
ATUALIZAÇÕES DA COTAÇÃO DO DÓLAR:
- – 9:21: Dólar comercial (compra): -0,14%, cotado a R$ 5,683.
Na sessão anterior…
Na última quinta-feira (24), o dólar comercial (compra) fechou em queda de 0,47%, cotado a R$ 5,691.
O que influencia o dólar?
A perspectiva de que o Federal Reserve (FED) possa cortar os juros dos Estados Unidos (EUA) em junho tem afetado os mercados.
No último pregão, essa expectativa puxou para baixo os rendimentos dos títulos do Tesouro norte-americano (Treasuries), o que reduz a atratividade relativa do dólar como investimento.
Essa visão foi adotada pelo mercado financeiro após o dirigente do FED, Christopher Waller, sinalizar que a guerra comercial do republicano Donald Trump pode levar a um aumento do desemprego, o que abriria espaço para cortes antecipados de juros.
Se isso se confirmar, o diferencial de juros entre os EUA e o Brasil tenderia a aumentar ainda mais em favor do real, o que, por sua vez, estimula o apetite ao risco e fortalece a moeda brasileira frente ao dólar.
Ao mesmo tempo, o cenário comercial tem sido marcado por incertezas, especialmente com as declarações contraditórias de Trump sobre os acordos tarifários com a China.
Isso mantém os mercados em estado de atenção, uma vez que qualquer mudança na percepção de risco global pode levar a movimentos bruscos no câmbio.
Cenários no Brasil
No Brasil, o Banco Central (BC) também tem se manifestado. Diogo Guillen, diretor de Política Econômica, comentou que a desaceleração da economia brasileira seria um instrumento importante para trazer a inflação de volta à meta.
Ele destacou ainda que a discussão sobre tarifas internacionais pode, de alguma forma, até beneficiar o Brasil, a depender do desdobramento.
Já Paulo Picchetti, diretor de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos do BC, reconheceu que está difícil traçar uma tendência clara para a economia no curto prazo.
A taxa básica de juros Selic está em 14,25% ao ano (a.a.), e o mercado financeiro local trabalha com a expectativa de, no máximo, uma alta residual de 0,5 ponto percentual em maio.
Brasil
Nesta sexta-feira (25), o mercado financeiro local observa a prévia da inflação, com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) de abril, a ser divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Analistas acertaram a previsão de que, após atingir 0,64% em março, o indicador deve desaceleraria para 0,43%. Com isso, a inflação em 12 meses atingiu 5,49%.
Além do IPCA-15, também existe a expectativa de divulgação da arrecadação federal de janeiro pela Receita Federal, após R$ 261,30 bilhões arrecadados em dezembro.
EUA
Nesta sexta-feira (25), o mercado norte-americano monitora o Sentimento do Consumidor, com índice mensurado pela Universidade de Michigan.
Trump x China
Após ser desmentido pela China, Donald Trump voltou à rede Truth Social para atacar o país e sugeriu que a Boeing dê um calote nos chineses que recusarem aviões prontos.
As declarações do republicano acontecem depois que o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Guo Jiakun, afirmou que não existem negociações em andamento com os EUA.
O Ministério do Comércio reiterou a negativa e classificou como infundadas as alegações de progresso nas conversas comerciais.
Trump havia afirmado dias antes que avançava em um acordo comercial com a segunda maior economia do mundo.
Trump x Rússia
Em post na Truth Social, Trump criticou ataques russos a Kiev, classificou-os como desnecessários e pediu ao russo Vladimir Putin que pare. O presidente norte-americano alega que 5 mil soldados morrem por semana. Ele apelou por um acordo de paz imediato.
Segundo a Bloomberg, os EUA exigirão que a Rússia aceite o direito da Ucrânia de manter seu próprio exército e indústria de defesa, em rejeição à proposta de desmilitarização defendida por Putin.
O governo Trump também quer que a usina de Zaporizhzhia seja devolvida à Ucrânia, com controle norte-americano, e que a Rússia entregue territórios ocupados na região de Kharkiv. Sem acordo, Trump ameaça abandonar as negociações.