Nesta quinta-feira (9), o dólar comercial (compra) encerrou em queda de 1,11%, cotado a R$6,041.
ATUALIZAÇÕES DA COTAÇÃO DO DÓLAR:
- – 9:09: Dólar comercial (compra): -0,03%, cotado a R$ 6,108.
Na sessão anterior…
Na última quarta-feira, 8 de janeiro, o dólar comercial (compra) fechou em alta de 0,09%, cotado a R$ 6,108.
O que influencia o dólar?
A dinâmica do dólar está diretamente influenciada pela incerteza política e econômica dos Estados Unidos (EUA) e pelas expectativas do mercado financeiro global em relação à política monetária do Federal Reserve (FED).
A possibilidade do presidente eleito Donald Trump declarar emergência econômica nacional e implementar tarifas sobre importados cria um ambiente de volatilidade, já que essas medidas podem gerar pressões inflacionárias significativas e afetar os juros norte-americanos.
As oscilações do dólar refletem a dificuldade do mercado em precificar o impacto dessas políticas.
Quando prevalece a percepção de que as tarifas serão moderadas, o dólar tende a cair. No entanto, mudanças na interpretação dos desdobramentos políticos e econômicos podem rapidamente reverter essa tendência e fazem o dólar subir.
Esse cenário foi impulsionado pela ata do Federal Reserve (FED), divulgada na última quarta-feira (8), que indicou que a política tributária do republicano Donald Trump aumenta os riscos inflacionários e dificulta cortes nos juros.
Esse comportamento ressalta a importância de indicadores como o Payroll, a ser divulgado na próxima sexta-feira (10).
O relatório fornece dados concretos sobre o mercado de trabalho nos EUA e funciona como um termômetro para as decisões futuras da autoridade monetária.
Brasil
Nesta quinta-feira (9), o mercado financeiro local observa o volume de vendas no varejo do Brasil em novembro, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Além disso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reúne com os ministros Fernando Haddad (PT-SP) (Fazenda), Geraldo Alckmin (PSB-SP) (Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços) e Rui Costa (PT-BA) (Casa Civil) para discutir um projeto de lei (PL) que cria um novo regime de negociação das dívidas dos Estados com a União, com um impacto fiscal bilionário aos cofres públicos.
Empréstimos a estados e municípios
Um levantamento do jornal Folha de S.Paulo mostra que o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) liberou R$ 51,2 bilhões em novos empréstimos a estados e municípios em 2024, um aumento de 18,10% em relação a 2023.
Essa expansão, impulsionada por bancos públicos federais, reflete uma mudança na política de financiamento regional.
No entanto, técnicos e economistas alertam para os riscos fiscais de um aumento excessivo desse tipo de endividamento.
A princípio, o Ministério da Fazenda não comentou o levantamento.
EUA
Nesta quinta-feira (9), o mercado norte-americano está inoperante devido ao feriado do Dia Nacional, mas observa os discursos de dirigentes do Federal Reserve (FED). Entre os nomes estão: Thomas Barkin, Susan Collins, Patrick Harker, Michelle Bowman e Jeffrey Schmid.
Incertezas sobre o novo governo Donald Trump
O cenário econômico global enfrenta incertezas com a inflação desancorada, o dólar instável e as declarações controversas de Donald Trump, que assume a presidência nos EUA em 20 de janeiro.
Trump tem prometido medidas fiscais expansionistas, como a extensão do teto da dívida e políticas protecionistas, o que mantém o mercado atento à possibilidade de suas promessas de campanha se concretizarem.
Nesse sentido, a ata do Federal Reserve (FED) reflete preocupação com o impacto das políticas de Trump, e indicam uma redução no ritmo de cortes de juros neste ano.
Diante disso, na próxima reunião de política monetária, o mercado financeiro agora aposta que o Federal Reserve deve optar por uma pausa, enquanto avalia como as ações presidenciais podem afetar a economia norte-americana.
Relatos da CNN sugerem que Donald Trump pode recorrer a uma “emergência econômica nacional“ para impor tarifas. Isso intensifica pressões inflacionárias e complica as decisões monetárias da instituição.
Assessores do republicano consideram substituir Jerome Powell, com intuito de mudanças significativas na liderança do Federal Reserve para alinhar as políticas à visão presidencial.
Os minutos finais de Joe Biden
Além disso, a restrição de exportação de chips planejada pelo atual presidente, o democrata Joe Biden, intensifica as tensões com a China e Rússia, e reforça os desafios geopolíticos que permeiam o cenário econômico global.