Nesta segunda-feira (30), o dólar comercial (compra) encerrou em queda de 0,22%, cotado a R$ 6,17.
ATUALIZAÇÕES DA COTAÇÃO DO DÓLAR:
- – 9:05: Dólar comercial (compra): +0,29%, cotado a R$ 6,211.
Na sessão anterior…
Na última sexta-feira, 27 de dezembro, o dólar comercial (compra) fechou em alta de 0,26%, cotado a R$ 6,19.
O que influencia o dólar?
A escalada do dólar ainda se justifica por uma combinação de fatores internos e externos que alimentam a aversão ao risco.
No Brasil, a crise das emendas parlamentares gera incertezas fiscais e políticas. O impasse amplia o sentimento de cautela entre os investidores.
A reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Hugo Motta (Republicanos-PB), candidato a presidente da Câmara dos Deputados com o apoio do bloco parlamentar Centrão, indica tentativas de reduzir o impasse, mas o mercado financeiro ainda reage à falta de clareza sobre soluções.
Já no exterior, o fortalecimento global do dólar frente a moedas emergentes reforça a tendência de alta no Brasil, exacerbada pelo desempenho do rublo, que serve como termômetro do risco geopolítico.
Portanto, a continuidade desse movimento de alta depende do desdobramento da crise política local e da dinâmica global do dólar.
Brasil
Nesta segunda-feira (30), o mercado financeiro local observa as novas projeções do Boletim Focus, do Banco Central (BC), para o IPCA (inflação), PIB (crescimento), Selic (juros) e dólar ao longo dos anos de 2024, 2025, 2026 e 2027.
Além disso, investidores monitorarão o resultado primário do setor público, pelo Banco Central, e a balança comercial da semana, de responsabilidade do Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
Emendas parlamentares
O mercado financeiro aguarda o desfecho na crise das emendas parlamentares, enquanto o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), liberou parcialmente algumas verbas no domingo (29). Contudo, o magistrado manteve críticas à desordem no Orçamento.
Apesar de permitir repasses para a Saúde e às emendas de comissões empenhadas até 23 de outubro, Dino reforçou o bloqueio ao restante das emendas e solicitou investigação da Polícia Federal (PF) sobre o caso. O ministro descreveu o processo como uma “balbúrdia”.
Ele considerou inconstitucional a prática das chamadas “emendas de líderes”, e, com isso, rejeitou alegações do Congresso Nacional sobre a liberação de R$ 4,2 bilhões. Dino alegou inconsistências e nulidade no pedido.
A tensão entre Dino e o Poder Legislativo persiste, com impacto no mercado financeiro, enquanto investidores aguardam os desdobramentos.
Por sua vez, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), preocupado com a governabilidade, reuniu-se com Hugo Motta (Republicanos-PB) e Arthur Lira (Progressistas-AL) para discutir uma solução negociada.
O petista reiterou que não existe articulação com o Supremo Tribunal Federal (STF) na polêmica.
O impasse dificulta a aprovação do Orçamento de 2025, segundo o relator, o senador Ângelo Coronel (PSD-BA). O político classifica a situação como delicada.
Dino estendeu questionamentos ao Senado Federal, após reclamações da cúpula da Câmara dos Deputados, e deu dez dias para manifestação.
Novos cortes?
Além disso, o Ministério da Fazenda negou rumores sobre novas medidas de corte de gastos.
A pasta afirmou que não existem ajustes à espera do aval do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Rio Grande do Sul
Enquanto isso, o governo federal editou medidas provisórias (MPs) que destinam R$ 525,710 milhões para o Rio Grande do Sul (RS). Esses valores são excluídos do limite fiscal, devido à calamidade pública enfrentada pelo estado após o desastre climático ocorrido em maio.
EUA
Nesta segunda-feira (30), o mercado norte-americano acompanha a divulgação do Índice Gerente de Compras (PMI, na sigla em inglês) de dezembro.
Ásia
China – Às 22:00, serão informados os números do PMI Composto de dezembro.