Economia

DÓLAR HOJE - Boletim Focus, Gabriel Galípolo e expectativas para dados de inflação nos EUA influenciam câmbio

O dólar voltou a subir diante do real, após a baixa de sexta-feira (23)

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ATUALIZAÇÕES:

  • – 17:06: Dólar comercial (compra): +0,23%, cotado a R$ 5,492.
  • – 09:22: Dólar comercial (compra): -1,97% cotado a R$ 5,480.

Na sessão anterior

Na última sexta-feira, 23 de agosto, o dólar comercial (compra) fechou em queda de 1,97%, cotado a R$ 5,479.

O discurso de Jerome Powell em Jackson Hole derrubou o dólar e reforçou a expectativa de corte de juros em setembro nos EUA, algo já previsto pelo mercado.

No Brasil, as falas de Campos Neto e Gabriel Galípolo fortaleceram o real e aumentaram a possibilidade de alta dos juros.

Internamente, as preocupações permanecem com as declarações de Lula sobre gastos e as questões fiscais e tributárias.

Brasil

Nesta segunda-feira (26), o mercado financeiro local observa as projeções do Boletim Focus, do Banco Central (BC), para o IPCA (inflação), PIB (crescimento), Selic (juros) e câmbio (dólar) até 2027.

Transações correntes de julho também será divulgada pelo BC, assim como a balança comercial da semana pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviço (MDIC).

Além disso, investidores também divide seus olhares para a participação do dirigente do BC, Gabriel Galípolo, no Tribunal de Contas de Teresina.

O provável sucessor de Campos Neto poderá mudar o assunto ou, pelo menos, colocar na mesa outras opções para o BC, que não seja subir a Selic, especialmente diante das perspectivas mais favoráveis para os juros americanos.

EUA

Nesta segunda-feira (26), o mercado norte-americano a agenda de indicadores econômicos está esvaziada.

Com a certeza de que o Federal Reserve (Fed), banco central dos EUA, fará um pivô dovish em setembro, investidores permanecem focados na velocidade e extensão dos cortes de juros por lá.

Jerome Powell afirmou que o mercado de trabalho esfriou, reduzindo pressões inflacionárias, e descartou a recessão, destacando que o aumento do desemprego é devido ao crescimento na oferta de trabalhadores e desaceleração das contratações.

Outros membros do Fed, como Goolsbee e Harker, reforçaram o otimismo, prevendo múltiplos cortes de juros em 2024 e 2025, começando com 25 pontos-base, mas sem comprometer o ritmo exato.

Ainda nesta semana…

Terça-feira (27): o mercado brasileiro aguarda indicadores como o Índice de Preços ao Consumidos Amplo – 15 (IPCA-15).

No exterior, saem dados do PIB da Alemanha e a Confiança do Consumidor (CPI) nos EUA.

Quarta-feira (28): a agenda econômica é mais tranquila, com destaque para a sondagem da indústria, o Relatório Mensal da Dívida Pública do Tesouro e os dados de Fluxo Cambial do Banco Central (BC) no Brasil.

Quinta-feira (29): a Brasil divulga o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), a sondagem do comércio e serviços de agosto, a nota do BC sobre política monetária e o resultado primário do Governo Central.

Nos EUA, saem o PIB do segundo trimestre e os pedidos de auxílio-desemprego, enquanto na Alemanha, o foco é o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) de agosto.

Sexta-feira (30): o BC publica uma nota sobre a política fiscal e o IBGE o PNAD Contínua.

No exterior, destaque para a taxa de desemprego na Alemanha e Zona do Euro, CPI de agosto na Zona do Euro, e dados de gastos e rendimentos pessoais nos EUA.

A China divulga o PMI Composto de julho e o México, o orçamento de junho.