Nesta sexta-feira (3), o dólar comercial (compra) encerrou em alta de 0,30%, cotado a R$ 6,181.
COTAÇÃO DO DÓLAR HOJE:
11:05 – Dólar comercial (compra): -0,27%, cotado a R$ 6,147.
09:02 – Dólar comercial (compra): -0,08, cotado a R$ 6,156.
Na sessão anterior…
Na última quinta-feira, 3 de janeiro, o dólar comercial (compra) fechou em queda de 0,28%, cotado a R$ 6,16.
O que influencia o dólar?
O dólar segue influenciado por fatores domésticos e internacionais. Nesta semana, a moeda subiu, impulsionada por preocupações fiscais no Brasil e pela força do mercado de trabalho dos Estados Unidos, que reforçaram as expectativas de manutenção dos juros americanos pelo Federal Reserve (FED).
Esse cenário sustentou o dólar acima dos R$ 6. No entanto, o movimento ameniza a escalada da moeda com a realização de lucros pelos investidores e o anúncio de estímulos econômicos na China, o que impulsionou os preços do petróleo e trouxe alívio ao câmbio brasileiro.
Como principal parceiro comercial do Brasil, qualquer melhora na economia chinesa estimula o mercado de commodities, favorecendo a entrada de dólares no país.
Nesse sentido, a cotação cambial reflete o equilíbrio entre incertezas fiscais locais e fatores externos, como as decisões de política monetária dos EUA e a recuperação econômica da China.
Brasil
Nesta sexta-feira (3), o mercado financeiro local está com a agenda de indicadores e eventos econômicos esvaziada.
Crise nas emendas parlamentares
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT-SP) aposta na atuação do ministro Flávio Dino para gerir cortes de emendas sem aval do Congresso, visando cumprir o arcabouço fiscal e recuperar controle sobre o orçamento.
O valor das emendas, de R$ 50,5 bilhões, pode ser reduzido em R$ 5 bilhões.
A princípio, o veto de Lula à LDO de 2025, que protegia emendas impositivas de bloqueios, acirrou tensões com o Parlamento, que ameaça rebelião contra a estratégia do Executivo.
Dessa forma, o clima no Congresso, já impactado pela disputa para as presidências da Câmara e Senado em fevereiro, alimenta ruídos fiscais e instabilidade nos mercados.
Em resposta, o Tesouro modificou seu cronograma de leilões de títulos para periodicidade trimestral, oferecendo maior flexibilidade em meio à volatilidade.
No câmbio, com o dólar acima de R$ 6, o mercado aguarda sinais de possíveis intervenções do Banco Central (BC) para mitigar pressões cambiais após o período de remessas de fim de ano.
Banco Central
Dados do Banco Central revelaram uma redução histórica nas reservas internacionais em dezembro de 2024, que caíram 8,46%, passando de US$ 363 bilhões para US$ 332,3 bilhões, menor nível desde fevereiro de 2023.
A retração reflete a venda de US$ 21,6 bilhões pelo BC em leilões à vista para conter a fuga de dólares, que resultou em fluxo cambial negativo de US$ 24,3 bilhões no mês.
No acumulado de 2024, a saída líquida de US$ 15,9 bilhões foi a terceira maior da série histórica.
Apesar da pressão, o dólar, que atingiu R$ 6,2267 na máxima intraday, fechou em baixa moderada a R$ 6,1625.
EUA
Nesta sexta-feira (3), o mercado norte-americano observa a divulgação do índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial em dezembro.
Além disso, será monitorado o discurso do dirigente do Federal Reserve (FED), Tom Barkin, nesta tarde, às 13:00.