Economia

DÓLAR HOJE - Inflação PCE nos EUA e emprego no Brasil, com Caged e PNAD Contínua, influenciam câmbio

Na última quinta-feira, 26 de setembro, o dólar comercial (compra) fechou em queda de 0,59%, cotado a R$ 5,44

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Na última sessão

Na última quinta-feira, 26 de setembro, o dólar comercial (compra) fechou em queda de 0,59%, cotado a R$ 5,44.

O que motivou o movimento de queda?

A queda na cotação do dólar foi impulsionada pelo pacote de estímulos da economia chinesa, que beneficiou moedas de países exportadores de commodities, como o Brasil.

No entanto, a Fitch alertou que, apesar do bom desempenho econômico brasileiro, as incertezas fiscais permanecem.

A agência destacou que as tentativas de aumentar a arrecadação são instáveis por serem medidas extraordinárias, e que um aumento na relação dívida/Produto interno Bruto (PIB) pode resultar em uma piora no rating do país.

Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central (BC), afirmou que a falta de transparência fiscal gera aversão ao risco.

Brasil

Nesta sexta-feira (27), o mercado financeiro local observa os dados de emprego até agosto com os relatórios Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), a ser divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Além disso, o Instituto Brasileiro de Economia (IBRE), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), reporta o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) de setembro.

LEIA MAIS: Inflação do aluguel: IGP-M sobe 0,62% em setembro, diz FGV

Investidores observam a participação de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central (BC), em evento da 1618 Investimentos, às 9:20.

Preocupações com a inflação

O cenário econômico doméstico está marcado por preocupações fiscais e sinais de aumento da inflação.

O Relatório Trimestral de Inflação (RTI) do Banco Central (BC) mostrou projeções de inflação acima da meta até o primeiro trimestre de 2027, o que já havia gerado desconforto no mercado financeiro.

Essas preocupações foram intensificadas por um relatório da agência Fitch, que destacou que, apesar da força da economia brasileira, a incerteza fiscal continua uma vulnerabilidade importante, e, por isso, foi restringido o rating do Brasil em “BB” com perspectiva estável.

O documento frustrou expectativas de um upgrade na nota do País, mesmo após esforços de autoridades brasileiras para melhorar a imagem fiscal junto às agências de rating.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT-SP), contestou as críticas e à jornalista Thaís Herédia, da CNN Brasil, afirmou que o relatório não levou em conta elementos como a reoneração gradual da folha de pagamentos de dezessete setores e de pequenos municípios e o fim do PERSE em 2025.

Mais sobre o polêmico relatório de Fitch

No campo monetário, houve revisões nas projeções para a taxa básica de juros Selic, com a possibilidade de uma elevação maior da taxa de juros, impulsionada pelas estimativas de que a inflação não vai atingir a meta nos próximos anos.

As projeções de inflação para 2024 e 2025 foram mantidas em 4,30% e 3,70%, respectivamente, mas as expectativas para 2026 e 2027 apontam inflação acima do objetivo central.

Além disso, o aumento do hiato do produto sugere que a economia opera acima da sua capacidade.

O crescimento econômico forte se reflete no mercado de trabalho.

A taxa de desemprego deve cair para 6,70% no trimestre encerrado em agosto, e a criação de empregos formais continua em ritmo acelerado, com previsão de 241.000 vagas em agosto.

BTG Pactual se soma às instituições que revisaram projeções

Em resposta ao cenário de inflação e crescimento econômico forte, algumas instituições financeiras já projetam uma Selic terminal mais alta, como o BTG Pactual, que elevou a projeção para 12,5%.

ANEEL

A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) divulga bandeira tarifária para outubro.

Petrobras (PETR3)(PETR4)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reúne com presidente da Petrobras (PETR3)(PETR4), Magda Chambriard.

Tesouro Nacional

Às 18:00, o Tesouro Nacional informa o estoque da Dívida Pública Federal (DPF).

EUA

Nesta sexta-feira (27), o mercado norte-americano acompanha a inflação como o Índice de Preços para Gastos de Consumo Pessoal (PCE) de agosto.

O sentimento do consumidor final de setembro com um índice da Universidade de Michiga e a participação da dirigente do Federal Reserve (FED), Michelle Bowman, em evento também atrai olhares de investidores.

Europa

Zona do Euro

O Índice de Sentimento Econômico caiu de 96,50 pontos em agosto para 96,20 pontos em setembro.

O resultado ficou aquém da expectativa dos analistas, que esperavam índice em 96,50 pontos.

Ásia

China – No primeiro mês de queda após quatro meses consecutivos de alta, o lucro industrial caiu 17,8% em agosto, na base comparação anual.

Em julho, havia registrado expansão de 4,10%, na base anualizada de comparação.