Economia

DÓLAR HOJE - Dados de inflação no Brasil e confiança do consumidor nos EUA influenciaram câmbio

A moeda norte-americana registrou uma cotação máxima de R$ 5,51 e mínima de R$ 5,47, e avançou mesmo com uma prévia da inflação oficial do Brasil em linha com o esperado

Dólar
- Marcello Casal Jr/Agência Brasil

ATUALIZAÇÕES:

  • – 17:00: Dólar comercial (compra): +0,20%, cotado a R$ 5,502
  • – 9:21: Dólar comercial (compra): +0,25%, cotado a R$ 5,505.

Na sessão

A moeda norte-americana registrou uma cotação máxima de R$ 5,51 e mínima de R$ 5,47, e avançou mesmo com uma prévia da inflação oficial do Brasil em linha com o esperado.

O desempenho do dólar foi na contramão de outras divisas no exterior. O indicador DXY, que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, recuou 0,30%.

Na sessão anterior

No Brasil, os rumores sobre um possível aumento da taxa básica de juros Selic em setembro, após Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária e virtual sucessor de Roberto Campos Neto (RCN) na presidência do Banco Central (BC), sugerir que “todas as alternativas estão na mesa” tem influenciado as negociações.

De acordo com o relatório semanal divulgado pelo Banco Central (BC), com base em uma mediana das projeções de economistas consultados pela autarquia, a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve encerrar o ano de 2024 em 4,25%.

Para a taxa básica de juros Selica projeção se manteve em 10,50% para 2024 e foi reiterada em 10,00% para 2025. Já as estimativas para 2026 subiram, de 9,00% para 9,50%.

Nos EUAo presidente do Federal Reserve (Fed), o Banco Central norte-americano, Jerome Powell, confirmou o corte de juros da autoridade monetária para o mês de setembro.

Investidores questionam a magnitude da redução, se em 0,50 p.p. ou 0,25 p.p., enquanto a desaceleração da inflação nos EUA influencia o dólar abaixo de R$ 5,50.

Além disso, a volatilidade cambial pode aumentar com a aproximação da eleição presidencial nos EUA e os conflitos no Oriente Médio, que impulsionam a aversão ao risco.

Brasil

A prévia da inflação de agosto ficou em 0,19 p.p., após taxa de 0,30% registrada em julho.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado nesta terça-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta que a maior variação (0,83 p.p.) e o maior impacto (0,17 p.p.) vieram do grupo Transportes.

Na sequência, destacam-se os grupos Educação (0,75% e 0,05 p.p.) e Artigos de residência (0,71% e 0,03 p.p.).

Nos últimos doze meses, a variação do IPCA-15 foi de 4,35%, abaixo dos 4,45% observados nos doze meses imediatamente anteriores.

Confira o que o BTG Pactual e a Warren Investimentos projetavam para os números do índice.

Troca na presidência do Banco Central

Ministros da área econômica querem que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anuncie Gabriel Galípolo como substituto de Roberto Campos Neto no Banco Central ainda nesta semana.

Dessa forma, o presidente permitiria que o diretor de Política Monetaria fosse sabatinado no Senado Federal na próxima semana, a última sessão presencial antes das eleições.

Galípolo, que estava no Piauí (PI), retornou antecipadamente a Brasília (DF) a pedido do petista, de prontidão para uma possível oficialização de sua indicação.

Desafio para o cumprimento das metas fiscais

O governo federal deve elevar a alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), e, com isso, gerar R$ 15 bilhões em receitas para a União em 2025. Técnicos calcularam a estimativa.

Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou que o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai enviar um projeto de lei (PL) para elevar a tributação sobre juros sobre o capital próprio (JCP).

Apesar do aperto fiscal, o governo petista propôs quadruplicar o gasto com o Auxílio Gás, a ser rebatizado para Gás para Todos.

EUA

Nesta terça-feira (27), o mercado norte-americano observa a confiança do consumidor, medida pelo Conference Board e divulgada às 11:00.

Europa

Alemanha – O Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha caiu 0,10% no segundo trimestre, conforme dados finais da Destatis divulgados nesta terça-feira (27).

No primeiro trimestre, houve alta de 0,20%. Em relação ao ano anterior, o PIB ficou estável, superando a projeção de queda de 0,20%.

Ainda nesta semana…

Quarta-feira (28): 

Com a agenda econômica mais tranquila, o destaque se volta para a sondagem da indústria e para os dados de Fluxo Cambial do Banco Central (BC) no Brasil.

Quinta-feira (29): 

Destaque para a divulgação do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), da sondagem do comércio e de serviços de agosto, e, por fim, da nota do Banco Central (BC) sobre política monetária.

Nos EUA, o Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre e os pedidos de auxílio-desemprego serão divulgados, enquanto, na Alemanha, o foco se volta para o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) de agosto.

Sexta-feira (30): 

O Banco Central publica uma nota sobre a política fiscal e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informa a PNAD Contínua.

No exterior, destaque para a taxa de desemprego na Alemanha e na Zona do Euro, região que divulga seu Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) de agosto.

Além disso, serão informados os dados de gastos e rendimentos pessoais nos EUA.

A China, por sua vez, divulga o PMI (Índice de Gerentes de Compras, na sigla em inglês) Composto de julho.