percentual na taxa básica de juros Selic, chegando a 13,25%.
Investidores questionam se o Banco Central (BC) fornecerá orientações para maio, considerando pressões fiscais, inflação desancorada e a crise alimentar em curso.
Lula prometeu reduzir o preço dos alimentos. Ele responsabilizou o dólar, mudanças climáticas e aumento da demanda pela alta dos preços.
O presidente afirmou que se reunirá com atacadistas, produtores e supermercados para garantir alimentos mais baratos para a população.
Na sexta-feira (24), o governo anunciou a possibilidade de reduzir alíquotas de importação para produtos mais baratos no exterior, como milho.
Apesar disso, o mercado financeiro reagiu negativamente, considerando a medida uma interferência ineficaz contra a inflação.
Economistas avaliam que o impacto fiscal é pequeno, mas a estratégia prejudica expectativas e pode ser repetida para melhorar a popularidade de Lula.
A alta dos alimentos reflete câmbio depreciado e demanda aquecida. Resolver questões fiscais ajudaria a controlar expectativas e inflação.
Outra proposta em estudo reformula o Programa de Alimentação do Trabalhador, com foco em reduzir custos e oferecer um cartão de débito da Caixa.
Pacote fiscal
O Ministério da Fazenda negou, no último domingo (26), que Fernando Haddad anunciará cortes de gastos nos próximos dias.
A declaração da Pasta surge após uma matéria de Lauro Jardim, colunista do O Globo, afirma sobre propostas econômicas para Lula.
Entre as medidas estudadas, estariam revisão em programas sociais, como o Bolsa Família, e ajustes nos benefícios dos militares, incluindo mudanças na aposentadoria.
EUA
Nesta segunda-feira (27), o mercado norte-americano monitora o índice de atividade nacional de dezembro, a ser informado pelo Federal Reserve (FED).
Trump x México
O México bloqueou o pouso de avião militar dos Estados Unidos (EUA) para deportações, intensificando tensões antes da ameaça de tarifas de 25% por Donald Trump em 1º de fevereiro.
A Colômbia também recusou voos com deportados e enfrentou retaliação imediata dos EUA.
Após Trump retaliar a Colômbia, o embaixador chinês nos EUA, Zhu Jingyang, esclareceu nas redes sociais que sua entrevista ao El Tiempo era antiga.
Zhu enfatizou que a China não busca substituir os EUA e destacou a importância de cooperação entre as duas potências diante de desafios globais.
O gesto sinaliza uma disposição da China para melhorar relações com os EUA, reforçando sua intenção de evitar confrontos.
Ásia
China – O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto da China caiu de 52,2 para 50,2 em janeiro, indicando expansão econômica mais lenta.
O PMI industrial recuou para 49,1, entrando em contração e abaixo das expectativas. O PMI de serviços caiu para 50,3, superando previsões.