Economia

DÓLAR HOJE - Day after de Copom e FOMC influenciam câmbio, com seguro-desemprego nos EUA e juros no Reino Unido

Na última quarta-feira, 18 de setembro, o dólar comercial (compra) fechou em queda de 0,47%, cotado a R$ 5,462

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ATUALIZAÇÕES:

  • – 17:00: Dólar comercial (compra): -0,70%, cotado a R$ 5,424.
  • – 9:15: Dólar comercial (compra): -0,89%, cotado a R$ 5,4128.

Na última sessão

Na última quarta-feira, 18 de setembro, o dólar comercial (compra) fechou em queda de 0,47%, cotado a R$ 5,462.

O Federal Reserve (FED) surpreendeu com um corte de 0,50% nos juros, para 4,75%-5,00% ao ano, acima das expectativas de 0,25%.

Jerome Powell destacou que os próximos passos dependerão de dados econômicos.

Após o anúncio, o dólar caiu para R$ 5,4098, mas subiu no fim do dia.

O diferencial de juros entre EUA e Brasil aumentou, com a Selic, que subiu de 10,50% para 10,75%, mais atrativa para investidores.

O mercado prevê a entrada de capital especulativo no Brasil, e nesta quinta-feira (19) o câmbio deve reagir ao aumento da Selic, embora já precificado.

Brasil

Nesta quinta-feira (19), o mercado financeiro local observa a divulgação do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), em sua segunda prévia de setembro, pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Além disso, a Receita Federal do Brasil informa quanto os cofres públicos do País arrecadaram em agosto.

Estimativas apontam para uma arrecadação na casa dos R$ 201,200 bilhões, após R$ 231,044 bilhões em julho.

Selic em 10,75%

Na última quarta-feira (18), o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu elevar a taxa básica de juros Selic em 0,25%, de 10,50% para 10,75% ao ano, com votação unânime.

O colegiado atribuiu a alta ao crescimento da atividade econômica e às pressões inflacionárias.

Apesar do aumento, o BC não deu um “guidance” claro, mas indicou que o ritmo das próximas altas vai depender da inflação.

O mercado financeiro espera a ata do COPOM, a ser divulgada na próxima terça-feira (24), para avaliar possíveis aumentos futuros.

O que diz o comunicado para o crescimento

A princípio, o comunicado revelou que o balanço de riscos para a inflação veio assimétrico para cima e que a economia cresce acima do potencial, especialmente após o crescimento de 1,40% do Produto Interno Bruto (PIB) no 2º trimestre.

O BC elevou a projeção de inflação para o 1º trimestre de 2026 para 3,50%, acima da meta de 3,00%.

Que caminhos precisaremos seguir com a Selic para convergir as metas de inflação?

O economista Marco Antonio Caruso, do Santander, observa que os 3,50% de inflação projetados exigiriam um aumento da taxa básica de juros Selic acima de 2 pontos percentuais, mas ressalta fatores que podem atenuar esse cenário.

Ele acredita que nas reuniões de novembro e dezembro o Copom vai considerar uma inflação menor no 2º trimestre de 2026, o que pode reduzir o ciclo de altas.

Além disso, a autarquia ganha um espaço para avaliar o câmbio e o impacto da decisão de juros nos Estados Unidos da América.

O câmbio, anteriormente visto como um obstáculo, agora pode ajudar a enfrentar as pressões da economia aquecida.

Energia

O diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa, afirmou que as bandeiras amarela ou vermelha devem ser mantidas até o final do ano.

A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) prevê a ativação da bandeira vermelha patamar 2 em outubro, o que resulta em uma cobrança adicional de R$ 7,877 a cada 100 kWh.

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) vai apresentar um “plano antiapagão” nesta quinta-feira (19), e, assim, atender a determinação do ministro Alexandre Silveira (Minas e Energia – MME)(PSD-MG) para garantir o abastecimento de energia até o final do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

EUA

Nesta quinta-feira (19), o mercado norte-americano acompanha a divulgação do Índice de Atividades do Federal Reserve (FED) na Filadélfia, em setembro.

Além disso, observa o volume de pedidos semanais de auxílio-desemprego .

Taxa de juros

Ontem, o Federal Reserve (FED) cortou a taxa de juros em 50 pontos-base, para 4,75%-5,00%, com quase unanimidade, exceto Michelle Bowman, que votou por um corte menor de 0,25 p.p..

Sete membros do FED esperam outro corte de 0,50 p.p. até dezembro, mas o mercado financeiro quer uma flexibilização maior.

Jerome Powell indicou que futuros ajustes dependerão dos indicadores econômicos.

O corte foi visto como uma estratégia para impulsionar o mercado de trabalho, que agora desempenha um papel central nas decisões do FED.

O Banco Central dos Estados Unidos projeta que a taxa de desemprego vai subir para 4,4%, enquanto a inflação medida pelo Índice de Preços de Despesas de Consumo Pessoal (PCE) deve cair para 2,30% até o final do ano.

Europa

BoE: Banco da Inglaterra mantém juros em 5% e defende continuidade de abordagem gradual

Por oito votos a um, dirigentes do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) votaram pela manutenção da taxa de juros em 5,0%.

Ásia

À noite, os Bancos Centrais da China (22:30) e do Japão (1:00) também informarão suas decisões de política monetária.