ATUALIZAÇÕES DA COTAÇÃO DO DÓLAR:
- – 9:43: Dólar comercial (compra): +0,90%, cotado a R$ 5,965.
- – 9:06: Dólar comercial (compra): +1,03%, cotado a R$ 5,973.
- – 9:00: Dólar comercial (compra): +1,25%, cotado a R$ 5,998.
Na sessão anterior…
Na última quarta-feira, 27 de novembro, o dólar comercial (compra) fechou em alta de 1,80%, cotado a R$ 5,912. Esse foi o maior valor nominal da história.
O que influencia o dólar?
No momento, o dólar se valoriza frente ao real, enquanto recua frente à maioria das moedas emergentes.
Diego Costa, head de Câmbio da B&T – Regiões Norte e Nordeste, observa que índice DXY avança levemente, sustentado pelo enfraquecimento do euro, enquanto os índices futuros em Nova York (NY) operam em alta.
O mercado de câmbio reage ao pacote de corte de gastos de R$ 70 bilhões anunciado por Fernando Haddad, ministro da Fazenda, na noite da última quarta-feira (27).
Brasil
Nesta quinta-feira (28), o mercado financeiro local observa o Índice de Preços ao Produtor (IPP), a ser divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Além disso, investidores digerem o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Após anunciar um pacote de corte de gastos de R$ 70 bilhões, o governo faz uma coletiva de imprensa para detalhar a medida. No evento, estarão presentes os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Simone Tebet (Planejamento) e Rui Costa (Casa Civil).
Coletiva de imprensa sobre corte de gastos
Acompanhe a coletiva de imprensa da equipe econômica liderada por Fernando Haddad para detalhar o plano de corte de gastos:
Pacote fiscal de corte de gastos
Na última quarta-feira (27), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), fez um pronunciamento, em rede nacional por meio da transmissão de televisão e rádio, referente às medidas que serão adotadas pelo governo para economizar até 2026.
O anúncio foi marcado por um tom político e sem muitos detalhes claros sobre como o governo vai alcançar a economia de R$ 70 bilhões para equilibrar as contas públicas.
Em primeiro lugar, o destaque foi a isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil mensais, medida antecipada de uma promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2022 – o que gerou impacto no mercado e fez o dólar disparar para R$ 5,914 e provocou quedas na Bolsa.
Para compensar a renúncia fiscal, Haddad anunciou uma tributação maior para rendas acima de R$ 50 mil mensais, com alíquotas progressivas entre 5% e 10%.
No discurso, Haddad não citou como vai ser a mudança no cálculo do reajuste do salário mínimo, agora limitado a 2,5% acima da inflação, e a restrição do abono salarial a quem recebe até 1,5 salário mínimo.
Outros anúncios incluíram o redirecionamento de metade das emendas parlamentares para a Saúde e ajustes nas regras de aposentadoria dos militares.
De fato, a reação do mercado foi negativa.Primeiramente, surgiram preocupações sobre o impacto fiscal da isenção do IR. Além disso, havia a falta de detalhamento das medidas de ajuste.
Para o economista-chefe da Warren Investimentos, Felipe Salto, o sequestro do protagonismo do plano de contenção de gastos pela agenda de isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil mensais “foi um tiro no pé”.
“Todos à espera de ajuste fiscal e então nasce com ele uma proposta de mais isenções. A ver como se desenha a compensação.”
Flávio Conde, analista de investimentos da Levante Investimentos, afirma que o pacote não deve surtir o efeito necessário.
Haddad não anunciou nenhum corte efetivo de gastos. Pelo contrário, anunciou uma renúncia fiscal de 35 bilhões a 40 bilhões de reais por ano com a elevação da isenção de IR para quem ganha até 5 mil reais. A Lei de Responsabilidade Fiscal determina que o governo tem de criar uma fonte de receita cada vez que renuncia a uma receita. Haddad afirmou que “os ricos vão pagar um pouco mais” para compensar o aumento na isenção.
De acordo com Conde, não existem garantias de que a nova tributação para rendas acima de R$ 50.000 vai compensar essa perda de até R$ 40 bilhões na arrecadação.
As entidades do setor contábil e as associações dos auditores fiscais avaliam que a renúncia fiscal pode superar R$ 50 bilhões.
IGP-M
De acordo com os dados mais recentes, o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) avançou 1,30% em novembro, em contraste com 1,52% do mês anterior. Em suma, acumulou +5,55% no ano e, por fim, +6,33% nos últimos doze meses.
As informações são do Instituto Brasileiro de Economia (IBRE), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), e foram divulgadas nesta quinta-feira (28).
Em novembro de 2023, o IGP-M havia apresentado aumento de 0,59% no mês e acumulava queda de 3,46% em doze meses.
Além disso, essa alta foi foi influenciada por commodities agropecuárias.
Preços ao produtor sobem 0,94% em outubro, diz IBGE — nona alta consecutiva
De acordo com Murilo Alvim, analista do IPP, a alta do dólar foi um fator importante para o desempenho do índice em outubro.
EUA
Por fim, nesta quinta-feira (28), o mercado norte-americano não opera em razão do feriado de Ação de Graças (Thanksgiving).